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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

FATOR SERRA ATRAPALHA ALIANÇAS DO PT

Os partidos se preparam para a disputa pela Prefeitura de São Paulo – a mais importante disputa do ano – de olho nas alianças partidárias e, principalmente, no tempo de televisão a que tem direito cada partido.

Foi muito mais neste aspecto que a candidatura de José Serra atingiu a candidatura de Fernando Haddad, do PT.

O partido esperava repetir este ano um amplo arco de alianças, mas a candidatura de Serra acabou atraindo outros partidos que estão com o PT nacional e, ainda, está estimulando o lançamento de outros candidatos – como Tiririca, do PR e Paulo Pereira da Silva, do PDT, partidos que apóiam o governo Dilma em Brasília, além do PSD, com o qual o PT chegou a flertar.

Segundo cálculos de petistas e tucanos, embora as negociações estejam ainda em curso, José Serra deverá contar com o apoio de PSDB, PV, PPS, DEM, PSD e PP. Já o PT poderá contar com o PSB, conforme promessa do presidente do partido, Eduardo Campos, e ainda do PR – se o partido desistir da candidatura do deputado Tiririca. Gabriel Chalita do PMDB está com compromisso com PSC, PSL, PTC, PHS.

Todos disputam o apoio do PTB e do PC do B, mas segundo petistas, o PTB não deve ir para o palanque de Serra; assim como o PC do B também não quer repetir a aliança com o PT em São Paulo porque não recebeu o apoio dos petistas no Rio Grande do Sul, por exemplo.

As articulações pelas alianças estão intensas, mas todos concordam que a entrada de Serra na disputa acabou gerando um fato importante.

- Foi muito bom para o PSDB que terá tranquilidade até 2014 (se Serra ganhar ou perder, não será desde já candidato à presidência) e, principalmente, para Aécio Neves, que terá o caminho livre – reconheceu um petista.

Aécio Neves, por sua vez, fez questão de elogiar a decisão de José Serra, a quem chamou de “grande líder” do partido, e aproveitou para dar uma estocada no PT.

- A candidatura de Serra demonstrou que o PT deu dois tiros no pé ao tentar se aproximar do PSB: o primeiro, porque estimulou o lançamento da candidatura de Serra. e o segundo porque perdeu apoios e o discurso crítico a Kassab pois, o eleitor de São Paulo vai entender que não pode o PT ver virtudes em Kassab quando quer tê-lo como aliado e só defeitos quando não está aliado- disse.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, também fez elogios à decisão de Serra, observando que agora o PSDB tem chances fortes de vitória em São Paulo.

Os tucanos não contavam com uma declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em que ele recoloca Serra na lista de possíveis candidatos do PSDB à presidência. Aécio disse que não se sente compelido a se dedicar à uma pré-campanha, alegando que seria pretensão se apresentar desde já:

- Ainda não vejo essa relação direta da candidatura de Serra a prefeito ( com sua uma candidatura à presidência). O Serra já assumiu seus compromissos, mas nós políticos não somos donos de nosso destino. Estamos decidindo porque isso é uma questão para 2014 e não podemos esquecer que o partido tem Geraldo Alckmin, Beto Richa, Marcone Perillo, e pela vitalidade que tem demonstrado, por que não falar em Fernando Henrique Cardoso – disse Aécio

Cristiana Lôbo

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

KASSAB E O PT, ELES SE MERECEM


(Foto: Agência Estado)

Receita explosiva – Incoerência e blefe são dois ingredientes constantes na política, principalmente quando se aproximam os períodos eleitorais. Desde que criou o neonato PSD, o prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, vem tentando conquistar em termos regionais o que conseguiu com certa facilidade no Congresso Nacional, onde parlamentares engrossaram a nova legenda por questões que passam ao largo dos interesses dos cidadãos que os elegeram.

