sábado, 24 de julho de 2010

SEMELHANÇAS.

Vive o Brasil o sistema de governo central, uma certa semelhança política com relação ao Estado do Espírito Santo, nos doze anos que antecederam o mandato do governador Paulo Hartung. É estranho, que as irregularidades administrativas, as chamadas falcatruas se multipliquem e não se toma uma providência, não se puna os irresponsáveis, ao contrário, o presidente os defende, afirma que não existe mensalão, no caso dos dossiês, afirma que tudo não passa de jogo baixo da oposição e, sob a égide de um marketing, disfarçado em propaganda da pior qualidade, o "professor" Lula autoriza o desembolso de R$ 24,3 milhões por mês, contra R$ 12,3 milhões nos três anos anteriores, para publicidade governamental.


Sabe-se, por exemplo, que existem, praticamente, dois terços de servidores públicos a mais do que o número necessário no Serviço Público. Não existe serviço para esse batalhão de consumidores de recursos públicos.

Agora mesmo, apesar de ter informado que este ano não pediria mais a criação de novos empregos, o presidente enviou à consideração do Congresso mensagem criando 1.853 novos cargos no âmbito do Poder Executivo, sendo 1.293 no Itamaraty e mais 560 na Advocacia Geral da União, sem contar com a transformação de cargos já existentes. Além disso, foram enviados projetos criando outros 230 cargos, sendo 213 cargos em 17 funções gratificadas, no âmbito de Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), a pedido do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Ao todo, os novos projetos somam 2.083 vagas, 2066 cargos e 17 funções gratificadas. No caso do Ministério das Relações Exteriores, o governo pede a criação de 400 vagas de diplomatas e ainda 893 cargos de oficial de chancelaria. Na justificativa do projeto de lei, o Ministério do Planejamento sustenta que o Brasil tem intensificado sua participação nos foros regionais e internacionais, bem como tem procurado promover e apoiar eventos multilaterais sobre temas que estão presentes na agenda global e que é necessário adequar a força de trabalho para esse cenário.

Sob a égide do governo Lula já foram criados 265.222 vagas, sendo 219.022 cargos e mais 46.200 funções comissionadas. Só em 2010 foram criados 37.101 cargos e funções comissionadas nos três Poderes da República, aprovados pelo Congresso Nacional e sancionados pelo presidente.

Nada mais é cobiçado na face do território nacional do que ser servidor público nas chamadas repartições federais, estaduais e municipais, onde anualmente são criados milhares de empregos efetivos, vitalícios, muitos irremovíveis e, pasmem, os melhores salários do mundo, para quem não vai fazer nada, por absoluta falta do que fazer...

Esse é um princípio "político" para se instaurar uma ditadura totalitária, onde a força do servidor, encabrestado, inteiramente inútil, sem possibilidade de arranjar outro emprego na iniciativa privada, se presta para tudo, em busca da sua ascensão a cargos mais elevados, dentro do sistema burocrático que está sendo montado na Nação.

Presentemente, há uma estagnação econômica mundial, diante da crise do sistema imobiliário americano que está levando o mundo a uma brutal recessão, e não se avalia como nossos governantes irá buscar recursos para manter a formidável máquina burocrática.

Com o surgimento dos problemas econômicos na Europa, gerando crises na Grécia, Portugal, Espanha, França, Itália e outros países, até com necessidade de buscarem vultosos empréstimos, em bancos centrais de vários países, que se cotizaram para enfrentar a situação.

Esses graves problemas mundiais não contam nada para Lula, que persista com suas opiniões acerca do crescimento da economia nacional, quando na verdade nossas exportações, que antes da crise americana alcançava perto de 1% das vendas globais dos demais países, hoje estamos em torno de 0,8%, o que é muito pouco para um gigante como o Brasil.

Esse triste quadro da vida política nacional, como no caso do Espírito Santo, citado no início, só se extinguirá quando o sistema eleitoral não permitir essas aberrações de candidaturas. Se a sociedade não se unir em torno de uma campanha de esclarecimento à opinião pública, sobre a devassidão nos negócios públicos nacionais, essa gente toda voltará ao governo, a não ser que surja um candidato corajoso, tipo Paulo Hartung, para enfrentar essa verdadeira máfia.

Uchoa de Mendonça.

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