Ao desembarcar em Caracas para a festa de posse do companheiro Nicolás Maduro, Dilma Rousseff concedeu o que o Portal do Planalto jura ter sido uma “entrevista coletiva”. Segue-se a transcrição do texto divulgado pela Presidência da República, com todas as duas perguntas e todas as duas respostas:
Jornalista: Como foi a reunião da Unasul, presidenta?
Presidenta: Todos os presidentes compareceram, com exceção do presidente do Equador que estava em visita à Europa e enviou o seu vice-presidente, e o do Suriname. Nessa reunião foi tirada uma nota conjunta de todos os países da Unasul e é melhor que a nota, vocês reproduzam tal como ela é. E é uma nota que reitera o compromisso da Unasul com os processos democráticos ao mesmo tempo que determina um posicionamento da Unasul como sendo de apoio para a estabilidade, apoio à paz e apoio a todos os processos que constituam legalmente os processos de sustentação democrática. Define uma tomada de nota positiva em relação às decisões do Conselho Nacional Eleitoral e repudia as violências, as mortes, os feridos, e também acrescenta no final um posicionamento no sentido de que haverá uma comissão para acompanhar… da Unasul para acompanhar as investigações sobre direitos humanos.
Jornalista: E em relação à recontagem que foi aprovada, presidente, o que a senhora acha?
Presidenta: Esta questão de tomar nota positiva sobre a decisão do Conselho Nacional Eleitoral.
Comentário do nosso Celso Arnaldo Araújo: “O Portal do Planalto anuncia uma “entrevista coletiva” da Dilma na Venezuela. Tecnicamente, como sabemos, uma “coletiva” não apenas pressupõe a presença de uma massa crítica de repórteres inquiridores como múltiplas perguntas e respostas, ou seja, também um coletivo de questões. Dilma, porém, subverte a praxe. Só duas perguntas – e uma resposta e meia. Esta, uma obra-prima do dilmês sorumbático. Aquela, o habitual amontoado de impropriedades de raciocínio. Falando muito, falando pouco, ela é um desastre nacional e internacional”.
Fonte: Augusto Nunes - @Veja
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