De olho na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014, Kassab se aproximou do Palácio do Planalto na esperança de contar com o apoio do PT daqui a dois anos. Com sonho absolutamente idêntico, o PT palaciano não desperdiçou a chance de ter mais aliados no Congresso, mas fez ares de desentendido em relação à sucessão de Geraldo Alckmin. Afinal, os petistas já trabalham com alguns nomes para a eleição estadual, sendo que dois deles servem apenas para confundir os adversários políticos e os eleitores.

Em razão da corrida à prefeitura de São Paulo, cuja decisão será tomada em outubro deste ano, Gilberto Kassab, que tentou se atirar no colo do PT, procurou o ex-presidente Luiz Inácio da Silva para oferecer um candidato a vice na chapa de Fernando Haddad, candidato petista imposto pelo ex-presidente. Lula e seus companheiros mais próximos de chofre recusaram a oferta, pois sabem dos interesses futuros do alcaide paulistano.

Deixando de lado o estilo maior abandonado, Kassab partiu na direção do PSDB, desta vez a bordo da soberba e da imposição. O prefeito da maior cidade brasileira ofereceu aos tucanos a vaga de vice na chapa encabeçada por um candidato do PSD, possivelmente Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo. A desculpa para tanta arrogância foi que o Democratas, seu antigo partido, apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin em 2010. Acontece que Kassab esquece que Alckmin, derrotado na eleição à prefeitura paulista em 2008, ajudou na sua vitória, em segundo turno, sobre Marta Suplicy. Sempre lembrando que Gilberto Kassab só chegou ao trono paulistano porque veio a reboque do tucano José Serra, pois do contrário continuaria no máximo como deputado federal. E sua reeleição só foi possível porque o índice de rejeição de Marta na capital paulista é assustador.

Gilberto Kassab, que não é estreante na política, sabe que o tucanato paulista dificilmente embarcará nessa canoa pomposa, mas furada, pois sua capacidade de interferir na sucessão municipal ficou clara em recente pesquisa do Datafolha, em que sua administração recebeu pífios 22% de aprovação. No contraponto desse enxadrismo político sem fim, Kassab não se recorda que o PT que ele tanto corteja é o mesmo de Marta Suplicy, que na campanha municipal de 2008 duvidou publicamente de sua masculinidade.

Para piorar, Gilberto Kassab não sabe, ou prefere não saber, que o PT, alvo constante de sua cobiça, é o mesmo que em 2004 tentou encomendar, sem sucesso, um dossiê contra ele, quando o agora prefeito era vice na chapa de José Serra, que derrotou Marta Suplicy na briga pela prefeitura da Pauliceia Desvairada.

Como mencionado logo no início da matéria, incoerência e blefe reinam em todos os cantos da política, mas faces lenhosas sobram aos bolhões.

Fonte: Ucho.Info

sábado, 7 de janeiro de 2012

A COVARDIA DA OPOSIÇÃO

Confrontada com os primeiros estragos decorrentes da estação das chuvas, a oposição oficial poderia ter começado a vocalizar, já no primeiro dia do ano, o que pensa o Brasil que presta de figuras como Dilma Rousseff, Fernando Bezerra Coelho, Sérgio Cabral e outros pais-da-pátria especializados em transformar a mais humilde das garoas num fenômeno climático tão apavorante quanto o pior dos furacões. Em vez disso, o elenco de poltrões vocacionais mobilizou-se para a imediata reapresentação do espetáculo da covardia oportunista.

Alguns governadares tucanos fazem de conta que a primavera não terminou. Outros seguem adulando os algozes com rapapés de minueto ou declarações de afeto que um Carlos Lupi se recusaria a recitar. Nenhum ousou abrir a boca para murmurar um único e escasso reparo aos campeões da incompetência homicida instalados no coração do poder. Alguns senadores optaram pelo sumiço pusilânime. Os que não estão foragidos parecem ter esquecido o caminho que leva à tribuna. A imensa maioria dos deputados federais perdeu a voz, que prefeitos e vereadores só utilizam para mendigar restos de verbas que não virão.

