Este espaço se destina a discutirmos qualquer assunto de interesse de seus visitantes. Politica, esportes, economia, segurança,relações humanas, ação social,religião, educação, cultura e principalmente saúde, de uma forma simples, direta e sincera para que todos se sintam encorajados a participar.
quarta-feira, 31 de março de 2010
NOTICIA SENSACIONAL.
Aos 59 anos, pai de cinco filhos biológicos (Marco César, Eduardo, Rodrigo, Diogo, Nathália) e dois adotivos (Karolyne, Wagner) inclusive a caçula fez 15 anos em novembro, avô de onze netos ( Joyce, Marco Neto, Shayane, Marcelle, Leticia, Maria Eduarda, João Lucas(falec), Miguel, Sara, Wagner Luiz e Alice) tendo a mais velha 20 anos e o mais novo 6 meses, hoje tive a confirmação >>>VOU SER PAI NOVAMENTE.>>>>>É OU NÃO É UMA NOTICIA SENSACIONAL.
terça-feira, 30 de março de 2010
DE QUEM É A CULPA, PRESIDENTE?
Que o Presidente Lula é mestre em falar besteiras todo nós sabemos, diariamente ataca as instituições como TCU, IBAMA, IMPRENSA e adora culpar a oposição por tudo que não da certo em seu governo, esquecendo-se que não há democracia sem o contraditório . Em contrapartida é extremamente generoso com seus bajuladores, companheiros corruptos e aliados sabidamente oportunistas e que já foram alvos de sua ira oposicionista, que o diga Sarney , Renan e até o Collor. É capaz de se unir ao diabo para manter o projeto ideológico de transformar essa República numa réplica de ditadura populista disfarçada de pseudo democracia , com controle da mídia, da liberdade de expressão e de um Judiciário leniente como por exemplo vemos na Venezuela.
Quando acreditamos já ter ouvido tudo que é idiotice, eis que o mestre se supera. “A culpa do caos da saúde pública no país, é dos médicos, que não aceitam ir para o interior ou para a periferia e que cobram caro para o fazerem”. Com essa declaração deixa evidente o seu desconhecimento do que ocorre em relação à saúde, pois a grande maioria dos médicos que atuam nessas duas áreas além de receberem salários indignos , se submetem a irresponsabilidade de gestores , que só pensam em número de atendimentos , ignorando a qualidade, pois as condições de trabalho são péssimas, sem suporte, sem exames, sem Rx e sem aparelhos que salvam vidas. Exaustos, desmotivados, ainda colocam em risco sua própria vida, pois não há segurança nos postos médicos do interior ou nas periferias.
Esquece o Presidente que o médico sozinho não faz saúde, depende de programas , metas, planejamento, investimentos, equipes e principalmente vontade política de beneficiar a população e não usar politicamente em benefício de gestores, o trabalho de quem dedica a vida a salvar vidas.
Ao dizer que os médicos preferem trabalhar na Av. Paulista, só fez constatar uma realidade que reflete o desencanto da classe com a realidade das periferias e do interior. É muito mais promissor dedicar-se a uma especialidade, submeter-se a enriquecer os planos de saúde, trabalhar em hospitais com equipes multidisciplinares, desfrutar da última tecnologia em meios de diagnósticos e tratamento, participar de congressos e jornadas, além do conforto e qualidade de vida de uma grande cidade, a abdicar de tudo isso em troca da clinica médica, do sanitarismo ,do improviso diário, da falta de privacidade, do stress de estar solitário em sua missão, sem um colega sequer para trocar idéias ou discutir um caso.
Sr. Presidente, por acaso sabe quanto tempo o governo federal não reajusta o valor da Tabela do SUS e das equipes do Programa de Saúde da Família ? Sabe que os governos estaduais não repassam sua parte aos municípios? E que milhares de prefeitos estão abandonando o PSF por falta de recursos, matando o único programa idealizado realmente em favor dos menos favorecidos? Não, certamente não sabe, senão não abriria a boca para falar tamanha bobagem.
A meningite está matando na Bahia, a dengue se alastra e mata por todo o Brasil, a gripe suína está aí nos apavorando a todos, a tuberculose volta a ser a terrível doença do inicio do século passado e a hanseníase dá mostras de que tão cedo não nos abandonará. Crianças estão morrendo no Maranhão e outros estados por falta de UTI, hospitais públicos estão superlotados com pacientes espalhados pelos corredores. Diabetes e hipertensão arterial, doenças que pela quantidade de portadores, dependem da saúde pública, estão matando como nunca. Doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência não têm programa adequado de combate e o sr. acha que a culpa é dos médicos? Recentemente em lançamento do inexistente PAC 2, alardeou a doação de milhares de ambulâncias com esse seu ar fanfarrão como se fosse uma grande estratégia de saúde pública quando sabemos que isso só empurra o paciente de cidade em cidade, configurando o que nós chamamos jocosamente de ambulâncioterapia.
Em nome dos mais de 350.000 médicos brasileiros, quero dizer ao Senhor que não aceitamos que jogue em nossas costas a incapacidade e a falta de visão da equipe responsável de prover nosso povo de uma saúde pública de qualidade, naturalmente capitaneada por Vossa Excelência.
Quando acreditamos já ter ouvido tudo que é idiotice, eis que o mestre se supera. “A culpa do caos da saúde pública no país, é dos médicos, que não aceitam ir para o interior ou para a periferia e que cobram caro para o fazerem”. Com essa declaração deixa evidente o seu desconhecimento do que ocorre em relação à saúde, pois a grande maioria dos médicos que atuam nessas duas áreas além de receberem salários indignos , se submetem a irresponsabilidade de gestores , que só pensam em número de atendimentos , ignorando a qualidade, pois as condições de trabalho são péssimas, sem suporte, sem exames, sem Rx e sem aparelhos que salvam vidas. Exaustos, desmotivados, ainda colocam em risco sua própria vida, pois não há segurança nos postos médicos do interior ou nas periferias.
Esquece o Presidente que o médico sozinho não faz saúde, depende de programas , metas, planejamento, investimentos, equipes e principalmente vontade política de beneficiar a população e não usar politicamente em benefício de gestores, o trabalho de quem dedica a vida a salvar vidas.
Ao dizer que os médicos preferem trabalhar na Av. Paulista, só fez constatar uma realidade que reflete o desencanto da classe com a realidade das periferias e do interior. É muito mais promissor dedicar-se a uma especialidade, submeter-se a enriquecer os planos de saúde, trabalhar em hospitais com equipes multidisciplinares, desfrutar da última tecnologia em meios de diagnósticos e tratamento, participar de congressos e jornadas, além do conforto e qualidade de vida de uma grande cidade, a abdicar de tudo isso em troca da clinica médica, do sanitarismo ,do improviso diário, da falta de privacidade, do stress de estar solitário em sua missão, sem um colega sequer para trocar idéias ou discutir um caso.
Sr. Presidente, por acaso sabe quanto tempo o governo federal não reajusta o valor da Tabela do SUS e das equipes do Programa de Saúde da Família ? Sabe que os governos estaduais não repassam sua parte aos municípios? E que milhares de prefeitos estão abandonando o PSF por falta de recursos, matando o único programa idealizado realmente em favor dos menos favorecidos? Não, certamente não sabe, senão não abriria a boca para falar tamanha bobagem.
A meningite está matando na Bahia, a dengue se alastra e mata por todo o Brasil, a gripe suína está aí nos apavorando a todos, a tuberculose volta a ser a terrível doença do inicio do século passado e a hanseníase dá mostras de que tão cedo não nos abandonará. Crianças estão morrendo no Maranhão e outros estados por falta de UTI, hospitais públicos estão superlotados com pacientes espalhados pelos corredores. Diabetes e hipertensão arterial, doenças que pela quantidade de portadores, dependem da saúde pública, estão matando como nunca. Doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência não têm programa adequado de combate e o sr. acha que a culpa é dos médicos? Recentemente em lançamento do inexistente PAC 2, alardeou a doação de milhares de ambulâncias com esse seu ar fanfarrão como se fosse uma grande estratégia de saúde pública quando sabemos que isso só empurra o paciente de cidade em cidade, configurando o que nós chamamos jocosamente de ambulâncioterapia.
Em nome dos mais de 350.000 médicos brasileiros, quero dizer ao Senhor que não aceitamos que jogue em nossas costas a incapacidade e a falta de visão da equipe responsável de prover nosso povo de uma saúde pública de qualidade, naturalmente capitaneada por Vossa Excelência.
segunda-feira, 29 de março de 2010
MOTIVAÇÃO DAS GREVES EM SÃO PAULO.
Mas, afinal, o que querem “os grevistas” de São Paulo? Seus pedidos são ou não razoáveis? Como é preferível ficar com os fatos a cair na conversa dos militantes, que costuma contaminar boa parte da cobertura jornalística, leiam trecho de reportagem de Fernando Mello na VEJA.com:
*
Os protestos de delegados e professores de São Paulo evidenciam motivações políticas neste ano eleitoral. Muitos dos pedidos estão distantes da realidade nacional. Os delegados paulistas querem, por exemplo, ganhar mais que a cúpula da polícia de Nova York. Os professores querem um aumento que inviabilizaria o funcionamento da Secretaria de Educação. O governador José Serra (PSDB) será candidato à Presidência.
No caso dos professores, o reajuste salarial exigido pelo movimento grevista aumentaria em 3,5 bilhões de reais por ano o gasto com a folha de pagamento. O Orçamento da Secretaria de Educação de São Paulo é de 16 bilhões de reais, dos quais 10,4 bilhões já estão comprometidos com salários. Se o valor gasto com salários chegar a 13,9 bilhões, sobrarão apenas 2,1 bilhões para pagar transporte dos alunos, merenda, material, obras etc.
Os delegados de Polícia Civil iniciaram esta semana uma “operação padrão”, que promete tornar mais lento o atendimento ao público. Os líderes do movimento não descartam uma interrupção total dos serviços nas delegacias, caso o governo não se manifeste.
A Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de SP) reivindica uma reestruturação que inclua o reconhecimento da profissão como carreira jurídica, o que possibilitaria equiparar o salário de um delegado ao de um promotor.
Em 10 anos de carreira, o delegado ganharia cerca de 20 mil reais, ou US$ 11 mil por mês. Com 13º salário e férias chega-se a um total de US$ 149 mil por ano. Entre os mais de 40 mil policiais de Nova York, apenas onze da alta hierarquia recebem os maiores pagamentos da corporação, que somam US$ 138 mil por ano. Quando se aposentam, os americanos levam apenas 50% do salário.
“A questão salarial está chegando a um absurdo. Todos os policiais brasileiros querem ganhar o que nenhum policial do mundo ganha”, diz José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM, ex-secretário nacional de Segurança Pública no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Esta semana a Apeoesp (sindicato dos professores da rede de São Paulo) organizou nova manifestação de professores da rede estadual, em greve desde o começo do mês. O protesto terminou em confronto com a Polícia Militar e quatro professores foram detidos.
A entidade quer um reajusta salarial de 34%, afirmando que nenhum reajuste foi concedido desde 2005. O custo anual seria de 3,5 bilhões de reais. Mas, considerando todos os reajustes nas tabelas e as gratificações concedidas, os professores de primeira a quinta séries tiveram sua remuneração aumentada em 36%. De quinta a nona séries e no Ensino Médio, o aumento foi de 38,2%.
A folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu, entre 2005 e 2009, de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões, ou 33%.
Por Reinaldo Azevedo.
*
Os protestos de delegados e professores de São Paulo evidenciam motivações políticas neste ano eleitoral. Muitos dos pedidos estão distantes da realidade nacional. Os delegados paulistas querem, por exemplo, ganhar mais que a cúpula da polícia de Nova York. Os professores querem um aumento que inviabilizaria o funcionamento da Secretaria de Educação. O governador José Serra (PSDB) será candidato à Presidência.
No caso dos professores, o reajuste salarial exigido pelo movimento grevista aumentaria em 3,5 bilhões de reais por ano o gasto com a folha de pagamento. O Orçamento da Secretaria de Educação de São Paulo é de 16 bilhões de reais, dos quais 10,4 bilhões já estão comprometidos com salários. Se o valor gasto com salários chegar a 13,9 bilhões, sobrarão apenas 2,1 bilhões para pagar transporte dos alunos, merenda, material, obras etc.
Os delegados de Polícia Civil iniciaram esta semana uma “operação padrão”, que promete tornar mais lento o atendimento ao público. Os líderes do movimento não descartam uma interrupção total dos serviços nas delegacias, caso o governo não se manifeste.
A Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de SP) reivindica uma reestruturação que inclua o reconhecimento da profissão como carreira jurídica, o que possibilitaria equiparar o salário de um delegado ao de um promotor.
Em 10 anos de carreira, o delegado ganharia cerca de 20 mil reais, ou US$ 11 mil por mês. Com 13º salário e férias chega-se a um total de US$ 149 mil por ano. Entre os mais de 40 mil policiais de Nova York, apenas onze da alta hierarquia recebem os maiores pagamentos da corporação, que somam US$ 138 mil por ano. Quando se aposentam, os americanos levam apenas 50% do salário.
“A questão salarial está chegando a um absurdo. Todos os policiais brasileiros querem ganhar o que nenhum policial do mundo ganha”, diz José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM, ex-secretário nacional de Segurança Pública no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Esta semana a Apeoesp (sindicato dos professores da rede de São Paulo) organizou nova manifestação de professores da rede estadual, em greve desde o começo do mês. O protesto terminou em confronto com a Polícia Militar e quatro professores foram detidos.
A entidade quer um reajusta salarial de 34%, afirmando que nenhum reajuste foi concedido desde 2005. O custo anual seria de 3,5 bilhões de reais. Mas, considerando todos os reajustes nas tabelas e as gratificações concedidas, os professores de primeira a quinta séries tiveram sua remuneração aumentada em 36%. De quinta a nona séries e no Ensino Médio, o aumento foi de 38,2%.
A folha de pagamentos da Secretaria de Educação cresceu, entre 2005 e 2009, de R$ 7,8 bilhões para R$ 10,4 bilhões, ou 33%.
Por Reinaldo Azevedo.
domingo, 28 de março de 2010
BEBEL E O TIRO NO PÉ. SERRA AGRADECE.
Desespero, corre-corre, tristeza, melancolia. Os intelectuais do complexo PUCUSP e aquele barbudinho careca da FGV capaz de dizer as maiores tolices como se fossem obviedades e as obviedades como se fossem genialidades começaram a suar. Ricardo Guedes, do Sensus, aquele que disse “que Lula tem a economia, e Serra não tem o que mostrar” precisa puxar a orelha do povo. Ou chamar logo o “seu” povo para desmentir o Datafolha. Os tarados da economia selando o destino das urnas têm de encontrar logo uma explicação. Qual? Qual? Qual? Mauro Paulino, do Datafolha, tem de insistir: “Ainda há muita gente que não sabe que Dilma é a candidata de Lula…” Aquele rapaz do Vox Populi, não tive tempo de decorar o nome dele, o que é uma sorte (dele), deve estar apreensivo. Um desses blogueiros pesquiseiros que conseguem torturar os números até que eles confessem o que ele quer está, a esta altura, como Tim Maia: em busca de motivos…
O fato é este: Serra voltou a abrir nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff, segundo pesquisa feita pelo Datafolha ONTEM E ANTEONTEM. O levantamento anterior foi realizado logo depois de Dilma lançar a sua candidatura no Congresso do PT. Este se dá quando os tontons-maCUTs de Bebel promovem arruaça e quebra-quebra em São Paulo, com foto garantida na primeira página dos jornais paulistas. Pergunta: o Datafolha será tão bonzinho com Serra quanto foi com Dilma e vai fazer uma pesquisa logo depois de ele lançar a candidatura, no dia 10 de abril?
AGORA O PSDB PRECISA USAR O HORÁRIO POLÍTICO PARA MOSTRAR BEBEL, A PRESIDENTA DA APEOESP, EM AÇÃO. O PSDB PRECISA EXIBIR OS SINDICALISTAS QUEIMANDO LIVROS, COMO NA ALEMANHA NAZISTA. Acho que dá para ganhar mais uns cinco pontos…
E OS MILITONTOS PETISTAS, DISFARÇADOS DE ESPECIALISTAS EM PESQUISAS, VÃO DESCOBRIR QUE POLÍTICA PODE SER ALGO MAIS DO QUE ECONOMIA.
Antes que prossiga, aos números. As porcentagens que aparecem entre parênteses dizem respeito à pesquisa do Datafolha feita há um mês:
Cenário com Ciro Gomes
Serra (PSDB) – 36% (32%)
Dilma (PT) – 27% (28%)
Ciro (PSB) – 11% (12%)
Marina (PV) – 8% (8%)
Cenário sem Ciro
Serra (PSDB) – 40%
Dilma (PT) – 30%
Marina (PV) - 10%
Nota: Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, há a hipótese de Serra vencer no primeiro turno.
Segundo turno
Serra (PSDB) – 48% (45%)
Dilma (PT) – 39% (41%)
ATENÇÃO
Ninguém tem o direito de duvidar de qual é o cenário que acho melhor para a democracia brasileira. Mas não sou tonto nem vigarista intelectual. Repudio as tentativas de passar torcida como análise objetiva. Nada está decidido. Todos aqueles chutes daqueles senhores que trato com óbvio desdém são possíveis, claro. Tudo é possível — E ISSO INCLUI, VEJAM VOCÊS QUE COISA SURPREEDENTE, SERRA VENCER AS ELEIÇÕES. Aliás, hoje, os números demonstram que é o que aconteceria.
“Ah, as eleições não são hoje”. Eu sei! Mas já na pesquisa do Ibope divulgada há alguns dias, os “especialistas” estavam com seus textinhos preparados para aplaudir a inversão do jogo, com Dilma na frente. E, no entanto, ela está atrás. Eles dizem: “Dilma vai vencer; só pode vencer”. Eu digo: “Serra pode vencer; Dilma pode vencer; a economia e Lula não são os únicos fatores que contam numa eleição”.
LULA EM CAMPANHA
Lembro que o Datafolha obtém esses números no auge do uso da máquina eleitoral em favor de Dilma, quando Lula debocha do Tribunal Superior Eleitoral, da legislação e faz campanha aberta para a sua candidata.
