quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VERGONHA NACIONAL.



Demorou além do esperado, mas acabou acontecendo. Depois de pegar carona no sucesso das Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs, que renderam elogios até mesmo no exterior, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), agora se vê às voltas com o projeto que lhe deu inexplicável visibilidade nacional.

Desde que endossou as palavras de Luiz Inácio da Silva, que antes dos Jogos Pan-Americanos de 2007 garantiu que o Rio teria o melhor sistema de segurança do País, Cabral Filho procurava uma fórmula de derrotar o crime organizado, algo que ele próprio disse que faria no primeiro dia do primeiro mandato. Reeleito sem ter cumprido a promessa, Cabral enfrenta problemas com as UPPs. Tudo porque alguns policiais passaram a receber regularmente mesadas de alguns traficantes que continuam atuando livremente nos morros e favelas cariocas.

De nada adianta instalar nas comunidades carentes as tais Unidades de Polícia Pacificadora, se o salário da categoria está aquém das necessidades mínimas daqueles que têm a missão de combater o crime. Só mesmo um sonhador irresponsável, sem conhecimento do que é a administração pública, é capaz de acreditar que a falência e a inoperância do Estado serão capazes de enfrentar o poderio do crime organizado.

A fuga antecipada dos chefões do tráfico no Morro do Alemão, durante a ocupação policial-militar, é a prova maior desse convívio nefasto. Em outras palavras, o sistema ineficiente do Estado institucionalizou a corrupção. Enquanto nada acontece, a PEC 300, que institui um piso nacional para policiais militares e civis e bombeiros militares patina na Câmara dos Deputados. Enfim…

Fonte: Ucho.Info

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