Se tivessem coragem, os chefes do PSDB, do DEM e do PPS descobririam em dois minutos que a gestão de Dilma Rousseff é o alvo dos sonhos de qualquer oposicionista que mereça tal nome. Como lida com gente que faz política de joelhos, a turma no poder descobriu há alguns anos que foi premiada com a oposição que todo governo pede a Deus

Augusto Nunes

sábado, 3 de dezembro de 2011

SERRA VOLTA AO JOGO

Tucanos e democratas que conversaram com José Serra nos últimos dias dizem que ele não rejeita mais a possibilidade de se candidatar a prefeito de São Paulo no ano que vem.

O governador do Estado, Geraldo Alckmin, avalia que Serra aceitará concorrer em outubro de 2012. Essa é a principal razão para Alckmin jogar pelo adiamento de uma decisão do PSDB paulistano. Na visão do governador, o partido não tem hoje outro postulante com chance de vitória.
Desde a derrota presidencial no ano passado, Serra alimenta o desejo de concorrer pela terceira vez ao Palácio do Planalto. Ele foi o candidato tucano em 2002 e 2010. Mas o PSDB nacional está cada vez mais fechado com o projeto de lançar o senador mineiro Aécio Neves em 2014.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acredita que a vez é de Aécio. Muitos outros caciques do tucanato paulista passaram a pensar o mesmo. Até aliados do governador paulista dizem que o caminho natural de Alckmin é a reeleição.

Trocando em miúdos: a pista presidencial no PSDB está interditada para Serra.
Nesse cenário, perde força o argumento de aliados de Serra de que a candidatura a prefeito o tiraria da corrida pelo Palácio do Planalto. Na prática, ele está fora desse páreo.

Na opinião de serristas mais aguerridos, se o ex-governador optar pela prefeitura paulistana, dará o passo definitivo para encerrar a carreira. Mas, como Aécio é o virtual candidato a presidente, ficar sem mandato seria um fim a carreira pior ainda.

Um terceiro argumento tem sido apresentado a Serra: se não concorrer em 2012, será grande a chance de eleição do atual pré-candidato do PT a prefeito, o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Na oposição, Serra tem sida a voz mais dura contra o governo Dilma e o PT. Enfrentar Haddad permitiria continuar nesse nicho. Mais: o ex-governador teria o apoio de Alckmin, do PSDB, do DEM e do PSD do prefeito Gilberto Kassab. Formaria uma aliança forte, com gás para tentar impedir o avanço petista na maior cidade do país.

Por último, pesaria o imponderável. Faltam três anos para a próxima disputa presidencial. É tempo suficiente para reviravoltas. Uma raposa tucana diz que a fortuna sorriria mais facilmente para um prefeito de São Paulo do que para alguém entrincheirado num blog.

*
OBSTÁCULOS

No Palácio dos Bandeirantes, gente importante faz a seguinte avaliação: será um erro desprezar Haddad. Com taxa de rejeição na faixa dos 10%, o ministro da Educação terá o apoio de um ex-presidente popular e de uma presidente bem avaliada nas pesquisas.

A candidatura de Serra teria de responder com eficácia à crítica de que ele poderia usar novamente a Prefeitura de São Paulo como trampolim. Eleito em 2004, Serra deixou a prefeitura em 2006 para concorrer ao governo de São Paulo. Em 2010, saiu do Palácio dos Bandeirantes para disputar contra Dilma. A rejeição no patamar dos 30% será outro desafio do tucano.

Kennedy Alencar - Folha de São Paulo

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PSDB VAI LANÇAR DOIS CANDIDATOS DE PESO NA GRANDE VITÓRIA.

A filiação do ex-prefeito Max Filho ao PSDB foi recebida por setores do meio político como o mais forte sinal de distanciamento entre o ninho tucano e o ex-governador Paulo Hartung (PMDB), de quem o tucanato já foi grande aliado. Ao longo do governo passado houve várias amostras de desgaste na relação entre os dois lados, mas nada se compara ao partido agora receber com honras o maior desafeto de Hartung.