Na quarta-feira, a picaretagem oficial chega ao estado de arte com o lançamento do PAC 2, que contará, certamente, com ampla cobertura da imprensa. E poucos lembrarão que o PAC 1 entregou 11% das obras e que 54% delas nem sequer saíram do papel. Mas a “criatura eleitoral” (by editorial do Estadão) e inflável de Lula seguirá os passos do mestre, dando curso à segunda fase da mistificação. Vai-se falar de uma nova fase de investimentos de R$ 1 trilhãoi!!!
Bebel, aquela que vai ao comício ilegal de Dilma na quinta e promove quebra-quebra contra a candidatura Serra na sexta comanda os queimadores de livros, os que deixam as crianças pobres sem escolas, os que agridem policiais com pedras. Não fosse o desastre que esta senhora promove contra famílias que querem ver seus filhos estudando, seria o caso de incentivar: “É isso mesmo, Bebel, continue na sua luta”.
VOLTO AOS PESQUISÓLOGOS
Ainda é tempo de a delinqüência intelectual que tomou conta da área recuar e tentar manter ao menos a aparência de decência. Essa gente precisa tentar concatenar as próprias teses. Se Dilma vinha crescendo, como querem, porque a economia definirá as eleições e se ela pode até vencer no primeiro turno — MANCHETE DO ESTADÃO ONLINE QUE FICOU NO AR VÁRIAS HORAS HÁ TRÊS DIAS —, então a “estratégia” de Serra, que eles dizem “errada”, era irrelevante, certo? Mas, se a estratégia de Serra está tão errada, o que explica que ainda lidere e tenha voltado a crescer? Antes que algum suarento responda que, não fosse o erro, ele poderia ter ainda pontos, devo lembrar aos valentes que essa possibilidade é incompatível com a tese do determinismo econômico. Fui claro ou querem um desenho?
CONTEM AQUI PRO REI: É EXCITANTE ENGANAR AS PESSOAS?
Sempre restará a alternativa de acusar o povo de não saber votar… Tenham um pouco mais de compostura e vergonha na cara! O meu leitor sabe muito bem quando estou expressando um desejo e quando estou tratando de um fato; sabe distinguir muito bem a minha análise da minha opinião. O que repudio em vocês não é terem uma candidata. Até aí, tudo bem. O que repudio em vocês é a falácia da “isenção”.
Caso Dilma vença, não ficarei feliz, mas não estarei derrotado como analista porque sempre contei com essa possibilidade; o arquivo está aí. Caso Serra vença, “eles” estarão infelizes e derrotados.
REITERO: O PSDB TEM DE USAR BEBEL E OS PARTIDÁRIOS DE DILMA QUE QUEIMAM LIVROS COMO CABOS ELEITORAIS. Na baderna de ontem, ela afirmou: “Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido (PSDB) e desse governador”. Anteontem, ela era chamada de “querida” pela candidata petista. O PSDB precisa contar aos paulistas quais são os objetivos de Bebel.
Por ponto FRANCO.
O fato é este: Serra voltou a abrir nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff, segundo pesquisa feita pelo Datafolha ONTEM E ANTEONTEM. O levantamento anterior foi realizado logo depois de Dilma lançar a sua candidatura no Congresso do PT. Este se dá quando os tontons-maCUTs de Bebel promovem arruaça e quebra-quebra em São Paulo, com foto garantida na primeira página dos jornais paulistas. Pergunta: o Datafolha será tão bonzinho com Serra quanto foi com Dilma e vai fazer uma pesquisa logo depois de ele lançar a candidatura, no dia 10 de abril?
AGORA O PSDB PRECISA USAR O HORÁRIO POLÍTICO PARA MOSTRAR BEBEL, A PRESIDENTA DA APEOESP, EM AÇÃO. O PSDB PRECISA EXIBIR OS SINDICALISTAS QUEIMANDO LIVROS, COMO NA ALEMANHA NAZISTA. Acho que dá para ganhar mais uns cinco pontos…
E OS MILITONTOS PETISTAS, DISFARÇADOS DE ESPECIALISTAS EM PESQUISAS, VÃO DESCOBRIR QUE POLÍTICA PODE SER ALGO MAIS DO QUE ECONOMIA.
Antes que prossiga, aos números. As porcentagens que aparecem entre parênteses dizem respeito à pesquisa do Datafolha feita há um mês:
Cenário com Ciro Gomes
Serra (PSDB) – 36% (32%)
Dilma (PT) – 27% (28%)
Ciro (PSB) – 11% (12%)
Marina (PV) – 8% (8%)
Cenário sem Ciro
Serra (PSDB) – 40%
Dilma (PT) – 30%
Marina (PV) - 10%
Nota: Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, há a hipótese de Serra vencer no primeiro turno.
Segundo turno
Serra (PSDB) – 48% (45%)
Dilma (PT) – 39% (41%)
ATENÇÃO
Ninguém tem o direito de duvidar de qual é o cenário que acho melhor para a democracia brasileira. Mas não sou tonto nem vigarista intelectual. Repudio as tentativas de passar torcida como análise objetiva. Nada está decidido. Todos aqueles chutes daqueles senhores que trato com óbvio desdém são possíveis, claro. Tudo é possível — E ISSO INCLUI, VEJAM VOCÊS QUE COISA SURPREEDENTE, SERRA VENCER AS ELEIÇÕES. Aliás, hoje, os números demonstram que é o que aconteceria.
“Ah, as eleições não são hoje”. Eu sei! Mas já na pesquisa do Ibope divulgada há alguns dias, os “especialistas” estavam com seus textinhos preparados para aplaudir a inversão do jogo, com Dilma na frente. E, no entanto, ela está atrás. Eles dizem: “Dilma vai vencer; só pode vencer”. Eu digo: “Serra pode vencer; Dilma pode vencer; a economia e Lula não são os únicos fatores que contam numa eleição”.
LULA EM CAMPANHA
Lembro que o Datafolha obtém esses números no auge do uso da máquina eleitoral em favor de Dilma, quando Lula debocha do Tribunal Superior Eleitoral, da legislação e faz campanha aberta para a sua candidata.
Na quarta-feira, a picaretagem oficial chega ao estado de arte com o lançamento do PAC 2, que contará, certamente, com ampla cobertura da imprensa. E poucos lembrarão que o PAC 1 entregou 11% das obras e que 54% delas nem sequer saíram do papel. Mas a “criatura eleitoral” (by editorial do Estadão) e inflável de Lula seguirá os passos do mestre, dando curso à segunda fase da mistificação. Vai-se falar de uma nova fase de investimentos de R$ 1 trilhãoi!!!
Bebel, aquela que vai ao comício ilegal de Dilma na quinta e promove quebra-quebra contra a candidatura Serra na sexta comanda os queimadores de livros, os que deixam as crianças pobres sem escolas, os que agridem policiais com pedras. Não fosse o desastre que esta senhora promove contra famílias que querem ver seus filhos estudando, seria o caso de incentivar: “É isso mesmo, Bebel, continue na sua luta”.
VOLTO AOS PESQUISÓLOGOS
Ainda é tempo de a delinqüência intelectual que tomou conta da área recuar e tentar manter ao menos a aparência de decência. Essa gente precisa tentar concatenar as próprias teses. Se Dilma vinha crescendo, como querem, porque a economia definirá as eleições e se ela pode até vencer no primeiro turno — MANCHETE DO ESTADÃO ONLINE QUE FICOU NO AR VÁRIAS HORAS HÁ TRÊS DIAS —, então a “estratégia” de Serra, que eles dizem “errada”, era irrelevante, certo? Mas, se a estratégia de Serra está tão errada, o que explica que ainda lidere e tenha voltado a crescer? Antes que algum suarento responda que, não fosse o erro, ele poderia ter ainda pontos, devo lembrar aos valentes que essa possibilidade é incompatível com a tese do determinismo econômico. Fui claro ou querem um desenho?
CONTEM AQUI PRO REI: É EXCITANTE ENGANAR AS PESSOAS?
Sempre restará a alternativa de acusar o povo de não saber votar… Tenham um pouco mais de compostura e vergonha na cara! O meu leitor sabe muito bem quando estou expressando um desejo e quando estou tratando de um fato; sabe distinguir muito bem a minha análise da minha opinião. O que repudio em vocês não é terem uma candidata. Até aí, tudo bem. O que repudio em vocês é a falácia da “isenção”.
Caso Dilma vença, não ficarei feliz, mas não estarei derrotado como analista porque sempre contei com essa possibilidade; o arquivo está aí. Caso Serra vença, “eles” estarão infelizes e derrotados.
REITERO: O PSDB TEM DE USAR BEBEL E OS PARTIDÁRIOS DE DILMA QUE QUEIMAM LIVROS COMO CABOS ELEITORAIS. Na baderna de ontem, ela afirmou: “Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido (PSDB) e desse governador”. Anteontem, ela era chamada de “querida” pela candidata petista. O PSDB precisa contar aos paulistas quais são os objetivos de Bebel.
Por ponto FRANCO.
sábado, 27 de março de 2010
NÃO QUEIMAM SÓ LIVROS, VEJAM.
Observem bem esta foto!
Ela está em todos os blogs dos petralhas. Vagabundos que escrevem a soldo viram na imagem do fotógrafo Clayton de Souza, da Agência Estado, um momento sublime da solidariedade humana, verdadeira poesia em meio à guerra. Segundo eles, um dos comandados de Dilma e Bebel, a chefe da baderna e da depredação promovida pela Apeoesp, carrega um policial ferido. A imagem seria uma emblema da grandeza dos grevistas.
Pois é. Não se trata de UM policial, mas de UMA POLICIAL. Ela se chama Érica Cristina Moraes de Souza. O HOMEM QUE A CARREGA NÃO É UM DOS TONTONS-MACUTS DA BEBEL, NÃO! Trata-se de um policial.
Érica foi covardemente agredida por um dos marmanjos da Apeoesp: LEVOU UMA PAULADA NO ROSTO, COM FERIMENTOS SÉRIOS NO NARIZ E NA BOCA.
OS QUEIMADORES DE LIVROS DE DILMA E BEBEL TAMBÉM DÃO PAULADAS NA CARA DE MULHERES. E, no caso, Érica é uma mulher e tanto: veste um uniforme e tem a coragem de defender a segurança pública.
Não, canalhas!
Os “homens” de Dilma e Bebel não salvam ninguém!
Os “homens” de Dilma e Bebel quebram a cara de mulheres!
Até que Dilma não se desculpe por ter dado apoio público a Bebel, que admitiu fazer uma “greve política”, continua co-responsável pela arruaça. Assim, os arruaceiros continuarão a ser chamados aqui de “a tropa de choque de Dilma e Bebel”, “os queimadores de livros de Dilma e Bebel”, os “tontons-maCUTs de Dilma e Bebel”.
por Reinaldo Azevedo.
MUDANÇA DE RUMO.
O presidente Luiz Inácio da Silva exagerou na provocação.
Caminhava bem na dissimulação, até que resolveu desmoralizar a Justiça em público, fazendo pouco da multa de R$ 5 mil que recebera dias antes do juiz Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral, por promoção indevida da candidatura de Dilma Rousseff durante inauguração em Manguinhos, no Rio de Janeiro, e contra a qual a Advocacia-Geral da União preparara-se para recorrer ao plenário do TSE.
Uma outra ação estava em suspenso por pedido de vista com votação até então favorável ao presidente, 4 a 2 contra a punição por propaganda antecipada durante solenidade no Sindicato dos Trabalhadores em Processamento do Dados de São Paulo, no último dia 22 de janeiro.
Ontem, pouco antes da retomada desse julgamento, Lula inaugurava um conjunto habitacional em Osasco, na periferia de São Paulo quando, sem a menor necessidade, deu-se ao desfrute de incitar o público a escarnecer da punição imposta pelo juiz. "Se for multado vou trazer a conta para vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão".
A plateia levantava e gritava "Dilma, Dilma", exatamente como queria o presidente.
Exatamente como sabiam todos que a lei proibia.
Um acinte que só não causa mais escândalo porque nada mais provoca espanto. Mas o Judiciário ainda não abdicou de sua razão de existir.
Em Brasília, retomado o julgamento, o juiz Félix Fischer, que pedira vista mesmo acreditando-se já vencido, entendeu que ao governante não é facultado "incutir um candidato no imaginário do eleitor, ainda que de forma dissimulada".
Como o julgamento não havia sido concluído, o ministro Carlos Ayres Britto pôde mudar seu voto e apontou que o fato de a referida solenidade ter sido transmitida pela TV oficial caracterizava favorecimento a um dos candidatos.
O relator Henrique Neves, contrário à multa, justificouse dizendo que até então a jurisprudência era outra.
Requeria a explicitação do pedido de votos ao candidato, ao que Fischer contra-argumentou dizendo que referências subliminares "não são feitas por gente ingênua".
O ministro Arnaldo Versiani assim também entendeu e a punição estava feita e, pelo visto, outro tipo de jurisprudência estabelecida. Por analogia, o resultado e os argumentos utilizados pelos miconnistros levam a crer que o recurso contra a multa de R$ 5 mil tenha reduzida chance de sucesso.
Confirmada a impressão, somaria R$ 15 mil a conta que o presidente Lula teria a apresentar ao público presente às solenidades-comício da ministracandidata Dilma Rousseff.
É uma mudança de rumo na posição da Justiça Eleitoral, de certa forma forçada a encontrar maneiras de transitar pelos desvãos da frouxidão da lei para não sucumbir à tentativa de demolição de sua autoridade por parte do presidente da República.
Dora Kramer - O Estado de São Paulo
Caminhava bem na dissimulação, até que resolveu desmoralizar a Justiça em público, fazendo pouco da multa de R$ 5 mil que recebera dias antes do juiz Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral, por promoção indevida da candidatura de Dilma Rousseff durante inauguração em Manguinhos, no Rio de Janeiro, e contra a qual a Advocacia-Geral da União preparara-se para recorrer ao plenário do TSE.
Uma outra ação estava em suspenso por pedido de vista com votação até então favorável ao presidente, 4 a 2 contra a punição por propaganda antecipada durante solenidade no Sindicato dos Trabalhadores em Processamento do Dados de São Paulo, no último dia 22 de janeiro.
Ontem, pouco antes da retomada desse julgamento, Lula inaugurava um conjunto habitacional em Osasco, na periferia de São Paulo quando, sem a menor necessidade, deu-se ao desfrute de incitar o público a escarnecer da punição imposta pelo juiz. "Se for multado vou trazer a conta para vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão".
A plateia levantava e gritava "Dilma, Dilma", exatamente como queria o presidente.
Exatamente como sabiam todos que a lei proibia.
Um acinte que só não causa mais escândalo porque nada mais provoca espanto. Mas o Judiciário ainda não abdicou de sua razão de existir.
Em Brasília, retomado o julgamento, o juiz Félix Fischer, que pedira vista mesmo acreditando-se já vencido, entendeu que ao governante não é facultado "incutir um candidato no imaginário do eleitor, ainda que de forma dissimulada".
Como o julgamento não havia sido concluído, o ministro Carlos Ayres Britto pôde mudar seu voto e apontou que o fato de a referida solenidade ter sido transmitida pela TV oficial caracterizava favorecimento a um dos candidatos.
O relator Henrique Neves, contrário à multa, justificouse dizendo que até então a jurisprudência era outra.
Requeria a explicitação do pedido de votos ao candidato, ao que Fischer contra-argumentou dizendo que referências subliminares "não são feitas por gente ingênua".
O ministro Arnaldo Versiani assim também entendeu e a punição estava feita e, pelo visto, outro tipo de jurisprudência estabelecida. Por analogia, o resultado e os argumentos utilizados pelos miconnistros levam a crer que o recurso contra a multa de R$ 5 mil tenha reduzida chance de sucesso.
Confirmada a impressão, somaria R$ 15 mil a conta que o presidente Lula teria a apresentar ao público presente às solenidades-comício da ministracandidata Dilma Rousseff.
É uma mudança de rumo na posição da Justiça Eleitoral, de certa forma forçada a encontrar maneiras de transitar pelos desvãos da frouxidão da lei para não sucumbir à tentativa de demolição de sua autoridade por parte do presidente da República.
Dora Kramer - O Estado de São Paulo
BÜCHERVERBRENNNG
Bücherverbrennung significa em Alemão literalmente queima de livros. É um termo muitas vezes associado à acção propagandística dos Nazistas, organizada entre 10 de Maio e 21 de Junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler. Em várias cidades alemãs foram organizadas nesta data queimas de livros em praças públicas, com a presença da polícia, bombeiros e outras autoridades. Estudantes, em particular os estudantes membros das Verbindungen, membros das SA e SS participaram nestas queimas. A organização deste evento coube às associações de estudantes alemãs NSDStB e a ASTA, que com grande zelo competiram entre si tentando cada uma provar que era melhor do que a outra. Foram queimados cerca de 20.000 livros, a maioria dos quais pertencentes às bibliotecas públicas, de autores oficialmente tidos como "pouco alemães" (undeutsch).
Entre os livros queimados pelos Nazistas contavam-se obras quer de autores falecidos como também contemporâneos, perseguidos pelo regime, muitos deles tendo emigrado. Na lista encontramos entre outros:
Thomas Mann, Heinrich Mann, Walter Benjamin, Bertold Brecht, Lion Feuchtwanger, Leonhard Frank, Erich Kästner (que anónimo assistia na multidão), Alfred Kerr, Robert Musil, Carl von Ossietzky, Erich Maria Remarque, Joseph Roth, Nelly Sachs, Ernst Toller, Kurt Tucholsky, Franz Werfel, Sigmund Freud, Albert Einstein, Karl Marx, Heinrich Heine.
Oskar Maria Graf não foi incluido na lista. Para seu espanto, os seus livros não foram banidos como até foram recomendados pelos Nazis. Em resposta, ele publicou um artigo intitulado "Verbrennt mich! (queimem-me) no jornal "Wiener Arbeiterzeitung" (jornal do trabalhador vienense) (Texto em alemão aqui). Em 1934 o seu desejo foi tornado realidade e os seus livros foram também banidos pelos Nazis.
