quarta-feira, 21 de julho de 2010

PRESIDENTE DO CONSELHO DA OEA RENUNCIA. (FARC)

O embaixador do Equador na Organização dos Estados Americanos (OEA) e presidente do Conselho Permanente da organização, Francisco Proaño, renunciou ao cargo nesta quarta-feira, véspera do dia em que a instituição deverá analisar as supostas provas do governo da Colômbia sobre a presença de líderes guerrilheiros em território venezuelano.


Proaño disse ter sido pressionado pelo chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, a adiar a reunião pautada para esta quinta-feira, na qual a Colômbia disse que irá mostrar "evidências" sobre a presença de dirigentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) na Venezuela.



"Até ontem, tinha o pedido expresso do chanceler para não convocar o Conselho", afirmou Proaño a jornalistas na sede da OEA.



O embaixador equatoriano disse que, caso acatasse a decisão de seu governo, desrespeitaria normas da OEA, que exigem do presidente do Conselho Permanente o atendimento a solicitações dos países membros.



"Tive de renunciar para não contradizer meu chanceler, nem descumprir o regulamento" da OEA, disse Proaño.



Governo



O Ministério de Relações Exteriores do Equador, por sua vez, negou esta versão por meio de um comunicado onde afirma que "em momento algum" o embaixador equatoriano "foi instruído de maneira expressa ou categórica, por via verbal e por nota, que não fosse encaminhada a mencionada solicitação (da Colômbia), como ele expressa em sua carta de renúncia".



A chancelaria equatoriana admitiu, porém, ter pedido a Proaño para "reconsiderar" o pedido da Colômbia" e "adiar" a reunião, "com o objetivo de analisar o atual momento político e realizar consultas com os demais países membros" da OEA.



O governo do presidente equatoriano Rafael Correa afirma considerar que não se deve tratar de "forma precipitada" do assunto, que "pode colocar em risco a manutenção da paz na região".



No lugar de Proaño como representante do Equador na OEA assumirá a ex-chanceler Maria Isabel Salvador.



Logo após a renúncia do equatoriano, foi nomeado como o novo presidente do Conselho Permanente o embaixador de El Salvador na OEA, Joaquín Alexander Maza Martelli.



Sua primeira medida foi convocar para esta quinta-feira, a partir das 10h30 (11h de Brasília), a sessão extraordinária solicitada pela Colômbia.



Crise



A retomada das tensões entre Colômbia e Venezuela teve início na semana passada, quando o governo da Colômbia afirmou ter "evidências" de supostos acampamentos de vários importantes líderes e integrantes dos grupos guerrilheiros colombianos na Venezuela.



O governo venezuelano qualificou como "mentirosas" as acusações, chamou seu embaixador em Bogotá para consultas, e ameaçou romper relações diplomáticas com a Colômbia.



"Se continuam com essa loucura, romperei relações com o governo da Colômbia" e isso tornará "mais difícil a recomposição das relações com o novo governo", afirmou o presidente venezuelano Hugo Chávez.



O presidente colombiano, Álvaro Uribe, deixa o cargo em 7 de agosto, sendo substituído pelo presidente eleito do país, Juan Manuel Santos.

Um comentário:

  1. pois é, chavito e hermanos estão temendo por saberem que as provas da colômbia são fortes e verdadeiras

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