Isso certamente terá consequências. No caso do PSDB, significa que o partido não deverá ficar no mesmo palanque que o ex-governador. E, se for o caso, poderá fazer críticas à obra dele. Por outro lado, o PSDB pode correr mais riscos de isolamento e ter dificuldade para fechar alianças. Já ocorreu com o PSB do governador Renato Casagrande em 2009 e em parte de 2010, por exemplo.

Como o PSDB saiu da eleição de 2010 numa situação deconfortável, há quem avalie que o quadro agora pode piorar. Os efeitos da filiação de Max teriam alcance estadual, e não ficariam restritos a Vila Velha. Foi o que ocorreu quando Max tentou ir para o PSB.

De qualquer forma, a cúpula tucana não tomaria uma decisão dessa sem medir os riscos. A aceitação ao ex-prefeito ocorreu por unanimidade, e a legenda comemora poder lançar dois candidatos de peso na Grande Vitória.

De fato, Max não é um político ficha-suja, teve dois mandatos de prefeito em Vila Velha e é um pré-candidato competitivo. Por um lado, ele saiu desgastado com a filiação fracassada ao PSB, mas por outro ganhou uma projeção que poucas lideranças tiveram recentemente.

Porém, como no final do governo passado mais de 50 tucanos de alta plumagem voaram do ninho, o prefeito acaba levando novo fôlego ao partido e com ele parte de seu grupo político e pré-candidatos a vereador.

Mas algumas lideranças reconhecem que Max pode ser alvo de um cerco nas eleições de 2012. Há a possibilidade de candidatos a prefeito serem lançados para atingi-lo, dificultando sua chegada ao segundo turno, por exemplo.

Por tudo isso, o momento é de comemoração no ninho, porque de fato Max tem qualidades. Mas o PSDB tem pela frente a dura tarefa de viabilizar seus projetos, especialmente na Grande Vitória, para continuar a existir no Estado. Há setores apoiando os movimentos do tucanato, claro. No entanto, tudo indica que o partido se tornará alvo de mais turbulências daqui para a frente.


Lançamento

No discurso que fará hoje na filiação de Max Filho ao PSDB, o presidente do partido, César Colnago, vai lançá-lo candidato a prefeito de Vila Velha. Em certo trecho, Colnago dirá que com Max no PSDB a cidade "voltará a sorrir".

Luiz Paulo não vai
Grande incentivador da filiação de Max ao PSDB, o ex-deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas não estará na filiação. Além do expediente no BNDES, no Rio, ele dará aulas na PUC-RJ. Mas já enviou carta ao partido em que saúda o novo tucano.

Saída
Tão logo percebeu os movimentos do PTB que poderiam prejudicá-lo, Max preparou sua desfiliação da sigla e a deixou em definitivo na terça-feira.

Reação
O vice-prefeito de Vila Velha, Marcos Rodrigues, ex-tucano, deve aterrissar hoje no PSD. Consequência da entrada de Max ao partido. Deve levar com ele cerca de 100 aliados.

Suplência
Em tese, por enquanto Max Filho segue como suplente do deputado César Colnago. Consultado pela coluna, o juiz do TRE Marcelo Abelha explica: para que o suplente perca o direito à vaga de deputado, é preciso que o partido ou o Ministério Público questionem o caso. O suplente tem de ser processado pela acusação de que mudou de partido sem justa causa e cometeu infidelidade partidária. É o que prevê a Resolução 22.610/2008.
Fonte: A Gazeta

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

OS CAMINHOS DA OPOSIÇÃO.

Enquanto a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), escolhe nomes para seu futuro ministério e tenta conter a sanha por cargos do aliado PMDB, os dois principais partidos da oposição, DEM e PSDB, juntam os cacos da derrota sofrida na última campanha presidencial. Com menos parlamentares eleitos e divididos internamente, DEM e PSDB se unem em torno de uma só pergunta: como se reestruturar para enfrentar Dilma no Congresso?


Ligados historicamente, as duas legendas podem até afrouxar suas relações em busca dos votos perdidos na última campanha. Na Câmara, o PSDB elegeu 53 deputados federais, 13 cadeiras a menos que na campanha de 2006. No Senado, foram cinco eleitos, um a menos que quatro anos antes.