A Deutsche Freiheitsbibliothek (Biblioteca Alemã da Liberdade) ou "Bibliothek der verbrannten Bücher" (Biblioteca dos Livros Queimados) foi uma biblioteca inaugurada em Paris, a 10 de maio de 1934, pelo escritor alemão exilado Heinrich Mann, em resposta à Queima de livros promovida um ano antes pelos nazistas.[1]
Uma das propostas de Goebbels para demonstrar a hegemonia cultural do Nazismo, a Bücherverbrennung deveria parecer como manifestação espontânea das comunidades universitárias da Alemanha. Assim, com patrocínio direto das ligas estudantis, e apoio dos professores, obras de escritores como Erich Maria Remarque, Karl Marx, Thomas Mann e o próprio Heinrich Mann foram atiradas ao fogo em diversas cidades do país, a 10 de maio de 1933.[1]
A intenção de Mann era demonstrar que o verdadeiro espírito alemão não havia sido destruído pelas fogueiras de Adolf Hitler, no que encontrou apoio de outros intelectuais.[1] Além de Mann, destacou-se a participação de Alfred Kerr e Egon Erwin Kisch. Foram reunidos mais de onze mil volumes. Alfred Kantorowicz escreveu, no prefácio da antologia dos autores "Banidos e Queimados", de 1947:
Este não foi um ato espontâneo, mas sim uma deliberada e cuidadosamente organizada ação do estado nazista. Como o Incêndio do Reichstag de 28 de fevereiro de 1933, uma ação de terror contra os antifascistas, e o boicote aos judeus de 1 de abril de 1933 foram a abertura para os massacres e pilhagens, a dissolução das Gewerkschaften (uniões) de 2 de maio de 1933 foi a proclamação da opressão social, que culminou no "auto-de-fé" do dia 10 de maio e o início do terrorismo e barbárie oficialmente perpretados na Alemanha.
—Kantorowicz, 1947[2]
A PERGUNTA QUE SE FAZ NO MOMENTO É: PETISTAS QUE QUEIMARAM LIVRO EM SÃO PAULO SE INSPIRARAM NA Bücherverbrennung ?
Entre os livros queimados pelos Nazistas contavam-se obras quer de autores falecidos como também contemporâneos, perseguidos pelo regime, muitos deles tendo emigrado. Na lista encontramos entre outros:
Thomas Mann, Heinrich Mann, Walter Benjamin, Bertold Brecht, Lion Feuchtwanger, Leonhard Frank, Erich Kästner (que anónimo assistia na multidão), Alfred Kerr, Robert Musil, Carl von Ossietzky, Erich Maria Remarque, Joseph Roth, Nelly Sachs, Ernst Toller, Kurt Tucholsky, Franz Werfel, Sigmund Freud, Albert Einstein, Karl Marx, Heinrich Heine.
Oskar Maria Graf não foi incluido na lista. Para seu espanto, os seus livros não foram banidos como até foram recomendados pelos Nazis. Em resposta, ele publicou um artigo intitulado "Verbrennt mich! (queimem-me) no jornal "Wiener Arbeiterzeitung" (jornal do trabalhador vienense) (Texto em alemão aqui). Em 1934 o seu desejo foi tornado realidade e os seus livros foram também banidos pelos Nazis.
A Deutsche Freiheitsbibliothek (Biblioteca Alemã da Liberdade) ou "Bibliothek der verbrannten Bücher" (Biblioteca dos Livros Queimados) foi uma biblioteca inaugurada em Paris, a 10 de maio de 1934, pelo escritor alemão exilado Heinrich Mann, em resposta à Queima de livros promovida um ano antes pelos nazistas.[1]
Uma das propostas de Goebbels para demonstrar a hegemonia cultural do Nazismo, a Bücherverbrennung deveria parecer como manifestação espontânea das comunidades universitárias da Alemanha. Assim, com patrocínio direto das ligas estudantis, e apoio dos professores, obras de escritores como Erich Maria Remarque, Karl Marx, Thomas Mann e o próprio Heinrich Mann foram atiradas ao fogo em diversas cidades do país, a 10 de maio de 1933.[1]
A intenção de Mann era demonstrar que o verdadeiro espírito alemão não havia sido destruído pelas fogueiras de Adolf Hitler, no que encontrou apoio de outros intelectuais.[1] Além de Mann, destacou-se a participação de Alfred Kerr e Egon Erwin Kisch. Foram reunidos mais de onze mil volumes. Alfred Kantorowicz escreveu, no prefácio da antologia dos autores "Banidos e Queimados", de 1947:
Este não foi um ato espontâneo, mas sim uma deliberada e cuidadosamente organizada ação do estado nazista. Como o Incêndio do Reichstag de 28 de fevereiro de 1933, uma ação de terror contra os antifascistas, e o boicote aos judeus de 1 de abril de 1933 foram a abertura para os massacres e pilhagens, a dissolução das Gewerkschaften (uniões) de 2 de maio de 1933 foi a proclamação da opressão social, que culminou no "auto-de-fé" do dia 10 de maio e o início do terrorismo e barbárie oficialmente perpretados na Alemanha.
—Kantorowicz, 1947[2]
A PERGUNTA QUE SE FAZ NO MOMENTO É: PETISTAS QUE QUEIMARAM LIVRO EM SÃO PAULO SE INSPIRARAM NA Bücherverbrennung ?
quinta-feira, 25 de março de 2010
AS DUAS FACES DA MOEDA.
A medicina é a mais nobre das profissões, destinada a diminuir o sofrimento do semelhante, curando suas feridas do corpo e da alma, aliviando suas dores, combatendo suas doenças e salvando vidas. Da alma? Sim porque grande parte do sofrimento vem do subconsciente, do nosso interior, assim angústias , medos, neuroses, psicoses, traumas, vêm da nossa mente, do pensamento , da consciência e até que me provem o contrário, é o que podemos chamar de alma.
Ser médico, requer sacerdócio, dedicação, conhecimento, renúncias, determinação, compaixão, sacrifícios da convivência familiar e principalmente muito amor ao paciente. Como em toda profissão, tem também àqueles que a praticam visando muito mais o dinheiro , esquecendo o ser humano, suas angústias, sua impotência perante a doença desconhecida, sua fragilidade, arvorando-se em tirar o máximo de proveito daquele que a ele recorreu buscando bálsamo para seus males. Esta semana assistimos indignados, boquiabertos, estarrecidos reportagem que mostra médicos e terapeutas que se dizem especialistas em medicina ortomolecular praticando o que no jargão popular denominamos de picaretagem na mais completa definição da palavra. Chegou-se a estipular um valor de mais de R$ 3.500,00 por um tratamento que absolutamente não acrescenta nada ou quase nada para a saúde de qualquer pessoa, isso sem contar o custo dos medicamentos vendidos com exclusividade pela clinica. Sinto-me na obrigação de como médico, primeiro me desculpar perante a sociedade e a todos aqueles que como eu ficaram revoltados com o mercantilismo daqueles colegas. Segundo , dizer que felizmente são uma minoria, este valor solicitado ao paciente na reportagem está acima do salário mensal de um plantonista com carga horária de 24 horas semanais na maioria dos pronto-socorros do País.
Quero aqui , por justiça enaltecer o trabalho de milhares de verdadeiros médicos, que se enquadram perfeitamente nos preceitos do inicio deste texto, trabalhando, honrando nossa profissão, quer seja nos grandes hospitais, nos centros de terapia intensiva , nas salas de urgência e emergência, nos centros cirúrgicos , nos ambulatórios do SUS, atendendo a milhares de pacientes, numa jornada desumana tal a quantidade de pacientes, quer seja, solitário, em pequenos hospitais e Pronto atendimentos espalhados por todo o interior. Na grande maioria das vezes, mal remunerados, em condições inadequadas de trabalho, desvalorizados e sem segurança, pondo em risco sua própria integridade física. Mas estão lá, salvando milhares de vidas e confortando aos que deles necessitam.
Temos então uma moeda, em que numa das faces se alojam os mercenários da saúde, muitas vezes bem sucedidos, com seus carrões, mansões e status social e do outro os discípulos de Hipócrates, incansáveis, cumpridores de suas responsabilidades com a sociedade, mas principalmente fiéis a um juramento feito num dia da festa inesquecível de sua formatura.
Juramento de Hipócrates atualizado pela Declaração de Genebra em 1948.
"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.
Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.
Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.
A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.
Respeitarei os segredos a mim confiados.
Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica.
Meus colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.
Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra."
È dessa segunda face da moeda que tenho a honra de pertencer e a obrigação de defender.
Ser médico, requer sacerdócio, dedicação, conhecimento, renúncias, determinação, compaixão, sacrifícios da convivência familiar e principalmente muito amor ao paciente. Como em toda profissão, tem também àqueles que a praticam visando muito mais o dinheiro , esquecendo o ser humano, suas angústias, sua impotência perante a doença desconhecida, sua fragilidade, arvorando-se em tirar o máximo de proveito daquele que a ele recorreu buscando bálsamo para seus males. Esta semana assistimos indignados, boquiabertos, estarrecidos reportagem que mostra médicos e terapeutas que se dizem especialistas em medicina ortomolecular praticando o que no jargão popular denominamos de picaretagem na mais completa definição da palavra. Chegou-se a estipular um valor de mais de R$ 3.500,00 por um tratamento que absolutamente não acrescenta nada ou quase nada para a saúde de qualquer pessoa, isso sem contar o custo dos medicamentos vendidos com exclusividade pela clinica. Sinto-me na obrigação de como médico, primeiro me desculpar perante a sociedade e a todos aqueles que como eu ficaram revoltados com o mercantilismo daqueles colegas. Segundo , dizer que felizmente são uma minoria, este valor solicitado ao paciente na reportagem está acima do salário mensal de um plantonista com carga horária de 24 horas semanais na maioria dos pronto-socorros do País.
Quero aqui , por justiça enaltecer o trabalho de milhares de verdadeiros médicos, que se enquadram perfeitamente nos preceitos do inicio deste texto, trabalhando, honrando nossa profissão, quer seja nos grandes hospitais, nos centros de terapia intensiva , nas salas de urgência e emergência, nos centros cirúrgicos , nos ambulatórios do SUS, atendendo a milhares de pacientes, numa jornada desumana tal a quantidade de pacientes, quer seja, solitário, em pequenos hospitais e Pronto atendimentos espalhados por todo o interior. Na grande maioria das vezes, mal remunerados, em condições inadequadas de trabalho, desvalorizados e sem segurança, pondo em risco sua própria integridade física. Mas estão lá, salvando milhares de vidas e confortando aos que deles necessitam.
Temos então uma moeda, em que numa das faces se alojam os mercenários da saúde, muitas vezes bem sucedidos, com seus carrões, mansões e status social e do outro os discípulos de Hipócrates, incansáveis, cumpridores de suas responsabilidades com a sociedade, mas principalmente fiéis a um juramento feito num dia da festa inesquecível de sua formatura.
Juramento de Hipócrates atualizado pela Declaração de Genebra em 1948.
"Eu, solenemente, juro consagrar minha vida a serviço da Humanidade.
Darei como reconhecimento a meus mestres, meu respeito e minha gratidão.
Praticarei a minha profissão com consciência e dignidade.
A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação.
Respeitarei os segredos a mim confiados.
Manterei, a todo custo, no máximo possível, a honra e a tradição da profissão médica.
Meus colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que concepções religiosas, nacionais, raciais, partidárias ou sociais intervenham entre meu dever e meus pacientes.
Manterei o mais alto respeito pela vida humana, desde sua concepção. Mesmo sob ameaça, não usarei meu conhecimento médico em princípios contrários às leis da natureza.
Faço estas promessas, solene e livremente, pela minha própria honra."
È dessa segunda face da moeda que tenho a honra de pertencer e a obrigação de defender.
segunda-feira, 22 de março de 2010
AS MULHERES E SUAS CONQUISTAS.
Por milhares de anos a mulher conformou-se com um papel de coadjuvante na família e na sociedade, com raras exceções e em algumas culturas, como a cigana por exemplo, além disso , responsável pelo sustento familiar enquanto os homens se preocupam simplesmente com os negócios. A família tradicional sempre teve na mulher o seu sustentáculo maior, cuidando da saúde e educação dos filhos e zelando pelo bem estar do marido , então o lar era sua fortaleza e seu refugio, a rainha enclausurada em seu castelo enquanto o rei todo poderoso se aventurava mundo afora e não rara vezes formando famílias paralelas quando suas posses assim o permitia. Até os anos 50 do século passado, as filhas eram criadas para o casamento, desnecessário sendo o estudo e o trabalho, já que seguindo a mãe seu destino já era conhecido. Neste quadro eventualmente apareciam as que não se conformavam e afrontavam a sociedade com profissões como enfermeiras, artistas, cantoras, quase sempre mal vistas, mas que aos poucos foram conquistando espaços importantes que possibilitaram os avanços conhecidos hoje.
Tudo começaria a mudar na década de 60 com o aparecimento da pílula anticoncepcional e o movimento hippie, assim o festival de woodstock com seus slogans, faça amor, não faça a guerra, paz e amor, iniciaram uma liberação sexual sem precedentes na história feminina. Esta liberdade entretanto afrontava a sociedade machista e conservadora de até então,que as discriminava, entretanto a semente plantada já crescia irreversivelmente. As mulheres foram á luta , estudando, se aperfeiçoando, avançando palmo a palmo sobre o mercado de trabalho com muita coragem e determinação, inclusive realizando trabalhos pesados até então de exclusividade dos homens.
O sucesso das mulheres é explicado porque são mais estudiosas, mais dedicadas, mais detalhistas e muito mais sensibilidade para lidar com cargos de chefia e de gerenciamento onde relações humanas necessitam esses atributos. Naturalmente a beleza também é fator determinante em determinadas funções , mas não necessariamente um fator determinante. Não sou daqueles que concorda que ainda ocorra discriminação quanto à remuneração, pelo menos na área médica todos os profissionais têm o mesmo salário para a carga horária correspondente, nunca vi ou ouvi dizer que uma médica ou enfermeira tivesse remuneração diferenciada.
É isso aí, sucesso absoluto em qualquer área de atuação, hoje a menina não cresce mais tendo o casamento como meta de vida, pensa em estudar, se formar, obter uma profissão, adquirir estabilidade e independência financeira e então formar uma família que pode ou não ser através do casamento, e as que podem, ter filhos cada vez mais tarde.
Nem tudo são flores , o afastamento do lar tem tirado dos filhos o direito de ter o amor materno e o ensinamento dos valores familiares, criados em creches, escolas ou por terceiros, estão cada vez mais desapegados aos pais e com freqüência se envolvendo com drogas e com a criminalidade ou freqüentando consultórios de psicólogos e psiquiatras.
O sucesso também pode levar ao individualismo e a competição pode ser uma armadilha, com situações criadas e ocasiões que podem levar à tentação da traição ou o envolvimento emocional com outros parceiros, embora isso não seja exclusividade das mulheres, já que os homens também se sentem facilitados e tendem ao adultério. Essa é uma constatação que não pode ser negada, evidentemente que não é generalizado, mas uma tendência.
Encerrando, quero deixar uma reflexão; Com todas as conquistas, com a emancipação e a independência financeira, com a liberdade conquistada, com o orgulho da vitória sobre o preconceito, tudo isso, comparando com o tipo de vida de suas avós e bisavós, a mulher de hoje é mais feliz?
Tudo começaria a mudar na década de 60 com o aparecimento da pílula anticoncepcional e o movimento hippie, assim o festival de woodstock com seus slogans, faça amor, não faça a guerra, paz e amor, iniciaram uma liberação sexual sem precedentes na história feminina. Esta liberdade entretanto afrontava a sociedade machista e conservadora de até então,que as discriminava, entretanto a semente plantada já crescia irreversivelmente. As mulheres foram á luta , estudando, se aperfeiçoando, avançando palmo a palmo sobre o mercado de trabalho com muita coragem e determinação, inclusive realizando trabalhos pesados até então de exclusividade dos homens.
O sucesso das mulheres é explicado porque são mais estudiosas, mais dedicadas, mais detalhistas e muito mais sensibilidade para lidar com cargos de chefia e de gerenciamento onde relações humanas necessitam esses atributos. Naturalmente a beleza também é fator determinante em determinadas funções , mas não necessariamente um fator determinante. Não sou daqueles que concorda que ainda ocorra discriminação quanto à remuneração, pelo menos na área médica todos os profissionais têm o mesmo salário para a carga horária correspondente, nunca vi ou ouvi dizer que uma médica ou enfermeira tivesse remuneração diferenciada.
É isso aí, sucesso absoluto em qualquer área de atuação, hoje a menina não cresce mais tendo o casamento como meta de vida, pensa em estudar, se formar, obter uma profissão, adquirir estabilidade e independência financeira e então formar uma família que pode ou não ser através do casamento, e as que podem, ter filhos cada vez mais tarde.
Nem tudo são flores , o afastamento do lar tem tirado dos filhos o direito de ter o amor materno e o ensinamento dos valores familiares, criados em creches, escolas ou por terceiros, estão cada vez mais desapegados aos pais e com freqüência se envolvendo com drogas e com a criminalidade ou freqüentando consultórios de psicólogos e psiquiatras.
O sucesso também pode levar ao individualismo e a competição pode ser uma armadilha, com situações criadas e ocasiões que podem levar à tentação da traição ou o envolvimento emocional com outros parceiros, embora isso não seja exclusividade das mulheres, já que os homens também se sentem facilitados e tendem ao adultério. Essa é uma constatação que não pode ser negada, evidentemente que não é generalizado, mas uma tendência.
Encerrando, quero deixar uma reflexão; Com todas as conquistas, com a emancipação e a independência financeira, com a liberdade conquistada, com o orgulho da vitória sobre o preconceito, tudo isso, comparando com o tipo de vida de suas avós e bisavós, a mulher de hoje é mais feliz?
domingo, 21 de março de 2010
JOSÉ SERRA E SUA TRAJETÓRIA POLÍTICA.
José Serra (São Paulo, 19 de março de 1942) é um economista e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 2006 foi eleito governador do estado de São Paulo, sendo até hoje o único eleito já em primeiro turno.
Ocupando atualmente o cargo de governador no mandato 2006-2010, já exerceu os mandatos de deputado federal constituinte (1987-1991), deputado federal (1991-1995) e senador (1995-2003), os cargos de Secretário de Planejamento de São Paulo (1983/1986), ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996), ministro da Saúde (1998-2002) e ainda prefeito de São Paulo (2005-2006). José Serra foi candidato à Presidência da República pela coligação PSDB-PMDB em 2002, tendo sido derrotado no 2º turno por Luís Inácio Lula da Silva.
