quinta-feira, 10 de outubro de 2013

SERRA PREGA UNIÃO DAS OPOSIÇÕES

Fernanda Nascimento
FREDY VIEIRA/JC
Ex-governador tucano chega para almoço com empresários
Ex-governador tucano chega para almoço com empresários
O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) garante que nada está definido no cenário eleitoral de 2014, especialmente depois do ingresso da ex-senadora Marina Silva no PSB, do governador de Pernambuco e pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos. O tucano, que foi derrotado nas eleições presidenciais de 2002 e de 2010 pelos petistas Lula e Dilma Rousseff, respectivamente, não descartou uma terceira tentativa ao afirmar que “o PSDB vai escolher o candidato em março”. As declarações ocorreram durante a reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul, ontem, em Porto Alegre.

Serra evitou falar sobre uma futura disputa interna pela indicação do PSDB para a corrida presidencial contra o senador e presidente nacional da sigla, Aécio Neves. “Vou estar com o candidato do meu partido”, desconversou. A possível candidatura de Aécio fez com que vários partidos assediassem Serra, oferecendo espaço para que se candidatasse. Sem entrar no assunto, Serra disse que a escolha por permanecer no PSDB “foi uma decisão pela não decisão de sair do partido” e que os “convites são naturais”. 

O tucano preferiu adotar o discurso de que a oposição precisa se unificar para construir uma “alternativa para derrotar o PT e oferecer um novo rumo ao Brasil”. Ele afirmou que essa será uma de suas principais tarefas durante a campanha eleitoral e avalia que o momento é positivo, pois “o Brasil quer mudar”. Ao analisar o papel da oposição no governo petista, Serra disse que “não é fácil fazer oposição no Brasil, com uma minoria”, mas não negou erros estratégicos. “Não dou nota 100, mas não dou nenhuma nota. Poderia ser melhor, mas essas são questões subjetivas.” O ex-governador avaliou ainda o ingresso de Marina Silva no PSB como “surpreendente”. 

As críticas ao governo federal foram o pano de fundo de todos os comentários. “O quadro eleitoral está indefinido, mas a herança dos problemas está bem definida. Temos pelo menos dez grandes problemas que precisarão ser resolvidos pelo futuro presidente”, disse. Entre as dificuldades elencadas por Serra, está a política externa brasileira e a carência de infraestrutura. Serra também criticou o que chamou de “partidarização do Estado” e “loteamento de cargos” na gestão do governo petista.

PDT acena para aliança com PSB

Fernanda Bastos

O PDT estadual se reúne na próxima segunda-feira com o PSB para debater possibilidade de coligação em 2014. O objetivo do encontro é estabelecer diálogo com potenciais aliados para o pleito, sinalizando a intenção dos pedetistas de encabeçarem uma chapa ao governo. O DEM também confirmou presença na reunião.

O presidente do PDT de Porto Alegre, deputado federal Vieira da Cunha, que colocou seu nome à disposição para ser o candidato pedetista ao Piratini, é quem está agendando o encontro com os partidos. As outras legendas convidadas - que Vieira ainda não quis revelar - devem confirmar presença até amanhã.

Fora do governo Tarso Genro (PT) há menos de um mês, o PSB seguiu orientação do diretório nacional, que pediu a saída dos governos petistas em prol da candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência da República. O PDT pode seguir o mesmo caminho no Estado, esvaziando a coalizão montada por Tarso. A sigla decidirá se deixa os cargos no Executivo em 7 de dezembro, em pré-convenção.


FONTE  Jornal do Comércio

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