sábado, 3 de abril de 2010

VENEZUELA ATÔMICA, E AGORA LULA?

Uma notícia hoje, chama a tenção e deve ser motivo de preocupação para toda a América Latina. Hugo Chávez pretende desenvolver projeto nuclear para fins pacíficos na Venezuela e para isso conta com o apoio da Rússia, grande parceiro no comércio, inclusive com venda de aviões de guerra, tanques e fuzis de última geração. Em se tratando de um regime que não aceita o contraditório, perseguindo a imprensa que não reza em sua cartilha, prendendo opositores, criando milícias para monitoramento da população, fechando jornais , canais de tv e com sua vocação expansionista, já que influencia outros países como Bolívia , Equador e outras repúblicas do Caribe, temos que botar as barbas de molho, principalmente a Colômbia, seu maior rival em função da aproximação com os Estados Unidos.

No Brasil, o Presidente Lula e o PT tem declarada simpatia pelo ditador Venezuelano, inclusive tendo o PNDH3 forte inspiração naquele regime. Não é novidade que Hugo Chávez há muito pretende incendiar nosso até então pacífico continente e com essa pretensão vai provocar de imediato uma reação da Colômbia na mesma direção, podendo repetir aqui o que ocorre hoje entre Índia e Paquistão colocando em risco todos os outros países. Os Estados Unidos não vêm com bons olhos esta aproximação entre Venezuela e Rússia , tendendo então a reforçar a Colômbia, sendo mais um complicador para a paz e a tranqüilidade.

Ao ir de encontro ao pensamento mundial e declarar apoio às pretensões ditas “pacíficas” de outro ditador no Oriente Médio, inclusive tendo aqui recebido com todas as honras e pompas, o Ahmadinejad, o Presidente Lula coloca o Brasil numa situação delicada , não podendo contestar as ambições venezuelanas e com certeza será cobrado por isso perante a comunidade internacional. A América do Sul sofreu durante décadas com regimes golpistas totalitários e suas conseqüências quanto aos direitos humanos e liberdade , suas democracias ainda são jovens e instáveis e tudo que não precisamos é ter uma Venezuela atômica, comandada por um ditador populista despertando simpatia de uns e ódio de outros, provocando clima de tensão permanente neste pacato recanto do hemisfério sul. O Brasil como maior potência da região tem a responsabilidade de adotar uma posição clara quanto a preocupação com as conseqüências deste delírio bolivariano, lembrando que , uma vez de posse da tecnologia, quem garante que Chávez não imitará seu amigo iraniano, chantageando o mundo? E agora Lula?

6 comentários:

  1. José Ribamar Marques3 de abril de 2010 às 08:59

    Mas um louco para o clube, e com total apoio do Lula e sua trôpe. Ai de tí, antes ordeiro e pacífico continente sul-americano. Hoje o mundo civilizado nos olha com preocupação, afinal nunca em nossa história tivemos tantos malucos governando ao mesmo tempo: Chávez, Lula, Morales, Mujica, Correia,Castros, enfim a escória chega ao poder e só Deus sabe o dia de amanhã.

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  2. Excelente texto, parabéns. Bluesette22

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  3. esta opção de lula pelos regimes anti-democratas e belicistas ainda vai custar muito caro ao Brasil.

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  4. Até onde vai a soberania de um país?
    Até onde ele toma uma decisão que pode prejudicar todo o planeta.
    Quais são as consequências para o planeta de ficarmos brincando de explodir "bombinhas atômicas" por aí? Ninguém sabe. Sabemos do efeito local e imediato. E sabemos que o planeta não sobrevive a uma guerra nuclear.
    De que adianta poder sem povo para governar, ou nosso planeta para se viver?

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  5. Até se construir, testar uma bomba atômica se vai muito tempo e dinheiro.
    Dizer que o PNDH 3 - iniciado no gov. FHC tem alguma coisa a ver com a Venezuela? Aonde você se baseia nisto?!
    Faz sentido o temor quanto a escalada militar na América Latina - temos muitas outras coisas muito mais importantes para investir do que em armamento (você tem chamado a atenção para a precaridade do SUS e dos salários defasados dos profissionais da saúde em artigos anteriores, só para citar um exemplo das inúmeras prioridade que o Brasil tem).
    Nas circunstâncias atuais, estou mais interessado em saber o que os candidatos à presidência têm a dizer sobre estas notícias (a propósito, você esqueceu de citar as fontes).

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  6. Também me preocupo muito com a situação atual no nosso continente, a história nos mostra que desde a colonização do continente, sofremos com os desmandos dos tiranos que aqui se instalaram, oprimindo os povos e submetendo-os aos mais cruéis dos castigos. Ao invés de gastar milhares de dólares com a compra de armamentos, deveriam proporcionar melhores condições de vida para a população. Tudo ao seu tempo, a defesa da soberania do País é importante, mas como se diz "não vamos colocar o carro na frente dos bois". O papel o Presidente Lula agora é de liderança, através do diálogo tentar encontrar uma solução pacífica para a paz no continente, mas para isso o exemplo tem que ser dado, essa história de que "faça o que eu digo e não faça o que eu faço" não cola mais.

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