No DEM, o baque foi ainda maior: o partido perdeu 22 vagas na Câmara (43 deputados federais contra 65 eleitos em 2006). Com os dois senadores eleitos, a sigla tem agora seis cadeiras no Senado. As outras quatro haviam sido garantidas na campanha anterior.

Alguns caciques do DEM defendem que o partido reforce seu lado conservador a partir de 2011, mas essa mudança não é consenso. Ao R7, o senador Agripino Maia (DEM-RN) disse que “não existe isso de ficar conservador”.

- Eu contesto isso. Não tem esse negócio. A linha do partido é atender às necessidades do cidadão brasileiro.

O cientista político da UnB (Universidade de Brasília), Leonardo Barreto, diz que “o DEM tem dificuldades de crescer por estar o tempo todo aliado ao PSDB”.

- O DEM faz uma oposição ferrenha, mas, na hora de colher os frutos, não consegue. Ele precisa criar uma identidade que o obrigue a ter mais candidatos próprios. Hoje ele é um partido satélite.

...Barreto defende o distanciamento do PSDB e o lançamento de um candidato próprio à Presidência que tenha “coragem de apresentar o conservadorismo do partido".


- É questão de vida ou morte para o DEM.

O senador Agripino discorda da opção de se afastar do PSDB.

- Eu defendo a ação conjunta, cada qual desempenhando seu papel. Nada de se afastar ou de se aproximar. Manter a identidade com autonomia.

Já no PSDB, o estrago da última eleição foi tão grande que pode custar aos caciques tucanos de São Paulo o comando do partido.

Enquanto o ex-candidato José Serra lia o adeus ao sonho presidencial na noite de 31 de outubro, seu rival mineiro de legenda, Aécio Neves, ganhava força na legenda.

Depois de ter sua candidatura presidencial rejeitada em favor de Serra no começo do ano, ele se dedicou à campanha pelo Senado. Conquistou a vaga com uma votação histórica, elegeu seu sucessor ao governo de Minas Gerais (Antonio Anastasia) no primeiro turno e se transformou no tucano favorito a disputar a Presidência em 2014.

A vice-presidente do PSDB, Marisa Serrano, disse ao R7 que, apesar de toda popularidade de Aécio, quem manda ainda são os paulistas.

- São Paulo tem maior número de deputados eleitos, e isso influencia muito.

Barreto diz que, se Aécio vencer a queda de braço contra os paulistas, o PSDB fará uma oposição mais moderada, próxima do diálogo. Mas e se os paulistas ganharem?

Se isso acontecer, diz ele, o PSDB vai insistir na aliança com o partido de Agripino e adotar um discurso mais radical, o mesmo que deve ser adotado pelo DEM e pelo PPS.

Para a cientista política da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), Maria do Socorro, a oposição deve adiar a votação dos projetos e atrapalhar as votações perdidas.

- Mas uma alternativa é buscar apoio na sociedade civil.

Apesar de Aécio pregar a “refundação do PSDB”, isso dificilmente vai acontecer. Depois de um evento em Belo Horizonte na última segunda-feira (22), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que todos os partidos, num certo sentido, se renovam, mas refundação é uma expressão muito forte.

O que todo mundo concorda é que a saída de Lula do Palácio do Planalto dará fôlego novo à oposição.

O cientista político concorda e diz que Lula foi uma exceção na história dos presidentes.

- Mesmo Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek sofreram horrores na mão da opinião pública. Com a Dilma, as coisas voltam ao normal: o nível de aprovação dela vai variar de acordo com denúncias, ataques da oposição.

Para Agripino, Dilma começa de um ponto muito abaixo do que o Lula.

- Os índices de popularidade dela serão negativos, mas não significa dizer que a oposição vai se beneficiar disso. Quem legitima a vitória não é o resultado das urnas, mas o desempenho do mandato.


Fonte: http://bit.ly/fPswNb