quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

SOLUÇÃO NA URNA

O ano-novo vem aí, com a promessa de muitos acontecimentos para o país. Podem consultar os astros, o horóscopo chinês, colocar semente de romã na carteira. Mas o que vai resolver mesmo será o seu voto para presidente, governador e representante no Legislativo. Passadas mais de duas décadas da retomada da democracia, é hora de o eleitor deixar de lado as fantasias de que, delegando poderes a outrem, sua vida será resolvida. Essa ideia de que o país necessita de salvadores da pátria e super-heróis para pôr as coisas nos trilhos tem sido perseguida ao logo de nossa história, e os resultados estão aí para confirmar que esse é um caminho vão. Temos que reconhecer que a grande maioria daqueles que se lançam em busca de votos estão nessa empreitada apenas para assegurar ganhos materiais para si e para o grupo que os apoiam, tudo fazendo para alcançar seus objetivos. Não há necessidade de ciências políticas e fórmulas complicadas de economia para saber do que o país realmente precisa. Mais profissionalização técnica dos operadores da máquina pública, expurgando do Estado as ideologias que só servem às cupulas partidárias. A cada reforma ministerial que se anuncia, o que se veem são grupelhos que, em troca de apoio no Congresso, tomam de assalto a administração pública, transformando nossas repartições em anexos de seus partidos. Sindicatos e partidos políticos são hoje entidades ricas e distantes das bases e nada têm em comum com ideias como democracia e República. O que essas entidades realmente buscam é dinheiro e poder. Contra esses vampiros é possível se proteger. Esqueça o alho e o crucifixo. Use seu voto
 Ari Cunha - Correio Brasiliense

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