No sexto dia de protestos pela queda de Hosni Mubarak, 82, o governo dos EUA, seu aliado mais importante, sinalizou maior distanciamento do ditador egípcio. A secretária de Estado, Hillary Clinton, cobrou uma "transição ordenada" rumo à democracia -sem, no entanto, pedir claramente a saída de Mubarak. O ditador, há 30 anos no poder, surgiu cercado de militares, tentando dar demonstração de força. O sinal da TV Al Jazeera, uma das principais fontes de informação dos manifestantes, foi bloqueado. O toque de recolher foi antecipado das 16h para as 15h.
Numa clara manobra de intimidação, aviões e helicópteros militares deram rasantes sobre a multidão na praça Tahrir, centro nervoso dos protestos, no Cairo. Mas, no chão, soldados de novo evitaram coibir os manifestantes. No mesmo local, o oposicionista Mohamed ElBaradei juntou-se à multidão. "Tenham paciência, a mudança chegará nos próximos dias", disse. Embora o número de mortos tenha sido menor do que nos dias anteriores, o domingo, dia útil no Oriente Médio, foi de caos nas principais cidades. O comércio e os bancos ficaram fechados;
Fonte: Folha de São Paulo
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