Serra (PSDB-SP) tornou-se o único pré-candidato a Presidência da República pelo PSDB para as eleições brasileiras de 2010, diante da desistência oficial de seu competidor Aécio Neves (PSDB-MG), anunciada em 17 de dezembro de 2009.[1][2]
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[3]
JOSÉ SERRA FOI PRESIDENTE DA UNE - Em fins de 1962, Serra foi um dos fundadores da Ação Popular (AP). Participou de congressos em vários estados brasileiros como presidente da UEE-SP, tornando-se conhecido, o que veio a facilitar sua eleição para presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em julho de 1963, como candidato da Ação Popular. . A UNE, na época, tinha status de partido político,[4][12] dando a Serra a condição participar da política nacional e a oportunidade de contato com autoridades, governadores, e com o então presidente João Goulart, o Jango.
Como Presidente da UNE foi convidado a discursar no comício em homenagem a Getulio Vargas, na presença do então Presidente João Goulart e criticou-o por pretensa intervenção nos estados de SP e Guanabara, cujos Governadores trabalhavam para derrubá-lo. Foi mais aplaudido que o próprio Presidente.
Em 13 de março de 1964, no famoso comício da Central do Brasil, onde Jango defendeu as reformas de base, Serra, então com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.[16] O comício foi considerado pelos conservadores uma provocação e visto como um momento-chave de radicalização do governo, ajudando na junção de forças políticas, sociais e militares para derrubar Jango.
Consumado o golpe militar, aconselhado por um deputado amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, refugiou-se na embaixada da Bolívia, onde permaneceu por três meses. Os militares não queriam deixá-lo sair do país, por considera-lo perigoso demais. Resolvido o impasse, foi então para a Bolívia e depois para a França, onde permaneceu até 1965.[
Radicou-se no Chile, participando de ações políticas para denunciar a repressão no Brasil junto de outros exilados, como Armênio Guedes, Fernando Gabeira, Almino Afonso e Betinho, conhecendo também César Maia, a quem incentivou estudar economia. Permaneceu no Chile por oito anos, vivendo carreira acadêmica até 1973. Trabalhou ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Maria da Conceição Tavares. Casou-se em 1967 com a psicóloga e bailarina Sylvia Mónica Allende Ledezma, com quem teve dois filhos, Verônica, nascida em 1969, e Luciano, em 1973, meses antes do golpe de estado naquele país.
Fez mestrado na Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile, concluído em 1972, além de dar aulas de matemática para economistas, num instituto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), órgão da ONU. Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses. Decretado o golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, em setembro de 1973, Serra ajudou a transportar vários perseguidos à embaixada do Panamá. Foi preso no aeroporto quando tentava deixar o país com a família, sendo levado ao Estádio Nacional, onde muitos foram torturados e mortos. Um major que o libertou foi posteriormente fuzilado. Serra refugiou-se na embaixada da Itália, ficando como exilado político por oito meses aguardando um salvo-conduto. Partiu depois para os Estados Unidos onde fez seu segundo mestrado, e ainda o doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Cornell, concluído em 1976. Trabalhou como professor visitante do Instituto para Estudos Avançados em Princeton, NJ entre 1976 e 1978.
Depois de catorze anos no exílio, retornou ao país em 1977, sendo um dos poucos que se arriscaram a fazê-lo antes da lei de anistia de 1979. Foi admitido como professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp), onde permaneceu até 1983.
Em 1982, trabalhando como pesquisador no CEBRAP, sob os auspícios da Fundação Ford, coordenou a elaboração do programa de governo do candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Franco Montoro: "Quando Franco Montoro, um político da oposição, se elegeu governador de São Paulo nas eleições de 1982, José Serra e outros deixaram o Centro (CEBRAP) para trabalhar no governo do Estado". Serra foi convidado por Franco Montoro para assumir a Secretaria de Planejamento, tomando posse no novo governo em março de 1983.
Como Secretário Estadual de Planejamento possibilitou o andamento de grandes obras do governo Montoro, como a expansão da linha leste-oeste do metrô na capital, a construção 4 mil quilômetros de estradas vicinais e da hidrovia Tietê-Paraná. Desativou a Paulipetro - estatal de prospecção de petróleo paulista criada por Paulo Maluf.
Por ocasião da candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República, licenciou-se do cargo de secretário, em dezembro de 1984, para integrar o grupo de economistas escolhido para elaborar o programa econômico do candidato, ao lado de Celso Furtado, Hélio Beltrão e Sérgio Coutinho, Com a morte de Tancredo Neves, Serra retornou a seu cargo de secretário em São Paulo.
Afastou-se da secretaria de estado em 13 de fevereiro de 1986, para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB, a fim de integrar a assembleia nacional constituinte que fora convocada. Recebeu cerca de 160 mil votos, elegendo-se com a quarta maior votação do estado.
Na constituinte, Serra foi relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças e também integrou a Comissão de Sistematização. Criticando a atuação sem coordenação de seu partido, o PMDB, não seguiu a orientação partidária em todas as votações. Votou a favor da desapropriação das propriedades rurais improdutivas e foi contra a estabilidade no emprego e a favor do parlamentarismo. Foi o constituinte que conseguiu o maior percentual de aprovação de emendas, logrando aprovar 130 das 208 que apresentou. Uma delas criou o Fundo de Amparo ao Trabalhador - (FAT), para o financiamento do seguro-desemprego com uma fonte de recursos sólida e permanente, fazendo com que o benefício começasse a ser efetivamente pago no Brasil.
Na constituinte, lutou pela criação do FINSOCIAL, fundo que destinaria recursos à programas sociais e participou na criação dos fundos constitucionais regionais FPM e FPE, que destinam recursos para o desenvolvimento das regiões mais carentes, em especial Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Foi o relator da comissão que reformulou todo o sistema tributário, os orçamentos públicos e o Sistema Financeiro Nacional. Propôs a elaboração do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), tendo sido relator da primeira LDO da história do país, referente ao orçamento de 1990.
Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, em junho de 1988, presidindo sua comissão executiva até 1991. Nas eleições municipais de 1988, foi candidato à prefeitura de São Paulo, mas, em uma eleição ainda sem segundo turno, foi derrotado, ficando atrás de Luiza Erundina (à época no PT), João Leiva (PMDB) e Paulo Maluf. Foi reeleito deputado federal em 1990, com cerca de 340 mil votos, a maior votação do Estado.
Em 1991, foi convidado pelo presidente Fernando Collor para assumir o Ministério da Fazenda, mas recusou, assumindo então Marcílio Marques Moreira. Em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura de processo de impeachment do presidente Collor, acusado de corrupção.
Em 1994, apoiou o Plano Real, manifestando sua confiança no êxito, mas com reservas, uma vez que alertava a necessidade de reformas, especialmente a tributária. Candidatou-se nesse ano ao Senado, defendendo uma nova revisão constitucional, que daria ênfase à reforma tributária. Defendeu o voto distrital, o fim do voto obrigatório, o fortalecimento dos partidos e a correção das distorções na representação dos estados na eleição dos deputados federais.
Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos, muito à frente do segundo colocado, Romeu Tuma. Declarou-se de imediato a favor da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, desde que lei anterior autorizasse a presença de capital estrangeiro nas concessões.[carece de fontes?] Cogitado para assumir o Ministério da Fazenda, enquanto empresários de seu estado preferiam vê-lo no Ministério da Indústria e Comércio, o presidente eleito Fernado Henrique escolheu Pedro Malan para a Fazenda, convidando Serra para assumir o Ministério do Planejamento. Sua vaga no Senado foi ocupada por seu suplente, Pedro Piva.
Em 1996, concorreu novamente à prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado, ficando em terceiro lugar e nem mesmo participou do segundo turno, em que Celso Pitta (indicado do então prefeito Paulo Maluf), derrotou Luiza Erundina (ainda no PT).
Licenciou-se do Senado Federal, para tornar-se ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996). Deixou a pasta para disputar a prefeitura de São Paulo, que perdeu para Celso Pitta. Com isso, retornou ao Senado, onde ficou por dois anos.
Assumiu então o Ministério da Saúde (1998-2002). O programa de combate à AIDS implantado na sua gestão foi copiado por outros países e apontado como exemplar pela ONU. Implantou a lei de incentivo aos medicamentos genéricos, o que possibilitou a queda preço dos medicamentos. Eliminou os impostos federais dos medicamentos de uso continuado. Regulamentou a lei de patentes e encaminhou resolução junto à Organização Mundial do Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em caso de interesse da saúde pública. Ampliou as equipes do Programa de Saúde da Família e organizou o Sistema Nacional de Transplantes e a Central Nacional de Transplantes. Promoveu milhares de cirurgias por intermédio de mutirões combatendo doenças como, por exemplo, a catarata. Introduziu a vacinação dos idosos contra a gripe, eliminou doenças como o sarampo e criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).[
Em sua gestão no Ministério da Saúde, foi enviado ao Congresso Nacional o projeto de lei 3.156, de 2000, que tornava mais rigorosa a política anti-tabagista no Brasil, com a proibição da publicidade e a introdução das imagens de impacto em embalagens de cigarro. Aprovado o projeto, foi sancionado dando origem à Lei nº 10.167, de 2000, regulamentada em 2001 pela Anvisa.
Disputou a Presidência da República em 2002, quando obteve mais de 33 milhões de votos no segundo turno (38,73%), perdendo para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve quase 53 milhões de votos (61,27%).[46] Dos votos obtidos por Serra, 2,9 milhões o foram na cidade de São Paulo, cidade na qual Lula obteve apenas 127 mil votos a mais, aproximadamente 2% dos votos válidos.
Em 2003, assumiu a presidência nacional do PSDB, partido do qual é um dos fundadores. Depois que assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo, eleito em 2004, licenciou-se do cargo no partido. Foi sucedido em 2005 por Eduardo Azeredo (senador por Minas Gerais e também veterano no PSDB).
Em 2004, disputou a Prefeitura de São Paulo, sendo eleito no segundo turno com 3,3 milhões de votos (55% dos votos válidos).
No dia 1º de janeiro de 2005 tomou posse do cargo de prefeito com mandato para até 1º de janeiro de 2009. Um ano e três meses depois, em 31 de março de 2006, deixou a prefeitura de São Paulo nas mãos do seu vice Gilberto Kassab para concorrer às eleições para governador do estado de São Paulo
Desde que chegou ao Palácio dos Bandeirantes, Serra combina uma gestão fiscal agressiva, para elevar receitas e investimentos, com um rígido controle de despesas.
As prioridades de governo têm sido o Rodoanel Mário Covas, a expansão do Metrô, a modernização da rede de trens da grande São Paulo, recuperação de estradas vicinais, expansão das FATECs/ETECs e introdução das AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades).
Fonte: Wikipedia
Ocupando atualmente o cargo de governador no mandato 2006-2010, já exerceu os mandatos de deputado federal constituinte (1987-1991), deputado federal (1991-1995) e senador (1995-2003), os cargos de Secretário de Planejamento de São Paulo (1983/1986), ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996), ministro da Saúde (1998-2002) e ainda prefeito de São Paulo (2005-2006). José Serra foi candidato à Presidência da República pela coligação PSDB-PMDB em 2002, tendo sido derrotado no 2º turno por Luís Inácio Lula da Silva.
Serra (PSDB-SP) tornou-se o único pré-candidato a Presidência da República pelo PSDB para as eleições brasileiras de 2010, diante da desistência oficial de seu competidor Aécio Neves (PSDB-MG), anunciada em 17 de dezembro de 2009.[1][2]
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.[3]
JOSÉ SERRA FOI PRESIDENTE DA UNE - Em fins de 1962, Serra foi um dos fundadores da Ação Popular (AP). Participou de congressos em vários estados brasileiros como presidente da UEE-SP, tornando-se conhecido, o que veio a facilitar sua eleição para presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em julho de 1963, como candidato da Ação Popular. . A UNE, na época, tinha status de partido político,[4][12] dando a Serra a condição participar da política nacional e a oportunidade de contato com autoridades, governadores, e com o então presidente João Goulart, o Jango.
Como Presidente da UNE foi convidado a discursar no comício em homenagem a Getulio Vargas, na presença do então Presidente João Goulart e criticou-o por pretensa intervenção nos estados de SP e Guanabara, cujos Governadores trabalhavam para derrubá-lo. Foi mais aplaudido que o próprio Presidente.
Em 13 de março de 1964, no famoso comício da Central do Brasil, onde Jango defendeu as reformas de base, Serra, então com 21 anos, foi o mais jovem a discursar.[16] O comício foi considerado pelos conservadores uma provocação e visto como um momento-chave de radicalização do governo, ajudando na junção de forças políticas, sociais e militares para derrubar Jango.
Consumado o golpe militar, aconselhado por um deputado amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, refugiou-se na embaixada da Bolívia, onde permaneceu por três meses. Os militares não queriam deixá-lo sair do país, por considera-lo perigoso demais. Resolvido o impasse, foi então para a Bolívia e depois para a França, onde permaneceu até 1965.[
Radicou-se no Chile, participando de ações políticas para denunciar a repressão no Brasil junto de outros exilados, como Armênio Guedes, Fernando Gabeira, Almino Afonso e Betinho, conhecendo também César Maia, a quem incentivou estudar economia. Permaneceu no Chile por oito anos, vivendo carreira acadêmica até 1973. Trabalhou ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Maria da Conceição Tavares. Casou-se em 1967 com a psicóloga e bailarina Sylvia Mónica Allende Ledezma, com quem teve dois filhos, Verônica, nascida em 1969, e Luciano, em 1973, meses antes do golpe de estado naquele país.
Fez mestrado na Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile, concluído em 1972, além de dar aulas de matemática para economistas, num instituto da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), órgão da ONU. Chegou a prestar assessoria ao governo de Allende por alguns meses. Decretado o golpe liderado pelo general Augusto Pinochet, em setembro de 1973, Serra ajudou a transportar vários perseguidos à embaixada do Panamá. Foi preso no aeroporto quando tentava deixar o país com a família, sendo levado ao Estádio Nacional, onde muitos foram torturados e mortos. Um major que o libertou foi posteriormente fuzilado. Serra refugiou-se na embaixada da Itália, ficando como exilado político por oito meses aguardando um salvo-conduto. Partiu depois para os Estados Unidos onde fez seu segundo mestrado, e ainda o doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Cornell, concluído em 1976. Trabalhou como professor visitante do Instituto para Estudos Avançados em Princeton, NJ entre 1976 e 1978.
Depois de catorze anos no exílio, retornou ao país em 1977, sendo um dos poucos que se arriscaram a fazê-lo antes da lei de anistia de 1979. Foi admitido como professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp), onde permaneceu até 1983.
Em 1982, trabalhando como pesquisador no CEBRAP, sob os auspícios da Fundação Ford, coordenou a elaboração do programa de governo do candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Franco Montoro: "Quando Franco Montoro, um político da oposição, se elegeu governador de São Paulo nas eleições de 1982, José Serra e outros deixaram o Centro (CEBRAP) para trabalhar no governo do Estado". Serra foi convidado por Franco Montoro para assumir a Secretaria de Planejamento, tomando posse no novo governo em março de 1983.
Como Secretário Estadual de Planejamento possibilitou o andamento de grandes obras do governo Montoro, como a expansão da linha leste-oeste do metrô na capital, a construção 4 mil quilômetros de estradas vicinais e da hidrovia Tietê-Paraná. Desativou a Paulipetro - estatal de prospecção de petróleo paulista criada por Paulo Maluf.
Por ocasião da candidatura de Tancredo Neves à Presidência da República, licenciou-se do cargo de secretário, em dezembro de 1984, para integrar o grupo de economistas escolhido para elaborar o programa econômico do candidato, ao lado de Celso Furtado, Hélio Beltrão e Sérgio Coutinho, Com a morte de Tancredo Neves, Serra retornou a seu cargo de secretário em São Paulo.
Afastou-se da secretaria de estado em 13 de fevereiro de 1986, para se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PMDB, a fim de integrar a assembleia nacional constituinte que fora convocada. Recebeu cerca de 160 mil votos, elegendo-se com a quarta maior votação do estado.
Na constituinte, Serra foi relator da Comissão do Sistema Tributário, Orçamento e Finanças e também integrou a Comissão de Sistematização. Criticando a atuação sem coordenação de seu partido, o PMDB, não seguiu a orientação partidária em todas as votações. Votou a favor da desapropriação das propriedades rurais improdutivas e foi contra a estabilidade no emprego e a favor do parlamentarismo. Foi o constituinte que conseguiu o maior percentual de aprovação de emendas, logrando aprovar 130 das 208 que apresentou. Uma delas criou o Fundo de Amparo ao Trabalhador - (FAT), para o financiamento do seguro-desemprego com uma fonte de recursos sólida e permanente, fazendo com que o benefício começasse a ser efetivamente pago no Brasil.
Na constituinte, lutou pela criação do FINSOCIAL, fundo que destinaria recursos à programas sociais e participou na criação dos fundos constitucionais regionais FPM e FPE, que destinam recursos para o desenvolvimento das regiões mais carentes, em especial Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Foi o relator da comissão que reformulou todo o sistema tributário, os orçamentos públicos e o Sistema Financeiro Nacional. Propôs a elaboração do Plano Plurianual de Investimentos (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), tendo sido relator da primeira LDO da história do país, referente ao orçamento de 1990.
Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, em junho de 1988, presidindo sua comissão executiva até 1991. Nas eleições municipais de 1988, foi candidato à prefeitura de São Paulo, mas, em uma eleição ainda sem segundo turno, foi derrotado, ficando atrás de Luiza Erundina (à época no PT), João Leiva (PMDB) e Paulo Maluf. Foi reeleito deputado federal em 1990, com cerca de 340 mil votos, a maior votação do Estado.
Em 1991, foi convidado pelo presidente Fernando Collor para assumir o Ministério da Fazenda, mas recusou, assumindo então Marcílio Marques Moreira. Em 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura de processo de impeachment do presidente Collor, acusado de corrupção.
Em 1994, apoiou o Plano Real, manifestando sua confiança no êxito, mas com reservas, uma vez que alertava a necessidade de reformas, especialmente a tributária. Candidatou-se nesse ano ao Senado, defendendo uma nova revisão constitucional, que daria ênfase à reforma tributária. Defendeu o voto distrital, o fim do voto obrigatório, o fortalecimento dos partidos e a correção das distorções na representação dos estados na eleição dos deputados federais.
Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos, muito à frente do segundo colocado, Romeu Tuma. Declarou-se de imediato a favor da privatização da Companhia Vale do Rio Doce, desde que lei anterior autorizasse a presença de capital estrangeiro nas concessões.[carece de fontes?] Cogitado para assumir o Ministério da Fazenda, enquanto empresários de seu estado preferiam vê-lo no Ministério da Indústria e Comércio, o presidente eleito Fernado Henrique escolheu Pedro Malan para a Fazenda, convidando Serra para assumir o Ministério do Planejamento. Sua vaga no Senado foi ocupada por seu suplente, Pedro Piva.
