As imagens impressionantes de dor e abandono dos moradores da Região Serrana do Rio de Janeiro, vítimas da chuva e do desmazelo dos governantes , continuam apertando o coração de todos. Mais de mil mortos, centenas de casas levadas pelo arrastão de água, lama, pedras e galhos. Um cenário indescritível de infortúnio, chamado de caos a toda hora pelos repórteres que cobrem a tragédia.
Imagino que diante deste horror mostrado pela televisão minha amiga tenha se sentido muito mal ao lembrar-se do que me disse na véspera quando não encontrou a caneta na bolsa grande de grife: "bolsa de mulher é um verdadeiro caos".
Cinco municípios arrasados e uma caneta perdida dentro de uma bolsa. Venhamos e convenhamos que estamos falando de tragédias distintas. No primeiro caso, um desastre imenso que poderia ser evitado. No segundo, uma secular bagunça portátil que elas não sabem como evitar. A verdade é que o interior da bolsa de uma mulher pode ser chamado de tudo, menos de caótico. Uma mixórdia, talvez. Ou para usar uma expressão já aceita nos salões: uma zona. Caos tem a dimensão de um tsunami, de uma erupção do Vesúvio, do naufrágio do Bateau Mouche, do desmoronamento no Morro do Bumba e deste gigantesco desastre na Região Serrana do Rio.
Espraiando mais o raciocínio acredito que cabe aqui um apelo a todos e a cada um: daqui pra frente pensem sempre em Teresópolis quando adjetivarem situações de grande desconforto. Um imenso engarrafamento causa enormes transtornos a motoristas e demais trabalhadores que dependem de transporte. Caos é muito mais que isso. Falta de energia e de água, telefones que ficam mudos, grandes filas que não andam, nada disso gera situações que poderíamos qualificar, pura e simplesmente, de caóticas. Ou então que se crie uma escala de intensidades para que se compreenda a real dimensão de cada evento.
Um corredor de hospital lotado de pacientes, certamente nos colocaria diante de um caos de nível 6, digamos, considerando uma escala de 0 a 10, onde o máximo corresponderia as mega tragédias. Um engarrafamento poderia ficar nos níveis 1, 2, 3 ou 4 dependendo do tempo de locomoção dos veículos. Ou seja, tudo o que nos traz problemas e desespero não tem o mesmo tamanho e portanto não deve ser generalizado.
Portanto, bolsa de mulher pode ser, no máximo, um imenso balaio de gatos. Já a própria mulher, dependendo de quem seja, é capaz de transformar a vida de um homem num verdadeiro caos. E sendo assim vai por água a baixo a minha tese
Marcos Alencar. http://glo.bo/etVhIM
Imagino que diante deste horror mostrado pela televisão minha amiga tenha se sentido muito mal ao lembrar-se do que me disse na véspera quando não encontrou a caneta na bolsa grande de grife: "bolsa de mulher é um verdadeiro caos".
Cinco municípios arrasados e uma caneta perdida dentro de uma bolsa. Venhamos e convenhamos que estamos falando de tragédias distintas. No primeiro caso, um desastre imenso que poderia ser evitado. No segundo, uma secular bagunça portátil que elas não sabem como evitar. A verdade é que o interior da bolsa de uma mulher pode ser chamado de tudo, menos de caótico. Uma mixórdia, talvez. Ou para usar uma expressão já aceita nos salões: uma zona. Caos tem a dimensão de um tsunami, de uma erupção do Vesúvio, do naufrágio do Bateau Mouche, do desmoronamento no Morro do Bumba e deste gigantesco desastre na Região Serrana do Rio.
Espraiando mais o raciocínio acredito que cabe aqui um apelo a todos e a cada um: daqui pra frente pensem sempre em Teresópolis quando adjetivarem situações de grande desconforto. Um imenso engarrafamento causa enormes transtornos a motoristas e demais trabalhadores que dependem de transporte. Caos é muito mais que isso. Falta de energia e de água, telefones que ficam mudos, grandes filas que não andam, nada disso gera situações que poderíamos qualificar, pura e simplesmente, de caóticas. Ou então que se crie uma escala de intensidades para que se compreenda a real dimensão de cada evento.
Um corredor de hospital lotado de pacientes, certamente nos colocaria diante de um caos de nível 6, digamos, considerando uma escala de 0 a 10, onde o máximo corresponderia as mega tragédias. Um engarrafamento poderia ficar nos níveis 1, 2, 3 ou 4 dependendo do tempo de locomoção dos veículos. Ou seja, tudo o que nos traz problemas e desespero não tem o mesmo tamanho e portanto não deve ser generalizado.
Portanto, bolsa de mulher pode ser, no máximo, um imenso balaio de gatos. Já a própria mulher, dependendo de quem seja, é capaz de transformar a vida de um homem num verdadeiro caos. E sendo assim vai por água a baixo a minha tese
Marcos Alencar. http://glo.bo/etVhIM
Muito bom! A conclusão, também.Abs. Bom final de semana.opcao_zili
ResponderExcluirPara cada ocasião existe uma forma de nos sentirmos. O que era uma tragédia pra sua amiga no dia anterior, foi suplantado pela enorme desgraça que se abateu na região serrana do Rio de janeiro. Minha maior triteza é que isso voltara a acontecer não por desejo meu, mas porque estamos acostumados e se esquecer de tudo quando a mídia não esta mais presente.
ResponderExcluir@sidartareis