sexta-feira, 9 de setembro de 2011

JOGO DO CABRALZINHO COM A GRANA DA SAÚDE.

Na mesma linha de defender coisas questionáveis, que podem contribuir para o crescimento das organizações criminosas, o Governador Fluminense (na verdade, Vascaíno) Sérgio Cabral deu ontem mais uma demonstração de que joga a favor de um esquema em que as grandes máfias transnacionais brigam por hegemonia: o jogo. Cabralzinho chamou para si ontem a responsabilidade de ser um dos porta-vozes da polêmica legalização dos jogos de azar no Brasil. Como se previa, a desculpa é arranjar novos recursos para financiar a área da saúde – setor no qual Cabral tem grandes amigos, aliados e parceiros lucrando milhões na esfera federal e no Estado do Rio, onde ele é o governador.

Cabralzinho verbalizou a demagogia de que a grana resultante da arrecadação dos impostos com o jogo legalizado pode ser usada na saúde, na cultura ou em obras sociais. E fez a argumentação previsível para defender a legalização dos jogos – negócio bilionário que interessa à cúpula do PT, principalmente José Genoíno, Antônio Palocci e José Dirceu: “"Acho que no Brasil, se aberto e legalizado, ele (o jogo) poderia ser uma fonte de financiamento importante para tanta coisa. Cada país usa um modelo de aplicação desses recursos. Mas todos aplicam em áreas nobres dos serviços públicos. É um lamento que a gente não possa modificar isso, e ter jogos legalizados, organizados, controlados e com o dinheiro bem aplicado".

Assim o Brasil caminha para a desestruturação moral que tanto interessa aos esquemas da Oligarquia Financeira Transnacional que nos explora, porque permitimos. A conversa fiada do Cabralzinho será um forte argumento para o governo aprovar a famigerada Emenda 29 que prevê supostos maiores investimentos na saúde.

Por isso, pouco adianta o Exército Brasileiro ficar enxugando gelo na guerra contra narcotraficantes no Complexo do Alemão e adjacências. No Brasil, não existe vontade política sincera de acabar com o lucrativo e mafioso negócio ilegal da venda de drogas. Até porque o único caminho para combater o tráfico é agir de forma capitalista: conter a venda, inibindo o consumo, pela via de políticas públicas com foco educacional, diminuindo a geração de usuários de drogas ilícitas (e também lícitas).

Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 9 de Setembro de 2011.

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