Em 1996, concorreu novamente à prefeitura de São Paulo, mas foi derrotado, ficando em terceiro lugar e nem mesmo participou do segundo turno, em que Celso Pitta (indicado do então prefeito Paulo Maluf), derrotou Luiza Erundina (ainda no PT).
Licenciou-se do Senado Federal, para tornar-se ministro do Planejamento e Orçamento (1995-1996). Deixou a pasta para disputar a prefeitura de São Paulo, que perdeu para Celso Pitta. Com isso, retornou ao Senado, onde ficou por dois anos.
Assumiu então o Ministério da Saúde (1998-2002). O programa de combate à AIDS implantado na sua gestão foi copiado por outros países e apontado como exemplar pela ONU. Implantou a lei de incentivo aos medicamentos genéricos, o que possibilitou a queda preço dos medicamentos. Eliminou os impostos federais dos medicamentos de uso continuado. Regulamentou a lei de patentes e encaminhou resolução junto à Organização Mundial do Comércio para licenciamento compulsório de fármacos em caso de interesse da saúde pública. Ampliou as equipes do Programa de Saúde da Família e organizou o Sistema Nacional de Transplantes e a Central Nacional de Transplantes. Promoveu milhares de cirurgias por intermédio de mutirões combatendo doenças como, por exemplo, a catarata. Introduziu a vacinação dos idosos contra a gripe, eliminou doenças como o sarampo e criou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).[
Em sua gestão no Ministério da Saúde, foi enviado ao Congresso Nacional o projeto de lei 3.156, de 2000, que tornava mais rigorosa a política anti-tabagista no Brasil, com a proibição da publicidade e a introdução das imagens de impacto em embalagens de cigarro. Aprovado o projeto, foi sancionado dando origem à Lei nº 10.167, de 2000, regulamentada em 2001 pela Anvisa.
Disputou a Presidência da República em 2002, quando obteve mais de 33 milhões de votos no segundo turno (38,73%), perdendo para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que obteve quase 53 milhões de votos (61,27%).[46] Dos votos obtidos por Serra, 2,9 milhões o foram na cidade de São Paulo, cidade na qual Lula obteve apenas 127 mil votos a mais, aproximadamente 2% dos votos válidos.
Em 2003, assumiu a presidência nacional do PSDB, partido do qual é um dos fundadores. Depois que assumiu a prefeitura da cidade de São Paulo, eleito em 2004, licenciou-se do cargo no partido. Foi sucedido em 2005 por Eduardo Azeredo (senador por Minas Gerais e também veterano no PSDB).
Em 2004, disputou a Prefeitura de São Paulo, sendo eleito no segundo turno com 3,3 milhões de votos (55% dos votos válidos).
No dia 1º de janeiro de 2005 tomou posse do cargo de prefeito com mandato para até 1º de janeiro de 2009. Um ano e três meses depois, em 31 de março de 2006, deixou a prefeitura de São Paulo nas mãos do seu vice Gilberto Kassab para concorrer às eleições para governador do estado de São Paulo
Desde que chegou ao Palácio dos Bandeirantes, Serra combina uma gestão fiscal agressiva, para elevar receitas e investimentos, com um rígido controle de despesas.
As prioridades de governo têm sido o Rodoanel Mário Covas, a expansão do Metrô, a modernização da rede de trens da grande São Paulo, recuperação de estradas vicinais, expansão das FATECs/ETECs e introdução das AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades).
Fonte: Wikipedia
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quinta-feira, 18 de março de 2010
A JUSTIÇA , A POLICIA E A SOCIEDADE.
Ainda como referência o artigo "A doença, o diagnóstico e o prognóstico", nos referimos que a Justiça sería o terceiro grande freio, punindo áqueles que transgridem a lei, principalmente os que atentam contra a vida. Só que a nossa Justiça, envolvida em tantos escândalos, patrocinados por Juízes, Procuradores, Advogados, Presidente de Tribunal de Justiça, no caso o do ES, armando esquemas de venda de sentenças, tráfico de influência, concursos direcionados para a aprovação de parentes e as intermináveis brechas no nosso Código Penal, originando recursos e mais recursos, dando à população que a Justiça só existe para o pobre, pois quem pode pagar um bom advogado, certamente não vai ou se vai fica muito pouco tempo na cadeia. Por outro lado, temos uma polícia, vergonhosamente mau remunerada, desestimulada, corrupta e violenta que também contribui para a violência e o desrespeito ao patrimonio e à vida de nossa população. Voce tem opinião formada sobre o tema? E a favor de uma reforma no Judiciário? Nosso Código Penal precisa ser revisto? É a favor da PEC 300? Vamos debater? Deixe sua opinião, prometo comentar.
segunda-feira, 15 de março de 2010
VACINA CONTRA A GRIPE SUÍNA. MINHA RESPOSTA.
Vacina é procedimento médico desde o inicio do século passado. Técnica amplamente conhecida e de eficácia comprovada. Graças a ela milhares de vidas foram salvas, doenças foram erradicadas e deixamos de ter deficientes físicos em decorrência da poliomielite. Assim, o tétano e o tétano neo natal, raiva, fébre amarela, difteria, sarampo, meningite e tantas outras doenças deixaram de matar milhares de pessoas. Podería escrever um livro inteiro sobre o benefício das vacinas. Todos os anos milhares de idosos são vacinados contra a gripe sazonal com resultados altamente benéficos, poupando vidas e economizando internações por pneumonia. Em relação ao H1N1 (gripe suína) não será diferente. Não faz sentido a notícia de que a vacina foi desenvolvida apenas para se ganhar dinheiro, sería o fim de toda credibilidade cientifica. O que pode ter ocorrido é uma supervalorização da pandemia, e que bom que o número de casos foi menor que o previsto. É melhor errar por excesso do que por omissão. Nós que estamos na linha de frente e tivemos frente a frente com o virus, sabemos o quão mortal pode ser, perdemos um paciente em menos de 48 horas do inicio dos sintomas. Eu e toda a minha equipe dos dois hospitais que trabalho, tomamos a vacina e vou vacinar meus familiares que estão dentro da faixa preconizada pelo Ministério da Saúde. Assim, sugiro que todos a tomem, não existe remédio eficaz para a forma mais grave.
O PAPEL DO HOMEM E DA MULHER NA SOCIEDADE ATUAL.
A emancipação da mulher, sua independência financeira, sua importância no mercado de trabalho,no orçamento familiar, na política e na formação de um novo modelo de familia, é fato consumado em quase todo o mundo. No artigo "A doença, o diagnóstico e o prognóstico" , referindo-me a banalização da vida e a decadência da sociedade em nossos dias, menciono como causa também a falência da família. Assim, casamentos desfeitos cada vez mais precocemente, filhos criados mais em creches e escolas do que com os pais, envolvimentos dos jovens com drogas e com a criminalidade , perda daqueles valores passados aos filhos, geração após geração, são consequências dessa constatação.
Recente pesquisa patrocinado pela ONU em diversos países , registrou que uma em quatro mulheres gostaríam de não trabalhar e ficar em casa para cuidar dos filhos e da família. Será que é uma tendência?, até que ponto todas essas conquistas são responsáveis pelo modelo de sociedade que vivemos? Qual o papel e a responsabilidade dos homens? O tema é apaixonante e altamente polêmico. Vamos discutir? Dê sua opinião, prometo comentar.
Recente pesquisa patrocinado pela ONU em diversos países , registrou que uma em quatro mulheres gostaríam de não trabalhar e ficar em casa para cuidar dos filhos e da família. Será que é uma tendência?, até que ponto todas essas conquistas são responsáveis pelo modelo de sociedade que vivemos? Qual o papel e a responsabilidade dos homens? O tema é apaixonante e altamente polêmico. Vamos discutir? Dê sua opinião, prometo comentar.
sábado, 13 de março de 2010
A DECADÊNCIA DA RELIGIÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA SOCIEDADE. VAMOS DISCUTIR?
No artigo “ a doença, o diagnóstico e o prognóstico” http://bit.ly/b16laf faço uma análise na banalização da vida e dos valores da nossa sociedade. Mencionei três freios que nos regulam e que estão sendo perdidos. O primeiro deles é o freio religioso. Você tem opinião formada a respeito ? Até que ponto o distanciamento da religião e de seus princípios contribuem para o atual estágio de nossa sociedade? Vamos discutir ? Deixe sua opinião, prometo comentar uma por uma.
O PEDÁGIO DO PT.
O novo tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é uma peça mais fundamental do que parece nos esquemas de arrecadação financeira do partido. Investigado pelo promotor José Carlos Blat por suspeita de estelionato, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso dos desvios da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), Vaccari é também personagem, ainda oculto, do maior e mais escandaloso caso de corrupção da história recente do Brasil: o mensalão - o milionário esquema de desvio de dinheiro público usado para abastecer campanhas eleitorais do PT e corromper parlamentares no Congresso. O mensalão produziu quarenta réus ora em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles não está Vaccari. Ele parecia bagrinho no esquema. Pelo que se descobriu agora, é um peixão. Em 2003, enquanto cuidava das finanças da Bancoop, João Vaccari acumulava a função de administrador informal da relação entre o PT e os fundos de pensão das empresas estatais, bancos e corretoras. Ele tocava o negócio de uma maneira bem peculiar: cobrando propina. Propina que podia ser de 6%, de 10% ou até de 15%, dependendo do cliente e do tamanho do negócio. Uma investigação sigilosa da Procuradoria-Geral da República revela, porém, que 12% era o número mágico para o tesoureiro - o porcentual do pedágio que ele fixava como comissão para quem estivesse interessado em se associar ao partido para saquear os cofres públicos.
A revelação do elo de João Vaccari com o escândalo que produziu um terremoto no governo federal está em uma série de depoimentos prestados pelo corretor Lúcio Bolonha Funaro, considerado um dos maiores especialistas em cometer fraudes financeiras do país. Em 2005, na iminência de ser denunciado como um dos réus do processo do mensalão, Funaro fez um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Em troca de perdão judicial para seus crimes, o corretor entregou aos investigadores nomes, valores, datas e documentos bancários que incriminam, em especial, o deputado paulista Valdemar Costa Neto, do PR, réu no STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Em um dos depoimentos, ao qual VEJA teve acesso, Lúcio Funaro também forneceu detalhes inéditos e devastadores da maneira como os petistas canalizavam dinheiro para o caixa clandestino do PT. Apresentou, inclusive, o nome do que pode vir a ser o 41º réu do processo que apura o mensalão - o tesoureiro João Vaccari Neto. "Ele (Vaccari) cobra 12% de comissão para o partido", disse o corretor em um relato gravado pelos procuradores. Em cinco depoimentos ao Ministério Público Federal que se seguiram, Funaro forneceu outras informações comprometedoras sobre o trabalho do tesoureiro encarregado de cuidar das finanças do PT:
• Entre 2003 e 2004, no auge do mensalão, João Vaccari Neto era o responsável pelo recolhimento de propina entre interessados em fazer negócios com os fundos de pensão de empresas estatais no mercado financeiro.
• O tesoureiro concentrava suas ações e direcionava os investimentos de cinco fundos - Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica), Nucleos (Nuclebrás), Petros (Petrobras) e Eletros (Eletrobrás) -, cujos patrimônios, somados, chegam a 190 bilhões de reais.
• A propina que ele cobrava variava entre 6% e 15%, dependendo do tipo de investimento, do valor do negócio e do prazo.
O dinheiro da propina era carreado para o caixa clandestino do PT, usado para financiar as campanhas do partido e subornar parlamentares.
• João Vaccari agia em parceria com o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e sob o comando do ex-ministro José Dirceu, réu no STF sob a acusação de chefiar o bando dos quarenta.
Lúcio Funaro contou aos investigadores o que viu, ouviu e como participou. Os destinos de ambos, Funaro e Vaccari, se cruzaram nas trilhas subterrâneas do mensalão. Eram os últimos meses de 2004, tempos prósperos para as negociatas da turma petista liderada por José Dirceu e Delúbio Soares. As agências de publicidade de Marcos Valério, o outro ponta de lança do esquema, recebiam milhões de estatais e ministérios - e o BMG e o Rural, os bancos que financiavam a compra do Congresso, faturavam fortunas com os fundos de pensão controlados por tarefeiros do PT. Naquele momento, Funaro mantinha uma relação lucrativa com Valdemar Costa Neto. Na campanha de 2002, o corretor emprestara ao deputado 3 milhões de reais, em dinheiro vivo. Pela lógica que preside o sistema político brasileiro, Valdemar passou a dever-lhe 3 milhões de favores. O deputado, segundo o relato do corretor, foi cobrar esses favores do PT. É a partir daí que começa a funcionar a engrenagem clandestina de fabricação de dinheiro. O deputado detinha os contatos políticos; o corretor, a tecnologia financeira para viabilizar grandes negociatas. Combinação perfeita, mas que, para funcionar, carecia de um sinal verde de quem tinha o comando da máquina. Valdemar procurou, então, Delúbio Soares, lembrou-lhe a ajuda que ele dera à campanha de Lula e pediu, digamos, oportunidades. De acordo com o relato do corretor, Delúbio indicou João Vaccari para abrir-lhe algumas portas.
Para marcar a primeira conversa com Vaccari, Funaro ligou para o celular do sindicalista. O encontro, com a presença do deputado Costa Neto, deu-se na sede da Bancoop em São Paulo, na Rua Líbero Badaró. Na conversa, Vaccari contou que cabia a ele intermediar operações junto aos maiores fundos de pensão - desde que o interessado pagasse um "porcentual para o partido (PT)", taxa que variava entre 6% e 15%, dependendo do tipo de negócio, dos valores envolvidos e do prazo. E foi didático: Funaro e Valdemar deveriam conseguir um parceiro e uma proposta de investimento. Em seguida, ele se encarregaria de determinar qual fundo de pensão se encaixaria na operação desejada. O tesoureiro adiantou que seria mais fácil obter negociatas na Petros ou na Funcef. Referindo-se a Delúbio sempre como "professor", Vaccari explicou que o PT havia dividido o comando das operações dos fundos de pensão. O petista Marcelo Sereno, à época assessor da Presidência da República, cuidava dos fundos pequenos. Ele, Vaccari, cuidava dos grandes. O porcentual cobrado pelo partido, entre 6% e 15%, variava de acordo com o tipo do negócio. Para investimentos em títulos de bancos, os chamados CDBs, nicho em que o corretor estava interessado, a "comissão" seria de 12%. Funaro registrou a proposta na memória, despediu-se de Vaccari e foi embora acompanhado de Costa Neto.
Donos de uma fortuna equivalente à dos Emirados Árabes, os fundos de pensão de estatais são alvo da cobiça dos políticos desonestos graças à facilidade com que operadores astutos, como Funaro, conseguem desviar grandes somas dando às operações uma falsa aparência de prejuízos naturais impostos por quem se arrisca no mercado financeiro. A CPI dos Correios, que investigou o mensalão em 2006, demonstrou isso de maneira cabal. Com a ajuda de técnicos, a comissão constatou que os fundos foram saqueados em operações fraudulentas que beneficiavam as mesmas pessoas que abasteciam o mensalão. Funaro chegou a insinuar a participação de João Vaccari no esquema em depoimento à CPI, em março de 2006. Disse que Vaccari era operador do PT em fundos de pensão, mas que, por ter sabido disso por meio de boatos no mercado financeiro, não poderia se estender sobre o assunto. Sabe-se, agora, que, na ocasião, ele contou apenas uma minúscula parte da história.
A história completa já havia começado a ser narrada sete meses antes a um grupo de procuradores da República do Paraná. Em agosto de 2005, emparedado pelo Ministério Público Federal por causa de remessas ilegais de 2 milhões de dólares ao exterior, Funaro propôs delatar o esquema petista em troca de perdão judicial. "Vou dar a vocês o cara do Zé Dirceu. O Marcelo Sereno faz operação conta-gotas que enche a caixa-d'água todo dia para financiar operações diárias. Mas esse outro aqui, ó, o nome dele nunca saiu em lugar nenhum. Ele faz as coisas mais volumosas", disse Funaro, enquanto escrevia o nome "Vaccari", em uma folha branca, no alto de um organograma. Um dos procuradores quis saber como o PT desviava dinheiro dos fundos. "Tiram dinheiro muito fácil. Rural, BMG, Santos... Tirando os bancos grandes, quase todos têm negócio com ele", disse. O corretor explicou aos investigadores que se cobrava propina sobre todo e qualquer investimento. "Sempre que um fundo compra CDBs de um banco, tem de pagar comissão a eles (PT)", explicou. "Vou dar provas documentais. Ligo para ele (Vaccari) e vocês gravam. Depois, é só ver se o fundo de pensão comprou ou não os CDBs do banco."
O depoimento de Funaro foi enviado a Brasília em dezembro de 2005, e o STF aceitou transformá-lo formalmente em réu colaborador da Justiça. Parte das informações passadas foi usada para fundamentar a denúncia do mensalão. A outra parte, que inclui o relato sobre Vaccari, ainda é guardada sob sigilo. VEJA não conseguiu descobrir se Funaro efetivamente gravou conversas com o tesoureiro petista, mas sua ajuda em relação aos fundos foi decisiva. Entre 2003 e 2004, os três bancos citados pelo corretor - BMG, Rural e Santos - receberam 600 milhões de reais dos fundos de pensão controlados pelo PT. Apenas os cinco fundos sob a influência do tesoureiro aplicaram 182 milhões de reais em títulos do Rural e do BMG, os principais financiadores do mensalão, em 2004. É um volume 600% maior que o do ano anterior e 1 650% maior que o de 2002, antes de o PT chegar ao governo. As investigações da polícia revelaram que os dois bancos "emprestaram" 55 milhões de reais ao PT. É o equivalente a 14,1% do que receberam em investimentos - portanto, dentro da margem de propina que Funaro acusa o partido de cobrar (entre 6% e 15%). Mas, para os petistas, isso deve ser somente uma coincidência...
