Os lobistas do Partido dos Trabalhadores estão pressionando a presidente Dilma a autorizar o BNDES a liberar 1 bilhão de reais para o Sudão, país africano governado por Omar al-Bashir, ditador facínora, condenado por crime contra a humanidade, fiel aliado dos petistas. Esta é mais uma distorção do governo brasileiro: ajudar ditadores africanos com dinheiro público, além de perdoar dívidas e empréstimos humanitários que vão parar no bolso desses déspotas proprietários de mansões luxuosas em Paris.
O jornalista José Casado levantou a lebre. Em matéria publicada no Globo denunciou que a presidente Dilma está perdoando dívidas dos países africanos como Congo-Brazzaville, Gabão, Guine Equatorial e o próprio Sudão que já somam quase 1 bilhão de reais. Esqueceu-se, portanto, de dizer que petistas ilustres têm feito viagens a esses países à bordo de jatinhos de empreiteiras para negociar com os ditadores, normalmente receptivos à distribuição de comissões generosas em paraísos fiscais àqueles que agenciam negócios com o BNDES.
A mais nova investida dos petistas agora é a liberação 1 bilhão de reais para o governo do Sudão, saco de bondade que vai custar caro ao BNDES. O dinheiro seria usado na construção de uma ferrovia, setor que se encontra à mingua no Brasil, com obras atrasadas e milhares de quilômetros de trilhos sucateados de norte a sul. O recurso seria repassado pelo governo do Sudão para uma empreiteira brasileira, apadrinhada por petistas ilustres, responsável pelas obras.
O Congresso Nacional aliou-se a irresponsabilidade do governo e a toque de caixa perdoa as dívidas na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sem apreciar nada. Ao tentar estabelecer a ordem na CAE, o senador Pedro Taques (PDT-MT) reconhece a desordem: “A pressa ao pautar essas votações tem levado a situações constrangedora em que a comissão deve deliberar sem o mínimo de informação suficiente”.
Hilariante, porém, é a justificativa do Itamaraty para ajudar os ditadores. Em nota, dizem os itamaratecas: “Não se trata de voluntarismo brasileiro, mas de prática concertada internacionalmente, com objetivos claros de permitir que o peso da dívida não se transforme em impedimento do crescimento econômico e da superação da pobreza”.
Jorge Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário