Simon: indicação de Temer para vice "não vale dois mil réis"

O Senador Pedro Simon (PMDB-RS) classificou como inválida nesta terça-feira (18) a indicação do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), como pré-candidato à vice-presidênte na chapa da petista Dilma Rousseff. Segundo Simon, independentemente da decisão da Executiva Nacional do PMDB, os diretórios da legenda no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo apresentarão no próximo dia 12 de junho, na convenção nacional do partido, o nome do governador paranaense, Roberto Requião, como indicação para a candidatura própria do partido à presidência da República.




Simon diz que a decisão da Executiva peemedebista tomada hoje "não vale nada, não vale dois mil réis". "Mantemos nossa tese de candidatura própria. Esse negócio de vice não vale nada. É um palpite. Não cabe à Executiva indicar nada", afirmou o senador. "A reunião da Executiva do PMDB para indicar Temer de vice foi apenas declaração de intenções. O que vale é a convenção nacional", salientou.



Ao ser confirmado como escolha do PMDB na chapa de Dilma Rousseff, Temer disse que, a despeito de estar "entusiasmado", trataria a ratificação de seu nome com "muita cautela" por ser preciso ainda unificar dissidentes do partido.



"Fico orgulhoso do partido. O partido resolveu me indicar. É claro que eu fico muito entusiasmado com essa hipótese. Mas que entusiasmado, mas com muita cautela. Estamos com toda a cautela nessa questão, vamos unir o PMDB para levar a uma campanha naturalmente vitoriosa", afirmou Temer ao término da reunião que o confirmou como pré-candidato a vice-presidente. Ele disse que já começará a viajar com a pré-candidata petista para fortalecer a campanha.



"Eu pretendo naturalmente (fortalecer a campanha). Mais do que pretender, é necessário em campanha que o vice-presidente viaje por todo o País. Vou começar algumas viagens agora, mas claro que intensificação dessas viagens se dará após a aliança formalmente estabelecida no dia 12 de junho", declarou.



De perfil mais discreto, Temer afirmou que, se a chapa sair vitoriosa nas eleições de outubro, atuará de forma sóbria e "nos limites da Constituição". "Serei um vice nos limites da Constituição. Quando ocupo um cargo eu cumpro a tarefa constitucional. Serei extremamente discreto, como convém a um vice", disse o parlamentar.

Via Terra noticias.