Desde que começou a negociar a delação premiada com a Justiça, Funaro prestou quatro depoimentos sigilosos em Brasília. O segredo em torno desses depoimentos é tamanho que Funaro guarda cópia deles num cofre no Uruguai. "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá", ele disse a amigos. Hoje, aos 35 anos, Funaro, formado em economia e considerado até por seus desafetos um gênio do mundo financeiro, é um dos mais ricos e ladinos investidores do país. Sabe, talvez como ninguém no Brasil, tirar proveito das brechas na bolsa de valores para ganhar dinheiro em operações tão incompreensíveis quanto lucrativas. O corretor relatou ao Ministério Público que teve um segundo encontro com Vaccari, sempre seguindo orientação do "professor Delúbio", no qual discutiu um possível negócio com a Funcef, mas não forneceu mais detalhes nem admitiu se as tratativas deram certo.
VEJA checou os extratos telefônicos de Delúbio remetidos à CPI dos Correios e descobriu catorze ligações feitas pelo "professor" a Vaccari no mesmo período em que se davam as negociações entre Funaro e o guardião dos fundos de pensão. O que o então tesoureiro do PT tinha tanto a conversar com o dirigente da cooperativa? É possível que Funaro tenha mentido sobre os encontros com Vaccari? Em tese, sim. Pode haver motivos desconhecidos para isso. Trata-se, contudo, de uma hipótese remotíssima. Quando fez essas confissões aos procuradores, Vaccari parecia ser um personagem menor do submundo petista. "Os procuradores só queriam saber do Valdemar, e isso já lhes dava trabalho suficiente", revelou Funaro a amigos, no ano passado. As investigações que se seguiram demonstraram que Funaro dizia a verdade. Seus depoimentos, portanto, ganharam em credibilidade. Foram aceitos pela criteriosa Procuradoria-Geral da República como provas fundamentais para incriminar a quadrilha do mensalão. Muitos tentaram, inclusive o lobista Marcos Valério, mas apenas Funaro virou réu-colaborador nesse caso. Isso significa que ele apresentou provas documentais do que disse, não mentiu aos procuradores e, sobretudo, continua à disposição do STF para ajudar nas investigações. Em contrapartida, receberá uma pena mais branda no fim do processo - ou será inocentado.
Durante a semana, Vaccari empenhou-se em declarar que, no caso Bancoop, ele e outros dirigentes da cooperativa são inocentes e que culpados são seus acusadores e suas vítimas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o tesoureiro do PT disse que o MP agiu "para sacanear" e que os 31 milhões de reais sacados na boca do caixa pela Bancoop teriam sido "movimentações interbancárias". Os documentos resultantes da quebra do sigilo bancário da entidade mostram coisa diferente. Entre os cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco, o Bradesco, "a imensa maioria", segundo o MP, continha o código "SQ21" - que quer dizer saque. Algumas vezes aparecia a própria palavra escrita no verso (veja reproduções). Se, a partir daí, o dinheiro sacado foi colocado em uma mala, usado para fazer pagamentos, ou depositado em outras contas, não se sabe. A maioria dos cheques nominais ao banco (que também permitem movimentação na boca do caixa) não continha informações suficientes para permitir a reconstituição do seu percurso, afirma o promotor Blat. "De toda forma, fica evidente que se tratou de uma manobra para dificultar ou evitar o rastreamento do dinheiro", diz ele.
Na tentativa de inocentar-se, o tesoureiro do PT distribuiu culpas. Segundo ele, os problemas de caixa da cooperativa se deveram ao comportamento de cooperados que sabiam que os preços iniciais dos imóveis eram "estimados" e "não quiseram pagar" a diferença depois que foram constatados "erros de cálculo" nas estimativas. Ele só omitiu que, em muitos casos, os "erros de cálculo" chegaram a valores correspondentes a 50% do preço inicial do apartamento. Negar evidências e omitir fraudes. Essa é a lei da selva na política. Até quando?
Empreiteiro "João", que prestou serviços à Bancoop
Um empreiteiro de 46 anos que prestou serviços à Bancoop por dez anos repetiu à repórter Laura Diniz as acusações que passou oficialmente ao promotor do caso Bancoop. O empreiteiro conta como emitiu notas frias a pedido dos diretores da cooperativa, e ouviu que o dinheiro desviado seria destinado às campanhas de Lula à Presidência, em 2002, e de Marta Suplicy à prefeitura de São Paulo, em 2004
Qual foi a primeira vez que a Bancoop pediu notas frias ao senhor?
Quando o Lula era candidato a presidente. O Ricardo (o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, responsável pelas construções da Bancoop) dizia que eram para a campanha. Nunca me forçaram a nada, mas, se você não fizesse isso, se queimava. A primeira nota fria que dei foi de 2 000 reais por um serviço que não fiz em um prédio no Jabaquara. A Bancoop precisava assinar a nota para liberar o pagamento. Quando era fria, liberavam de um dia para o outro. Notas normais demoravam de dez a quinze dias para sair.
Quantas notas frias o senhor deu?
Entre 2001 e 2004, dei 15 000 reais em notas frias à Bancoop. Isso, só eu. Em 2004, havia pelo menos uns 150 empreiteiros trabalhando para a cooperativa. Eles diziam com todas as letras que o dinheiro era para as campanhas do Lula e da Marta e ainda pediam para votar no Lula. Falavam que se ele ganhasse teríamos serviço para a vida inteira. Até disse aos meus empregados para votar nele.
O que o senhor sabe sobre a Germany?
Sei que eles ganharam muito dinheiro. Um dia, ouvi o Luiz Malheiro, o Alessandro Bernardino e o Marcelo Rinaldi (donos da Germany e dirigentes da Bancoop) festejando porque o lucro do mês era de 500 000 reais. Eles estavam bebendo uísque e comemorando num dia à tarde, na sede da Bancoop.
quinta-feira, 11 de março de 2010
EMENDA IBSEN. VAMOS DISCUTIR?
A Emenda Ibsen, aprovada ontem na Cãmara Federal, modifica o métodos da partilha dos royaltes do petróleo, tirando dos Estados e Municípios produtores, dividindo para todos os Municípios do País. Determina também que os royaltes do Pré-sal tenham o mesmo destino.No entanto, preserva o dinheiro da União.
Voce tem opinião formada sobre o assunto?
Vamos discutir? Deixe sua opinião, prometo comentar.
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Vamos discutir? Deixe sua opinião, prometo comentar.
sábado, 6 de março de 2010
COMENTÁRIO DE @AsteriscoCris AO "A DOENÇA, O DIAGNÓSTICO E O PROGNÓSTICO"
Publico na íntegra o comentário da médica @AsteriscoCris ao artiho. Achei pertinente, principalmente porque no artigo abordei superficialmente o tema. Naturalmente com sua permissão.
Disse tudo em seu artigo! E isso tudo ainda há mais uma explicação: a infiltração marxista na Igreja Católica. Esta que deveria estar norteando nossas vidas, como era até o séc XI. Como disse Bezmenov: para mudar isso temos q nos achegar à Deus. O relativismo cultural.que nos foi imposto, emburreceu as pessoas, fazendo-as fantoches em suas próprias vidas. Nada do q fazem é pensado ou questionado. A verdadeira intelectualidade brasileira q ainda resistia até a década de 50 morreu. A Igreja morreu corroída p agentes da KGB. Só nos resta rezar...e trabalhar muito p mudar isso tudo. Estamos numa verdadeira guerra. Parabéns p artigo. Abraços.
Disse tudo em seu artigo! E isso tudo ainda há mais uma explicação: a infiltração marxista na Igreja Católica. Esta que deveria estar norteando nossas vidas, como era até o séc XI. Como disse Bezmenov: para mudar isso temos q nos achegar à Deus. O relativismo cultural.que nos foi imposto, emburreceu as pessoas, fazendo-as fantoches em suas próprias vidas. Nada do q fazem é pensado ou questionado. A verdadeira intelectualidade brasileira q ainda resistia até a década de 50 morreu. A Igreja morreu corroída p agentes da KGB. Só nos resta rezar...e trabalhar muito p mudar isso tudo. Estamos numa verdadeira guerra. Parabéns p artigo. Abraços.
A DOENÇA, O DIAGNÓSTICO E O PROGNÓSTICO.
Se tem alguma coisa que tem chocado a todos nós brasileiros, são as notícias diárias de desrespeito total à vida do semelhante. Criança arrastada até a morte por carro em assalto, pais acusados de jogarem filha de apartamento, mortos friamente em assaltos mesmo sem terem reagido, pai que mata e estupra a própria filha, execuções sumárias de desafetos com requintes de crueldade, enfim, fatos que nos remetem á época da pré-civilização. Não sou nenhum cientista social, mas como médico, observador atento das atitudes da sociedade, me pus a pensar e cheguei a algumas conclusões que gostaria de repartir com vocês que me dão a honra de freqüentar esse blog.
Nascemos, quase todos nós brasileiros, cristãos, como tal somos moldados nos ensinamentos legados por Jesus Cristo, se mais tarde nos decepcionamos com os caminhos que a Igreja tem tomado, é motivo para outras considerações, que não é o objetivo deste texto. Voltemos aos ensinamentos, dentre eles talvez o mais importante seja “ a vida nos foi dada por Deus e só Ele tem o direito de tira-la” sob pena de pecado mortal e o inferno como destino de nossa alma. Evidentemente que isso cria um freio religioso e que persiste em nosso subconsciente por toda a vida e em momentos de fúria, de desavenças, de discórdias, de humilhações extremas, certamente nos faz refletir e nossa consciência cristã impede que cometamos o pecado imperdoável.
Outro freio é o que a Justiça nos impõe. Perda da liberdade, do convívio familiar e da sociedade para os que tirarem a vida de outrem. Resguardando as prerrogativas de legitima defesa da vida, da honra , outras situações previstas no Código Penal e em situações de guerra , também nos impede de atentar contra a vida dos semelhantes.
As orientações de família, os ensinamentos e exemplos dos pais para os filhos, o amor, a cumplicidade, o respeito à lei e à ordem, aos mais idosos, aos diferentes, à necessidade do trabalho para o sustento honesto, moldam nossa personalidade e nos acompanha também na fase adulta, condicionando-nos a transmitir os mesmos valores a nosso descendentes.
O que está errado então? E aqui tenho certeza, alguém com mais capacidade poderia escrever um compêndio, mas vou ousar algumas explicações que pelo menos a mim, parecem pertinentes. A Igreja, com seus próprios escândalos, padres, bispos e pastores envolvidos em pedofilia, homossexualismo, adultérios , filhos naturais, na maioria das vezes usando posição na estrutura religiosa para seduzir e corromper. A exploração financeira de fies em proveito próprio, o envolvimento demasiado na política partidária e ostentação de luxos inacessíveis a grande maioria dos fiéis aliados ao conhecimento científico, agora a disposição também da população mais carente, e que contradiz a versão religiosa, certamente contribui para que esse freio religioso, tão importante se perca. Medo do pecado, de ir par o inferno, já não impede que se tire a vida de alguém.
A Justiça, com prerrogativas, artifícios jurídicos habilmente introduzidos por bons advogados, leis que protegem muito mais quem matou do que a família do assassinado, vide pensão dada pelo Estado a assassinos, confinamento em regime domiciliar ou semi-aberto, diminuição de penas e proteção a pretensos Direitos Humanos, passa à sociedade a impressão de que só pobre vai para a cadeia, quando vai, permanece por pouco tempo, faz com que perca-se o medo da privação da liberdade. Exemplos de magistrados, policiais, advogados, servidores públicos e até Presidentes de Tribunais de Justiça envolvidos em corrupção , induz impunidades e corporativismo. Tudo isso faz com que percamos o segundo freio importante, tornando insignificante o respeito às leis como motivo de se poupar a vida de alguém.
Restaria então o freio familiar, mas a necessidade imposta pela necessidade de sobrevivência faz com que pais e mães tenham que trabalhar, deixando filhos aos cuidados de irmãos mais velhos , a vizinhos ou em creches e a falta de tempo para atenção devida ao comportamento dos mesmos, identificando e corrigindo possíveis desvios. Falta de tempo para o amor e o carinho, fragiliza-os fazendo com que sejam alvo fáceis de traficantes e contraventores, requisitando-os com freqüência para o exército do crime. Degradação do casamento, com brigas, agressões, desrespeitos, separações precoces, interferem diretamente na formação de suas personalidades, tornando-os adultos forjados em ambiente que com raras exceções os levaram a não ter também respeito à vida.
Para completar esta triste realidade, tvs, hoje presentes em todos os lares, transmitem diariamente os desmandos e roubos do dinheiro público por políticos e autoridades, sendo dinheiro nas meias, na cueca, nas malas, mensalões para todos os gostos, motivos de comentários e piadas em todos os lares e botequins, passando mensagem de total descaso e desrespeito com as leis, por quem deveria ser por autorização dos eleitores, os fiéis defensores da moral , bons costumes e do Estado de Direito.
Bem amigos, triste não? Mas esta é a doença Diagnóstico mais preciso, tratamento e prognóstico é assunto para ser discutido por toda a sociedade e por aqueles que se dispõem a solicitar nosso voto para comandar e tentar mudar a total anarquia que aí está. Voltaremos ao assunto em futuros artigos.
Nascemos, quase todos nós brasileiros, cristãos, como tal somos moldados nos ensinamentos legados por Jesus Cristo, se mais tarde nos decepcionamos com os caminhos que a Igreja tem tomado, é motivo para outras considerações, que não é o objetivo deste texto. Voltemos aos ensinamentos, dentre eles talvez o mais importante seja “ a vida nos foi dada por Deus e só Ele tem o direito de tira-la” sob pena de pecado mortal e o inferno como destino de nossa alma. Evidentemente que isso cria um freio religioso e que persiste em nosso subconsciente por toda a vida e em momentos de fúria, de desavenças, de discórdias, de humilhações extremas, certamente nos faz refletir e nossa consciência cristã impede que cometamos o pecado imperdoável.
Outro freio é o que a Justiça nos impõe. Perda da liberdade, do convívio familiar e da sociedade para os que tirarem a vida de outrem. Resguardando as prerrogativas de legitima defesa da vida, da honra , outras situações previstas no Código Penal e em situações de guerra , também nos impede de atentar contra a vida dos semelhantes.
As orientações de família, os ensinamentos e exemplos dos pais para os filhos, o amor, a cumplicidade, o respeito à lei e à ordem, aos mais idosos, aos diferentes, à necessidade do trabalho para o sustento honesto, moldam nossa personalidade e nos acompanha também na fase adulta, condicionando-nos a transmitir os mesmos valores a nosso descendentes.
O que está errado então? E aqui tenho certeza, alguém com mais capacidade poderia escrever um compêndio, mas vou ousar algumas explicações que pelo menos a mim, parecem pertinentes. A Igreja, com seus próprios escândalos, padres, bispos e pastores envolvidos em pedofilia, homossexualismo, adultérios , filhos naturais, na maioria das vezes usando posição na estrutura religiosa para seduzir e corromper. A exploração financeira de fies em proveito próprio, o envolvimento demasiado na política partidária e ostentação de luxos inacessíveis a grande maioria dos fiéis aliados ao conhecimento científico, agora a disposição também da população mais carente, e que contradiz a versão religiosa, certamente contribui para que esse freio religioso, tão importante se perca. Medo do pecado, de ir par o inferno, já não impede que se tire a vida de alguém.
A Justiça, com prerrogativas, artifícios jurídicos habilmente introduzidos por bons advogados, leis que protegem muito mais quem matou do que a família do assassinado, vide pensão dada pelo Estado a assassinos, confinamento em regime domiciliar ou semi-aberto, diminuição de penas e proteção a pretensos Direitos Humanos, passa à sociedade a impressão de que só pobre vai para a cadeia, quando vai, permanece por pouco tempo, faz com que perca-se o medo da privação da liberdade. Exemplos de magistrados, policiais, advogados, servidores públicos e até Presidentes de Tribunais de Justiça envolvidos em corrupção , induz impunidades e corporativismo. Tudo isso faz com que percamos o segundo freio importante, tornando insignificante o respeito às leis como motivo de se poupar a vida de alguém.
Restaria então o freio familiar, mas a necessidade imposta pela necessidade de sobrevivência faz com que pais e mães tenham que trabalhar, deixando filhos aos cuidados de irmãos mais velhos , a vizinhos ou em creches e a falta de tempo para atenção devida ao comportamento dos mesmos, identificando e corrigindo possíveis desvios. Falta de tempo para o amor e o carinho, fragiliza-os fazendo com que sejam alvo fáceis de traficantes e contraventores, requisitando-os com freqüência para o exército do crime. Degradação do casamento, com brigas, agressões, desrespeitos, separações precoces, interferem diretamente na formação de suas personalidades, tornando-os adultos forjados em ambiente que com raras exceções os levaram a não ter também respeito à vida.
Para completar esta triste realidade, tvs, hoje presentes em todos os lares, transmitem diariamente os desmandos e roubos do dinheiro público por políticos e autoridades, sendo dinheiro nas meias, na cueca, nas malas, mensalões para todos os gostos, motivos de comentários e piadas em todos os lares e botequins, passando mensagem de total descaso e desrespeito com as leis, por quem deveria ser por autorização dos eleitores, os fiéis defensores da moral , bons costumes e do Estado de Direito.
Bem amigos, triste não? Mas esta é a doença Diagnóstico mais preciso, tratamento e prognóstico é assunto para ser discutido por toda a sociedade e por aqueles que se dispõem a solicitar nosso voto para comandar e tentar mudar a total anarquia que aí está. Voltaremos ao assunto em futuros artigos.
NITROGLICERINA PURA. CAIU A CASA DO TESOUREIRO DO PT
O Ministério Público quebra sigilo da Bancoop e descobre que dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo lesaram milhares de associados, para montar um esquema de desvio de dinheiro que abasteceu a campanha de Lula em 2002 e encheu os bolsos de dirigentes do PT. Eles sacaram ao menos 31 milhões de reais na boca do caixa.
NÃO É SÓ A BARBA QUE LEMBRA O ANTECESSOR
João Vaccari, novo tesoureiro do PT, é o homem por trás do esquema Bancoop, diz o Ministério Público
Depois de quase três anos de investigação, o Ministério Público de São Paulo finalmente conseguiu pôr as mãos na caixa-preta que promete desvendar um dos mais espantosos esquemas de desvio de dinheiro perpetrados pelo núcleo duro do Partido dos Trabalhadores: o esquema Bancoop. Desde 2005, a sigla para Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo virou um pesadelo para milhares de associados. Criada com a promessa de entregar imóveis 40% mais baratos que os de mercado, ela deixou, no lugar dos apartamentos, um rastro de escombros. Pelo menos 400 famílias movem processos contra a cooperativa, alegando que, mesmo tendo quitado o valor integral dos imóveis, não só deixaram de recebê-los como passaram a ver as prestações se multiplicar a ponto de levá-las à ruína (veja depoimentos abaixo). Agora, começa-se a entender por quê.
