terça-feira, 1 de março de 2011

A POPULAÇÃO É QUEM PAGA A CONTA DA GASTANÇA.

Chegou a conta dos gastos do governo em 2010 para ajudar a eleger Dilma Rousseff. O ajuste fiscal de R$ 50 bilhões foi detalhado ontem pela equipe econômica do Palácio do Planalto. Afeta até a área social, o que representa descontinuidade do estilo de governo dos últimos oito anos. A presidente não é inocente na situação delicada que se criou nas finanças públicas. Muitas despesas autorizadas por seu antecessor Lula passaram pela Casa Civil que ela chefiou. Agora, a sociedade arca com as consequências.


Caiu de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bihões, um recuo de 40%, a dotação orçamentária para 2011 do programa Minha Casa Minha Vida - que oferece moradias para a população de baixa renda com juros menores. Essa é uma das surpresas no detalhamento da revisão dos dispêndios da União, anunciada ontem.

Por tabela, a redução dos recursos do Minha Casa afeta o PAC, embora repetidas vezes a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, tivesse afirmado que o programa seria preservado. Assim, a previsão orçamentária do PAC diminuiu de R$ 39,7 bilhões para R$ 34,6 bilhões. Esse recuo também desmente o discurso eleitoral da campanha política da presidente.

O cancelamento de concursos públicos neste ano, exceto em casos de emergência, e o adiamento de admissões previstas são medidas que por certo também surpreendem muitos eleitores da atual presidente. Mais de duas mil vagas, disputadas em concursos recentes, não têm previsão de quando serão preenchidas - excetuando-se cargos militares das Forças Armadas.

Da mesma forma, em nome da contenção de despesas, não há previsão legal para reajustes de salários dos funcionários públicos, a não ser aqueles já acordados desde 2010. Serão cortados 3,5 bilhões na área de pessoal. Arrocho também atingirá R$ 2 bilhões em benefícios previdenciários e R$ 3 bilhões em abonos e seguro-desemprego. Como será feito isso? Combatendo fraudes para chegar a esses valores, diz o governo.

Muitos integrantes da coalizão de apoio ao Palácio do Planalto no Congresso não devem estar satisfeitos com a revisão fiscal. Nada menos de 72% das emendas de parlamentares serão afetadas. O corte dos recursos a ela destinados soma R$ 18 bilhões - o que dá uma mostra do desassombro da presidente em desagradar os próprios aliados. Isso denota firme determinação em cumprir um ajuste fiscal em proporção inédita. Pena que a necessidade de fazê-lo tenha sido negada tantas vezes pela própria Dilma durante a campanha. No mínimo, faltou transparência na relação com o eleitorado.

Sob o ponto de vista da repercussão econômica, espera-se que o cálculo do Palácio do Planalto esteja certo. Ou seja, que o contingenciamento não "derrube" o crescimento, previsto em pouco mais de 4% neste ano. Para isso, deve ser descartada a hipótese de aumento de carga tributária, como segunda fase do ajuste nas contas do governo.

Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/gcjrV2

2 comentários:

  1. E isto que durante a campanha era dito que o Brasil estava "maravilhoso".... Não estamos surpresos, estamos? E é só o começo.... Durante a campanha amigos me diziam: "- O pessoal de Brasília vota em Dilma pq vai continuar tendo concurso e blá blá blá"... Agora nem concurso nem aumento salarial... ééé.... Não me sinto culpada pelo que acontece e o que ainda está por vir....

    Juro que tô torcendo pro governo da Dilma dar certo, afinal é o meu país e quero sempre o melhor pra ele pra todos os seus cidadãos, mas confesso que tô desanimada.... E aluz no fim do túnel nada de aparecer.... E o pior de tudo isto é que quem não tem culpa nisso tudo vai pagar e sofrer....Que Deus nos olhe...

    PS: Estes cortes todos, significa que as vítimas das tragédias do RJ e de todas as partes do país ficarão a ver navios?

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  2. POPULAÇÃO DESCONECTADA DA POLÍTICA DE SEU PAÍS PERMITE QUE A IRRESPONSABILIDADE DOS GOVERNANTES SEJA SEMEADA E COLHIDA COMO LOUROS. LOUROS ESTES QUE CAUSAM UM GRANDE ESTRAGO EM TODA A PLANTAÇÃO.
    #BRASILDECENTE JÁ

    Marisa Cruz

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