domingo, 28 de abril de 2013

LULA, DILMA, MAGNO MALTA E A TRISTE REALIDADE DO ESPIRITO SANTO

Gabriel Tebaldi |              

Reunidas no aeroporto de Vitória, algumas personalidades políticas resolveram viajar. No meio do caminho, porém, além de uma pedra, havia apenas uma pista de decolagem e uma estrutura vergonhosa. Assim, logo a caótica sala de embarque lotou e virou cenário para cenas curiosas.

A primeira passageira presa foi a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Como de costume no governo federal, a ministra criticou o atraso das obras capixabas com voz de responsabilidade, deixando o ilusório sentimento de “agora vai!”. Terminada a demagogia e cansada de esperar, Ideli subiu em seu burro sem cabeça e partiu sem desenterrar os encostos que o próprio governo petista soterrou no Estado.

No caminho, encontrou o companheiro Lula chegando. O ex-presidente aproveitou a oportunidade e aconselhou Ideli a não passar pelo corredor Leste-Oeste, que ligará Campo Grande a Vila Velha. Iniciada em 2007, a obra já custou mais de R$ 180 milhões e a previsão de entrega é, no mínimo, 2015.
 Lula chegou ao “pequenoporto” de Vitória rumo aos EUA, pois será colunista do New York Times. Junto dele chegou a equipe responsável por escrever e traduzir as colunas em que Lula se esforçará para desenhar o nome. No check-in, porém, Lula descobriu que não há voos internacionais em Vitória. Surpreso, o filho do Brasil saiu de cena rapidamente, dizendo que “não sabia de nada”.

O ex-presidente Lula aproveitou a oportunidade e aconselhou Ideli a não passar pelo corredor Leste-Oeste, que ligará Campo Grande a Vila Velha
Gabriel Tebaldi

Ao contrário das autoridades, um tal José da Silva não tinha como ir embora. José morava no pequenoporto há meses por uma razão: era um dos beneficiados do Minha Casa, Minha Vida e, assim como milhares de brasileiros, sofria com rachaduras, infiltrações e ausência de rede de esgoto. Além disso, sua casa era menor que o tamanho declarado no contrato e seu teto era colado com fita adesiva.
Isso tudo existia antes das demolições do último mês, que transformaram dinheiro público em escombro no Rio de Janeiro. Dilma não teve alternativa: admitiu que há fraudes e baixa qualidade nas habitações. José agora se inscreveu num novo programa do governo: o Minha Casa, Minha Dívida.
Outro que se familiarizou com rachaduras é o senador Magno Malta. Não em suas humildes residências, mas no PR. Isolado na sala de embarque, Malta não sabia se embarcava para o Palácio Anchieta ou para o do Planalto. Após declarar que disputará eleições para o Executivo, o senador enfrentou resistência interna. No momento, o teto do PR está colado com fita adesiva e as lideranças planejam uma saída coletiva. Enquanto o desabamento e a demolição se aproximam, o partido demonstra não possuir rede de esgoto que comporte as declarações de Malta.

Dilma Rouseff

Em outra Rede no pequenoporto, estava Marina Silva e os enredados capixabas. Cercando a ex e futura candidata à presidência estava o ex-candidato a quarto lugar na prefeitura de Vitória, Gustavo De Biase. Junto dele, alguns membros do PT que saíram do partido, acusando-o de ter se “desviado do propósito” e foram para o PSOL. Agora, alegando que o PSOL também se “desviou do propósito”, a moda é a Rede. Aguardemos o próximo desvio.

Ao mesmo tempo, algumas excelências pagavam taxa extra de bagagem, como vereadores alagoanos. Lá a Câmara gastou R$ 630 mil renovando o enxoval, enquanto o Estado é o terceiro mais pobre do país. No mesmo carrinho estavam os lençóis de R$ 4 mil do deputado Henrique Alves (PMDB-RN). Em seguida, para decepção dos presentes, o ministro Joaquim Barbosa apareceu com os R$ 90 mil em materiais que serão utilizados na reforma de seu apartamento funcional em Brasília.

Diante disso, o esquecido José da Silva levantou-se e começou a indagar sobre os problemas do povo: educação, saúde, moradia, corrupção, pobreza. Na mesma hora, o autofalante chamou: “Atenção senhores passageiros com destino ao mundo de privilégios políticos distante da realidade: embarque pelo portão um (que é o único)”. Em poucos instantes, todos sumiram. Sobrou José da Silva, o típico cidadão brasileiro: alguém à espera de um embarque com destino ao país do futuro, que nunca chega.

Gabriel Tebaldi, 20 anos, é estudante de História da Ufes

2 comentários:

  1. as veses sinto vergonha,de serto politicos que encontra no poder ,poder esse que nos cidao o colocamos para tomar decisoes por nos ,decisoes errada ,torna ,que so beneficia uma parte a deles sera que nunca vai mudar ,

    ResponderExcluir
  2. atilio vivagua tem que ter medicos como dr marcos bom ,mais uma andoria so nao faz verao ,tavez ele quera fazer um trabalho melhor ,mais sem condiçoes de trabalhar e impossivel,anda governante de av mostre trabalho na saude ,cimento e tijolo nao sara pessoas nao

    ResponderExcluir