sábado, 29 de maio de 2010

Serra defende ‘ocupação’ da fronteira.

Presidenciável tucano, ontem em Cuiabá, voltou a criticar o presidente Evo Morales e promete obras estruturais para o Estado



Presidenciável José Serra esteve ontem em Cuiabá no ato para reforçar a candidatura do correligionário Wilson Santos

SONIA FIORI

O ex-governador de São Paulo, presidenciável José Serra (PSDB), defendeu maior ocupação dos cerca de 710 quilômetros de fronteira seca de Mato Grosso com a Bolívia como uma das principais medidas no combate ao tráfico de drogas. No discurso, feito em meio a um ato suprapartidário de PSDB, DEM e PTB, no sábado, em Cuiabá, o tucano voltou a criticar o presidente da Bolívia, Evo Morales.



Serra disse que diante do crescimento da produção de coca no país e com o verificado aumento da exportação para o Brasil, tendo Mato Grosso como um dos maiores receptadores, a posição de Morales é de omissão.



“Acho que é impossível o governo boliviano não ser conivente. Portanto, acho que tem que ter uma ação de pressão com o governo boliviano”, reiterou. Serra criticou também financiamentos através do BNDES para construção de estrada, que, segundo ele, irá facilitar o transporte do produto.



O candidato tucano acentuou o discurso do “toma lá, da cá”, destacando que o acordo entre Brasil e Bolívia gera também a necessidade de assegurar uma contrapartida do país vizinho em relação ao combate às drogas.



Ele ressaltou no evento que cerca de 80% a 90% da cocaína é oriundo da Bolívia – num alerta feito na semana passada que chegou a dar início ao conflito diplomático. Mesmo assim, o candidato tucano reforçou, no evento suprapartidário, sua decisão de, em sendo eleito, primar pela instalação de novas políticas públicas, como a criação do Ministério da Segurança Pública.



No ato, o candidato do PSDB ao governo, Wilson Santos, também reafirmou a defesa em torno de mudanças urgentes para o combate às drogas na região de fronteira seca. Ele alertou para os baixos investimentos na área a cargo do Executivo estadual.



Outro mote forte de campanha do presidenciável José Serra se dá em torno da área da saúde. No evento, ele criticou a estagnação do setor após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em relação a programas implementados pelo ex-presidente Luiz Fernando Cardoso, como o PSF (Programa de Saúde da Família).



Ao defender a instalação de hospitais de excelência, como atendimento universal da saúde, ele assegurou que, caso eleito, transformará o Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) em um centro de atendimento em Mato Grosso. Ele também lançou a proposta de entrega de medicamentos em casa, sem dar maiores detalhes sobre o funcionamento.



Entre os eixos de campanha, Serra sustentou questões de logística e de infraestrutura, como a retomada de projetos para a viabilização de hidrovias, a conclusão da BR-163 – como via de escoamento de grãos e ainda a chegada da Ferronorte à capital mato-grossense.



O presidenciável também criticou a falta de empenho do governo federal para o trato com questões de energia - lembrando nesse fase do discurso os problemas relacionados a Mato Grosso em relação ao gás natural veicular – que atravessa problemas a respeito de contratos que sustentem a venda do produto no mercado interno.

Um comentário:

  1. Acho que Serra está lento e com uma assessoria fraca para imagem e comportamento...!!! Mas nós sabemos que ele é um homem experiente...!!!'Não faz nem fala besteira...É um ser humano como nós... Parabéns pelo seu blog que sempre é tão rico de informações para nós....Vera

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