Na semana passada, chegaram às mãos do promotor José Carlos Blat mais de 8 000 páginas de registros de transações bancárias realizadas pela Bancoop entre 2001 e 2008. O que elas revelam é que, nas mãos de dirigentes petistas, a cooperativa se transformou num manancial de dinheiro destinado a encher os bolsos de seus diretores e a abastecer campanhas eleitorais do partido. "A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002."
Na sexta-feira, o promotor pediu à Justiça o bloqueio das contas da Bancoop e a quebra de sigilo bancário daquele que ele considera ser o principal responsável pelo esquema de desvio de dinheiro da cooperativa, seu ex-diretor financeiro e ex-presidente João Vaccari Neto. Vaccari acaba de ser nomeado o novo tesoureiro do PT e, como tal, deve cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência.
Um dos dados mais estarrecedores que emergem dos extratos bancários analisados pelo MP é o milionário volume de saques em dinheiro feitos por meio de cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco: 31 milhões de reais só na pequena amostragem analisada. O uso de cheques como esses é uma estratégia comum nos casos em que não se quer revelar o destino do dinheiro. Até agora, o MP conseguiu esquadrinhar um terço das ordens de pagamento do lote de trinta volumes recebidos. Metade desses documentos obedecia ao padrão destinado a permitir saques anônimos. Já outros cheques encontrados, totalizando 10 milhões de reais e compreendidos no período de 2003 a 2005, tiveram destino bem explícito: o bolso de quatro dirigentes da cooperativa, o ex-presidente Luiz Eduardo Malheiro e os ex-diretores Alessandro Robson Bernardino, Marcelo Rinaldo e Tomas Edson Botelho Fraga – os três primeiros mortos em um acidente de carro em 2004 em Petrolina (PE). Eles eram donos da Germany Empreiteira, cujo único cliente conhecido era a própria Bancoop. Segundo o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, que foi responsável por todas as construções da cooperativa, as notas emitidas pela Germany para a Bancoop eram superfaturadas em 20%. A favor da empreiteira, no entanto, pode-se dizer que ela ao menos existia de fato. De acordo com a mesma testemunha, não era o caso da empresa de "consultoria contábil" Mizu, por exemplo, pertencente aos mesmos dirigentes da Bancoop e em cuja contabilidade o MP encontrou, até o momento, seis saídas de dinheiro referentes ao ano de 2002 com a rubrica "doação PT", no valor total de 43 200 reais. Até setembro do ano passado, a lei não autorizava cooperativas a fazer doações eleitorais.
Outro frequente agraciado com cheques da Bancoop tornou-se nacionalmente conhecido na esteira de um dos últimos escândalos que envolveram o partido. Freud "Aloprado" Godoy – ex-segurança das campanhas do presidente Lula, homem "da cozinha" do PT e um dos pivôs do caso da compra do falso dossiê contra tucanos na campanha de 2006 – recebeu, por meio da empresa que dirigia até o ano passado, onze cheques totalizando 1,5 milhão de reais, datados entre 2005 e 2006. Nesse período, a Caso Sistemas de Segurança, nome da sua empresa, funcionava no número 89 da Rua Alberto Frediani, em Santana do Parnaíba, segundo registro da Junta Comercial. Vizinhos dizem que, além da placa com o nome da firma, nada indicava que houvesse qualquer atividade por lá. O único funcionário visível da Caso era um rapaz que vinha semanalmente recolher as correspondências num carro popular azul. Hoje, a Caso se transferiu para uma casa no município de Santo André, na região do ABC.
Depoimentos colhidos pelo MP ao longo dos últimos dois anos já atestavam que o dinheiro da Bancoop havia servido para abastecer a campanha petista de 2002 que levou Lula à Presidência da República (veja o quadro). VEJA ouviu uma das testemunhas, Andy Roberto, que trabalhou como segurança da Bancoop e de Luiz Malheiro entre 2001 e 2005. Em depoimento ao MP, Roberto afirmou que Malheiro, o ex-presidente morto da Bancoop, entregava envelopes de dinheiro diretamente a Vaccari, então presidente do Sindicato dos Bancários e indicado como o responsável pelo recolhimento da caixinha de campanha de Lula. Em entrevista a VEJA, Roberto não repetiu a afirmação categoricamente, mas disse estar convicto de que isso ocorria e relatou como, mesmo depois da eleição de Lula, entre 2003 e 2004, quantias semanais de dinheiro continuaram saindo de uma agência Bradesco do Viaduto do Chá, centro de São Paulo, supostamente para o Sindicato dos Bancários, então presidido por Vaccari. "A gente ia no banco e buscava pacotes, duas pessoas escoltando uma terceira." Os pacotes, afirmou, eram entregues à secretária de Luiz Malheiro, que os entregava ao chefe. "Quando essas operações aconteciam, com certeza, em algum horário daquele dia, o Malheiro ia até o Sindicato dos Bancários. Ou, então, se encontrava com o Vaccari em algum lugar."
Os depoimentos colhidos pelo MP indicam que o esquema de desvio de dinheiro da Bancoop obedeceu a uma trajetória que já se tornou um clássico petista. Começou para abastecer campanhas eleitorais do partido e acabou servindo para atender a interesses particulares de petistas. Entre os cheques em poder do MP, por exemplo, está um em que a empresa Mizu, de "consultoria contábil", doa 7 000 reais a um certo Centro Espírita Redenção, em 2003. Muitas vezes, dirigentes da Bancoop nem se preocuparam em usar as empresas "prestadoras de serviços" que montaram com o objetivo de sugar a coo-perativa para esconder sua ganância. O MP encontrou quatro cheques da Bancoop, totalizando 35 000 reais, para uma ONG de Luiz Malheiro em São Vicente dedicada a deficientes auditivos – curiosamente, o mesmo endereço do centro espírita. Os cheques foram emitidos entre novembro de 2003 e março de 2005.
Tanta lambança, aliada a uma gestão ruinosa, fez com que a Bancoop mergulhasse num estado de pré-liquidação. Em 2004, com Lula já eleito, Luiz Malheiro foi pedir ao "chefe" Berzoini, então ministro do Trabalho, "ajuda" para reerguer a cooperativa. Quem relatou o episódio ao MP foi seu irmão, Hélio Malheiro. Em 2008, dizendo-se sob ameaça de morte, Hélio Malheiro ingressou no Programa de Proteção à Testemunhas da secretaria estadual de justiça de São Paulo, no qual se encontra até hoje. Em dezembro de 2004, depois que Luiz Malheiro já havia morrido, a "ajuda" chegou à Bancoop. Com apoio de Berzoini e corretagem da Planner (investigada pela CPI dos Correios sob a acusação de ter causado um prejuízo de 4 milhões de reais ao fundo de pensão da Serpro), a cooperativa associou-se a um Fundo de Investimentos em Direito Creditórios (FIDC), entidade que negocia recebíveis, e captou 43 milhões de reais no mercado – 85% dos papéis foram adquiridos por fundos de pensão de estatais controlados por petistas ligados ao grupo de Berzoini e Vaccari. O investimento resultou na abertura de um inquérito pela Polícia Federal por suspeita de que os fundos de pensão teriam sido prejudicados para favorecer a Bancoop.
O PROMOTOR BLAT
Há duas semanas, um juiz de primeira instância contrariou de-cisão do Tribunal Superior Eleitoral e determinou a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por suposto recebimento ilegal de doação de campanha. A sentença, que colocou em risco a segurança jurídica, foi suspensa. Na semana passada, o TSE divulgou as regras que vão orientar as eleições deste ano. São medidas moralizadoras, que incluem a obrigatoriedade da divulgação de quaisquer processos ou acusações criminais que pesem sobre o candidato e que dificultam manobras de doadores que tenham por finalidade esconder a origem do dinheiro. Tudo isso mostra quanto o país está interessado em aprimorar seu sistema de financiamento eleitoral e proteger-se dos efeitos tão deletérios como conhecidos que sua distorção pode causar. Ao indicar pessoalmente alguém com o prontuário de João Vaccari para tomar conta das finanças do PT e da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, o presidente Lula sinaliza que, ao contrário do resto do Brasil, não está nem um pouco empenhado em colaborar na faxina. Assinante de Veja lê AQUI os boxes e quadros relativos a esta matéria com depoimentos de bancários lesados pelo Bancoop
Uma pergunta que continua no ar
Quem deu o dinheiro para o dossiê dos aloprados? Entre os envolvidos, Vaccari era o único sentado numa montanha de reais
Patricia Santos/AE
A TROCO DE QUÊ?
Lacerda (à dir.) ligou para Vaccari uma hora depois de entregar o dinheiro que pagaria o dossiê
O episódio teve início quando a família de Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, ofereceu a petistas documentos que supostamente comprometeriam tucanos. Deles, faria parte uma entrevista em que os Vedoin acusariam o candidato do PSDB, José Serra, de envolvimento na máfia que distribuía dinheiro a políticos em troca de emendas ao Orçamento para compras de ambulância. Ricardo Berzoini, então presidente do PT, foi acusado de ter dado a autorização para a compra do dossiê. Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, seriam os encarregados de pagar os Vedoin com o dinheiro levado por Hamilton Lacerda. Valdebran e Gedimar foram presos pela PF num hotel Íbis, em São Paulo, depois de terem recebido o dinheiro de Lacerda e antes de entregá-lo aos Vedoin. Jorge Lorenzetti, churrasqueiro do presidente Lula, e Oswaldo Bargas, ex-secretário de Berzoini no Ministério do Trabalho, também estiveram envolvidos no episódio. Eles tentaram negociar com a revista Época uma entrevista em que os Vedoin fariam falsas acusações de corrupção contra Serra. A entrevista acabou sendo publicada pela revista Istoé.
Nas investigações que se seguiram à prisão de Valdebran e Gedimar, a PF identificou uma intensa troca de telefonemas entre os envolvidos, incluindo diversas ligações de Berzoini para a empresa Caso Sistemas de Segurança, hoje em nome da mulher de Freud Godoy. Godoy seria o contato de Gedimar no alto escalão do PT. Quanto a Vaccari, bem, até onde se sabe, era o único dos aloprados que estava sentado sobre uma montanha de dinheiro, a Bancoop. O fato de Hamilton Lacerda ter ligado para ele logo depois de ter cumprido a sua missão faz fervilhar a imaginação dos que até hoje se perguntam: de onde, afinal, veio o dinheiro dos aloprados
NITROGLICERINA PURA
NÃO É SÓ A BARBA QUE LEMBRA O ANTECESSOR
João Vaccari, novo tesoureiro do PT, é o homem por trás do esquema Bancoop, diz o Ministério Público
Depois de quase três anos de investigação, o Ministério Público de São Paulo finalmente conseguiu pôr as mãos na caixa-preta que promete desvendar um dos mais espantosos esquemas de desvio de dinheiro perpetrados pelo núcleo duro do Partido dos Trabalhadores: o esquema Bancoop. Desde 2005, a sigla para Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo virou um pesadelo para milhares de associados. Criada com a promessa de entregar imóveis 40% mais baratos que os de mercado, ela deixou, no lugar dos apartamentos, um rastro de escombros. Pelo menos 400 famílias movem processos contra a cooperativa, alegando que, mesmo tendo quitado o valor integral dos imóveis, não só deixaram de recebê-los como passaram a ver as prestações se multiplicar a ponto de levá-las à ruína (veja depoimentos abaixo). Agora, começa-se a entender por quê.
Na semana passada, chegaram às mãos do promotor José Carlos Blat mais de 8 000 páginas de registros de transações bancárias realizadas pela Bancoop entre 2001 e 2008. O que elas revelam é que, nas mãos de dirigentes petistas, a cooperativa se transformou num manancial de dinheiro destinado a encher os bolsos de seus diretores e a abastecer campanhas eleitorais do partido. "A Bancoop é hoje uma organização criminosa cuja função principal é captar recursos para o caixa dois do PT e que ajudou a financiar inclusive a campanha de Lula à Presidência em 2002."
Na sexta-feira, o promotor pediu à Justiça o bloqueio das contas da Bancoop e a quebra de sigilo bancário daquele que ele considera ser o principal responsável pelo esquema de desvio de dinheiro da cooperativa, seu ex-diretor financeiro e ex-presidente João Vaccari Neto. Vaccari acaba de ser nomeado o novo tesoureiro do PT e, como tal, deve cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência.
Um dos dados mais estarrecedores que emergem dos extratos bancários analisados pelo MP é o milionário volume de saques em dinheiro feitos por meio de cheques emitidos pela Bancoop para ela mesma ou para seu banco: 31 milhões de reais só na pequena amostragem analisada. O uso de cheques como esses é uma estratégia comum nos casos em que não se quer revelar o destino do dinheiro. Até agora, o MP conseguiu esquadrinhar um terço das ordens de pagamento do lote de trinta volumes recebidos. Metade desses documentos obedecia ao padrão destinado a permitir saques anônimos. Já outros cheques encontrados, totalizando 10 milhões de reais e compreendidos no período de 2003 a 2005, tiveram destino bem explícito: o bolso de quatro dirigentes da cooperativa, o ex-presidente Luiz Eduardo Malheiro e os ex-diretores Alessandro Robson Bernardino, Marcelo Rinaldo e Tomas Edson Botelho Fraga – os três primeiros mortos em um acidente de carro em 2004 em Petrolina (PE). Eles eram donos da Germany Empreiteira, cujo único cliente conhecido era a própria Bancoop. Segundo o engenheiro Ricardo Luiz do Carmo, que foi responsável por todas as construções da cooperativa, as notas emitidas pela Germany para a Bancoop eram superfaturadas em 20%. A favor da empreiteira, no entanto, pode-se dizer que ela ao menos existia de fato. De acordo com a mesma testemunha, não era o caso da empresa de "consultoria contábil" Mizu, por exemplo, pertencente aos mesmos dirigentes da Bancoop e em cuja contabilidade o MP encontrou, até o momento, seis saídas de dinheiro referentes ao ano de 2002 com a rubrica "doação PT", no valor total de 43 200 reais. Até setembro do ano passado, a lei não autorizava cooperativas a fazer doações eleitorais.
Outro frequente agraciado com cheques da Bancoop tornou-se nacionalmente conhecido na esteira de um dos últimos escândalos que envolveram o partido. Freud "Aloprado" Godoy – ex-segurança das campanhas do presidente Lula, homem "da cozinha" do PT e um dos pivôs do caso da compra do falso dossiê contra tucanos na campanha de 2006 – recebeu, por meio da empresa que dirigia até o ano passado, onze cheques totalizando 1,5 milhão de reais, datados entre 2005 e 2006. Nesse período, a Caso Sistemas de Segurança, nome da sua empresa, funcionava no número 89 da Rua Alberto Frediani, em Santana do Parnaíba, segundo registro da Junta Comercial. Vizinhos dizem que, além da placa com o nome da firma, nada indicava que houvesse qualquer atividade por lá. O único funcionário visível da Caso era um rapaz que vinha semanalmente recolher as correspondências num carro popular azul. Hoje, a Caso se transferiu para uma casa no município de Santo André, na região do ABC.
Depoimentos colhidos pelo MP ao longo dos últimos dois anos já atestavam que o dinheiro da Bancoop havia servido para abastecer a campanha petista de 2002 que levou Lula à Presidência da República (veja o quadro). VEJA ouviu uma das testemunhas, Andy Roberto, que trabalhou como segurança da Bancoop e de Luiz Malheiro entre 2001 e 2005. Em depoimento ao MP, Roberto afirmou que Malheiro, o ex-presidente morto da Bancoop, entregava envelopes de dinheiro diretamente a Vaccari, então presidente do Sindicato dos Bancários e indicado como o responsável pelo recolhimento da caixinha de campanha de Lula. Em entrevista a VEJA, Roberto não repetiu a afirmação categoricamente, mas disse estar convicto de que isso ocorria e relatou como, mesmo depois da eleição de Lula, entre 2003 e 2004, quantias semanais de dinheiro continuaram saindo de uma agência Bradesco do Viaduto do Chá, centro de São Paulo, supostamente para o Sindicato dos Bancários, então presidido por Vaccari. "A gente ia no banco e buscava pacotes, duas pessoas escoltando uma terceira." Os pacotes, afirmou, eram entregues à secretária de Luiz Malheiro, que os entregava ao chefe. "Quando essas operações aconteciam, com certeza, em algum horário daquele dia, o Malheiro ia até o Sindicato dos Bancários. Ou, então, se encontrava com o Vaccari em algum lugar."
Os depoimentos colhidos pelo MP indicam que o esquema de desvio de dinheiro da Bancoop obedeceu a uma trajetória que já se tornou um clássico petista. Começou para abastecer campanhas eleitorais do partido e acabou servindo para atender a interesses particulares de petistas. Entre os cheques em poder do MP, por exemplo, está um em que a empresa Mizu, de "consultoria contábil", doa 7 000 reais a um certo Centro Espírita Redenção, em 2003. Muitas vezes, dirigentes da Bancoop nem se preocuparam em usar as empresas "prestadoras de serviços" que montaram com o objetivo de sugar a coo-perativa para esconder sua ganância. O MP encontrou quatro cheques da Bancoop, totalizando 35 000 reais, para uma ONG de Luiz Malheiro em São Vicente dedicada a deficientes auditivos – curiosamente, o mesmo endereço do centro espírita. Os cheques foram emitidos entre novembro de 2003 e março de 2005.
Tanta lambança, aliada a uma gestão ruinosa, fez com que a Bancoop mergulhasse num estado de pré-liquidação. Em 2004, com Lula já eleito, Luiz Malheiro foi pedir ao "chefe" Berzoini, então ministro do Trabalho, "ajuda" para reerguer a cooperativa. Quem relatou o episódio ao MP foi seu irmão, Hélio Malheiro. Em 2008, dizendo-se sob ameaça de morte, Hélio Malheiro ingressou no Programa de Proteção à Testemunhas da secretaria estadual de justiça de São Paulo, no qual se encontra até hoje. Em dezembro de 2004, depois que Luiz Malheiro já havia morrido, a "ajuda" chegou à Bancoop. Com apoio de Berzoini e corretagem da Planner (investigada pela CPI dos Correios sob a acusação de ter causado um prejuízo de 4 milhões de reais ao fundo de pensão da Serpro), a cooperativa associou-se a um Fundo de Investimentos em Direito Creditórios (FIDC), entidade que negocia recebíveis, e captou 43 milhões de reais no mercado – 85% dos papéis foram adquiridos por fundos de pensão de estatais controlados por petistas ligados ao grupo de Berzoini e Vaccari. O investimento resultou na abertura de um inquérito pela Polícia Federal por suspeita de que os fundos de pensão teriam sido prejudicados para favorecer a Bancoop.
O PROMOTOR BLAT
Há duas semanas, um juiz de primeira instância contrariou de-cisão do Tribunal Superior Eleitoral e determinou a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, por suposto recebimento ilegal de doação de campanha. A sentença, que colocou em risco a segurança jurídica, foi suspensa. Na semana passada, o TSE divulgou as regras que vão orientar as eleições deste ano. São medidas moralizadoras, que incluem a obrigatoriedade da divulgação de quaisquer processos ou acusações criminais que pesem sobre o candidato e que dificultam manobras de doadores que tenham por finalidade esconder a origem do dinheiro. Tudo isso mostra quanto o país está interessado em aprimorar seu sistema de financiamento eleitoral e proteger-se dos efeitos tão deletérios como conhecidos que sua distorção pode causar. Ao indicar pessoalmente alguém com o prontuário de João Vaccari para tomar conta das finanças do PT e da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, o presidente Lula sinaliza que, ao contrário do resto do Brasil, não está nem um pouco empenhado em colaborar na faxina. Assinante de Veja lê AQUI os boxes e quadros relativos a esta matéria com depoimentos de bancários lesados pelo Bancoop
Uma pergunta que continua no ar
Quem deu o dinheiro para o dossiê dos aloprados? Entre os envolvidos, Vaccari era o único sentado numa montanha de reais
Patricia Santos/AE
A TROCO DE QUÊ?
Lacerda (à dir.) ligou para Vaccari uma hora depois de entregar o dinheiro que pagaria o dossiê
O episódio teve início quando a família de Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas, ofereceu a petistas documentos que supostamente comprometeriam tucanos. Deles, faria parte uma entrevista em que os Vedoin acusariam o candidato do PSDB, José Serra, de envolvimento na máfia que distribuía dinheiro a políticos em troca de emendas ao Orçamento para compras de ambulância. Ricardo Berzoini, então presidente do PT, foi acusado de ter dado a autorização para a compra do dossiê. Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, seriam os encarregados de pagar os Vedoin com o dinheiro levado por Hamilton Lacerda. Valdebran e Gedimar foram presos pela PF num hotel Íbis, em São Paulo, depois de terem recebido o dinheiro de Lacerda e antes de entregá-lo aos Vedoin. Jorge Lorenzetti, churrasqueiro do presidente Lula, e Oswaldo Bargas, ex-secretário de Berzoini no Ministério do Trabalho, também estiveram envolvidos no episódio. Eles tentaram negociar com a revista Época uma entrevista em que os Vedoin fariam falsas acusações de corrupção contra Serra. A entrevista acabou sendo publicada pela revista Istoé.
Nas investigações que se seguiram à prisão de Valdebran e Gedimar, a PF identificou uma intensa troca de telefonemas entre os envolvidos, incluindo diversas ligações de Berzoini para a empresa Caso Sistemas de Segurança, hoje em nome da mulher de Freud Godoy. Godoy seria o contato de Gedimar no alto escalão do PT. Quanto a Vaccari, bem, até onde se sabe, era o único dos aloprados que estava sentado sobre uma montanha de dinheiro, a Bancoop. O fato de Hamilton Lacerda ter ligado para ele logo depois de ter cumprido a sua missão faz fervilhar a imaginação dos que até hoje se perguntam: de onde, afinal, veio o dinheiro dos aloprados
NITROGLICERINA PURA
sexta-feira, 5 de março de 2010
CARTA ABERTA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa , via Blog do Noblat
Rio de Janeiro, 5 de março de 2010
Presidente Lula:
O senhor, no dia 24 de fevereiro próximo passado, em Havana, Cuba, ao ser interpelado sobre por qual motivo não atendera aos pedidos dos dissidentes cubanos que gostariam de conversar consigo, declarou que não recebera carta alguma e que “As pessoas precisam parar com o hábito de fazer carta, guardar para si e depois dizer que mandaram."
Para que não ocorra novamente esse desencontro, isto é, cartas enviadas e que não chegam às suas mãos, resolvi usar este espaço que para mim é nobre, e enviar-lhe uma carta aberta.
O senhor não sabia, segundo disse, que o operário cubano Orlando Zapata, de 42 anos, preso desde 2003, fazia greve de fome há exatamente 85 dias. A carta não chegou às suas mãos a tempo do senhor ir visitar Zapata e dissuadi-lo, segundo suas palavras, “de se deixar morrer por greve de fome”, não é mesmo?
Foi realmente uma pena. Cartas perdidas já deram margem a muitas tragédias. Mas para ser franca, creio que a dos dissidentes cubanos, com certeza, mesmo que lhe tivesse sido entregue pelo portador, não salvaria Zapata.
Mas foi por ter perdido a confiança nos portadores que resolvi lhe escrever esta carta aberta e informá-lo que há outros “prisioneiros de consciência” em Havana e que “estão se deixando morrer por greve de fome”. O senhor, mais do que ninguém, por já ter tentado fazer uma greve de fome, sabe o quanto de força de vontade, de obstinação e de fé naquilo que pensa é necessário para fazer uma pessoa se decidir por morrer dessa maneira tão dolorosa.
Sabemos todos, sobretudo depois desta sua última passada por Havana, do carinho que os Castros têm por si e da admiração que o senhor lhes devota. Portanto, creio que um pedido seu será atendido de pronto. Peça pela vida de Guillermo Fariñas, presidente Lula. Ele está em greve de fome pela morte de Orlando Zapata. Não deixe que outro preso por discordar de um regime político morra de fome.
Mas esse não é o único pedido que esta carta encerra: peça a eles também por Yoani Sanchez, cujo único crime é ser blogueira e dizer o que pensa e o que sente. Faça ver aos Irmãos Castro que proibir Yoani Sanchez de sair daquela ilha não vai impedir que suas idéias naveguem pelos céus e pelos mares. Não permitir que essa jovem cubana viaje para o exterior é mais que um crime abominável, é uma estupidez sem fim. Olhe como ela descreve seu pedido de permissão (permissão!) para sair em viagem:
“A senhora levanta o carimbo e o aproxima do papel para finalmente marcar que tua permissão para sair do país foi negada. “Você não está autorizada a viajar” te diz, e todos na repartição ouvem a frase que te condena a ficar reclusa nesta ilha. Nas outras mesas, os solicitantes olham para os pés para evitar que seus olhos se encontrem com os teus olhos, pois poderias estar pedindo pela solidariedade deles. Os militares que passam te examinam de alto a baixo com o olhar de quem diz ‘algo fez, para que não a deixem sair’.
(...) Não tens antecedentes penais, jamais foste condenada por um tribunal e teus delitos mais frequentes consistem em comprar queijo ou leite no mercado negro. Tua sentença é ficar atrás dos barrotes deste arquipélago, detida por essa faixa de mar que alguns ingênuos consideram uma ponte e não o fosso intransponível que realmente é. Ninguém vai te deixar sair porque és uma prisioneira com um número estampado nas costas, ainda que penses que estás com a blusa que tiraste do armário esta manhã. Estás no calabouço dos “peregrinos imóveis”, na cela dos obrigados a permanecer”.
Nunca passei por isso, presidente. O máximo de proibição que sofri foi decerto terrível e não quero passar por aquilo nunca mais: ter alguém no governo que diga o que posso ler, ouvir, cantar ou escrever. Ah! e também tinha essa coisa esdrúxula carimbada em meu passaporte, em 1965: “Válido para América do Sul, do Norte, Europa, Ásia e África. Não é válido para Cuba”. Fiquei logo indignada e a vontade que deu foi de ir para Cuba imediatamente! Ainda bem que fiquei só na vontade...
Ser impedida de sair e entrar livremente em meu país, isso eu nunca sofri. Mas o senhor pode calcular, como eu calculo, o sofrimento de Yoani Sanchez que, se não é nem de longe igual ao da mãe de Zapata ou ao da mãe de Fariñas que está vendo seu filho definhar e definhar, é uma infâmia que homens e mulheres de bem não podem assistir calados.
Desta vez a carta não foi extraviada. Nem ficou em alguma gaveta. Está aqui. É só ler.
De uma simples cidadã brasileira,
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Rio de Janeiro, 5 de março de 2010
Presidente Lula:
O senhor, no dia 24 de fevereiro próximo passado, em Havana, Cuba, ao ser interpelado sobre por qual motivo não atendera aos pedidos dos dissidentes cubanos que gostariam de conversar consigo, declarou que não recebera carta alguma e que “As pessoas precisam parar com o hábito de fazer carta, guardar para si e depois dizer que mandaram."
Para que não ocorra novamente esse desencontro, isto é, cartas enviadas e que não chegam às suas mãos, resolvi usar este espaço que para mim é nobre, e enviar-lhe uma carta aberta.
O senhor não sabia, segundo disse, que o operário cubano Orlando Zapata, de 42 anos, preso desde 2003, fazia greve de fome há exatamente 85 dias. A carta não chegou às suas mãos a tempo do senhor ir visitar Zapata e dissuadi-lo, segundo suas palavras, “de se deixar morrer por greve de fome”, não é mesmo?
Foi realmente uma pena. Cartas perdidas já deram margem a muitas tragédias. Mas para ser franca, creio que a dos dissidentes cubanos, com certeza, mesmo que lhe tivesse sido entregue pelo portador, não salvaria Zapata.
Mas foi por ter perdido a confiança nos portadores que resolvi lhe escrever esta carta aberta e informá-lo que há outros “prisioneiros de consciência” em Havana e que “estão se deixando morrer por greve de fome”. O senhor, mais do que ninguém, por já ter tentado fazer uma greve de fome, sabe o quanto de força de vontade, de obstinação e de fé naquilo que pensa é necessário para fazer uma pessoa se decidir por morrer dessa maneira tão dolorosa.
Sabemos todos, sobretudo depois desta sua última passada por Havana, do carinho que os Castros têm por si e da admiração que o senhor lhes devota. Portanto, creio que um pedido seu será atendido de pronto. Peça pela vida de Guillermo Fariñas, presidente Lula. Ele está em greve de fome pela morte de Orlando Zapata. Não deixe que outro preso por discordar de um regime político morra de fome.
Mas esse não é o único pedido que esta carta encerra: peça a eles também por Yoani Sanchez, cujo único crime é ser blogueira e dizer o que pensa e o que sente. Faça ver aos Irmãos Castro que proibir Yoani Sanchez de sair daquela ilha não vai impedir que suas idéias naveguem pelos céus e pelos mares. Não permitir que essa jovem cubana viaje para o exterior é mais que um crime abominável, é uma estupidez sem fim. Olhe como ela descreve seu pedido de permissão (permissão!) para sair em viagem:
“A senhora levanta o carimbo e o aproxima do papel para finalmente marcar que tua permissão para sair do país foi negada. “Você não está autorizada a viajar” te diz, e todos na repartição ouvem a frase que te condena a ficar reclusa nesta ilha. Nas outras mesas, os solicitantes olham para os pés para evitar que seus olhos se encontrem com os teus olhos, pois poderias estar pedindo pela solidariedade deles. Os militares que passam te examinam de alto a baixo com o olhar de quem diz ‘algo fez, para que não a deixem sair’.
(...) Não tens antecedentes penais, jamais foste condenada por um tribunal e teus delitos mais frequentes consistem em comprar queijo ou leite no mercado negro. Tua sentença é ficar atrás dos barrotes deste arquipélago, detida por essa faixa de mar que alguns ingênuos consideram uma ponte e não o fosso intransponível que realmente é. Ninguém vai te deixar sair porque és uma prisioneira com um número estampado nas costas, ainda que penses que estás com a blusa que tiraste do armário esta manhã. Estás no calabouço dos “peregrinos imóveis”, na cela dos obrigados a permanecer”.
Nunca passei por isso, presidente. O máximo de proibição que sofri foi decerto terrível e não quero passar por aquilo nunca mais: ter alguém no governo que diga o que posso ler, ouvir, cantar ou escrever. Ah! e também tinha essa coisa esdrúxula carimbada em meu passaporte, em 1965: “Válido para América do Sul, do Norte, Europa, Ásia e África. Não é válido para Cuba”. Fiquei logo indignada e a vontade que deu foi de ir para Cuba imediatamente! Ainda bem que fiquei só na vontade...
Ser impedida de sair e entrar livremente em meu país, isso eu nunca sofri. Mas o senhor pode calcular, como eu calculo, o sofrimento de Yoani Sanchez que, se não é nem de longe igual ao da mãe de Zapata ou ao da mãe de Fariñas que está vendo seu filho definhar e definhar, é uma infâmia que homens e mulheres de bem não podem assistir calados.
Desta vez a carta não foi extraviada. Nem ficou em alguma gaveta. Está aqui. É só ler.
De uma simples cidadã brasileira,
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
quinta-feira, 4 de março de 2010
LULA NÃO CONFIA EM SUA CRIATURA.
On 04/03/2010, In politica, By admin
Os “jornalões”, de hoje, requentam uma noticia: “Lula se licenciará para reforçar campanha da Dilma (PT)”. Ora, Lula apenas repete o que já havia afirmado há quatro meses.
É significativo que a imprensa, aparelhado pelo PT, requente a noticia. O alarido que os lulopetistas fazem com o “despencar” do Serra e a subida “fulgurante” da candidata do Planalto nas pesquisas, deveria indicar algo muito simples: a criatura tem musculatura para caminhar sozinha. Não tem, os analistas do PT sabem disso. Sabem que Dilma (PT) não tem luz própria. Ela, na verdade, é um “apagão ambulante”.
Ocorre que o PT e a imprensa petista estão em estado de agitação: o que fazer com a criatura quando ela se afastar do Ministério? O que será da criatura quando não mais lhe for permitido aparecer junto ao seu criador? Eles sabem. Ela sumirá.
Lula sabe disso, o PT sabe disso e, então, surge a noticia requentada para levar ânimo aos desesperados: “cumpanheros, deixem comigo, eu saio do governo e vou ajudar a bichinha”. Ou seja, a “bichinha palanquera” – na avaliação de Lula – mesmo com a máquina trabalhando, azeitada, a seu favor, irá a pique, afunda, longe de seu mentor. Definitivamente, nem o Lula confia na sua criatura.
Nosso comentário: Isso significa que com a candidatura de José de Alencar em Minas Gerais, o Brasil estará entregue ao José Sarney e tudo que ele significa de retrógrado na política desse País. O exemplo da censura ao Estadão está aí .E o PT aceitaría entregar o poder ao PMDB? A se confirmar esta notícia, fica notório que o Presidente não confia no desempenho de sua candidata, ao ponto de se afastar do Governo, entregando-o nas mãos daquele que já foi tanto criticado por ele. A pergunta que se impôem é a seguinte: Se a Dilma não é capaz de andar com as próprias pernas como candidata, o será como PRESIDENTA?
Os “jornalões”, de hoje, requentam uma noticia: “Lula se licenciará para reforçar campanha da Dilma (PT)”. Ora, Lula apenas repete o que já havia afirmado há quatro meses.
É significativo que a imprensa, aparelhado pelo PT, requente a noticia. O alarido que os lulopetistas fazem com o “despencar” do Serra e a subida “fulgurante” da candidata do Planalto nas pesquisas, deveria indicar algo muito simples: a criatura tem musculatura para caminhar sozinha. Não tem, os analistas do PT sabem disso. Sabem que Dilma (PT) não tem luz própria. Ela, na verdade, é um “apagão ambulante”.
Ocorre que o PT e a imprensa petista estão em estado de agitação: o que fazer com a criatura quando ela se afastar do Ministério? O que será da criatura quando não mais lhe for permitido aparecer junto ao seu criador? Eles sabem. Ela sumirá.
Lula sabe disso, o PT sabe disso e, então, surge a noticia requentada para levar ânimo aos desesperados: “cumpanheros, deixem comigo, eu saio do governo e vou ajudar a bichinha”. Ou seja, a “bichinha palanquera” – na avaliação de Lula – mesmo com a máquina trabalhando, azeitada, a seu favor, irá a pique, afunda, longe de seu mentor. Definitivamente, nem o Lula confia na sua criatura.
Nosso comentário: Isso significa que com a candidatura de José de Alencar em Minas Gerais, o Brasil estará entregue ao José Sarney e tudo que ele significa de retrógrado na política desse País. O exemplo da censura ao Estadão está aí .E o PT aceitaría entregar o poder ao PMDB? A se confirmar esta notícia, fica notório que o Presidente não confia no desempenho de sua candidata, ao ponto de se afastar do Governo, entregando-o nas mãos daquele que já foi tanto criticado por ele. A pergunta que se impôem é a seguinte: Se a Dilma não é capaz de andar com as próprias pernas como candidata, o será como PRESIDENTA?
segunda-feira, 1 de março de 2010
LULA, UM DOS 5 MAIORES HIPÓCRITAS DE 2009.
Segundo o Jornal "EL PAÍS" da Espanha.
5. Lula da Silva. El presidente de Brasil ha declarado que Hugo Chávez es el mejor presidente de Venezuela en 100 años. Pero nunca hemos oído a Lula decir algo sobre las conductas autoritarias de su amigo venezolano. Sí lo hemos visto, en cambio, atacando furiosamente las recientes elecciones en Honduras. Lo hizo la misma semana que recibió con honores a Mahmud Ahmadineyad, cuya victoria electoral también es cuestionada. ¿Qué tienen las elecciones en Irán que no tuvieron las de Honduras? Un enorme fraude, muertes, torturas y la brutal represión ordenada por el Gobierno de Ahmadineyad. El afable líder brasileño aún no parece haberse enterado.
5. Lula da Silva. El presidente de Brasil ha declarado que Hugo Chávez es el mejor presidente de Venezuela en 100 años. Pero nunca hemos oído a Lula decir algo sobre las conductas autoritarias de su amigo venezolano. Sí lo hemos visto, en cambio, atacando furiosamente las recientes elecciones en Honduras. Lo hizo la misma semana que recibió con honores a Mahmud Ahmadineyad, cuya victoria electoral también es cuestionada. ¿Qué tienen las elecciones en Irán que no tuvieron las de Honduras? Un enorme fraude, muertes, torturas y la brutal represión ordenada por el Gobierno de Ahmadineyad. El afable líder brasileño aún no parece haberse enterado.
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