domingo, 3 de novembro de 2013

CUBA: O PAÍS ONDE É PROIBIDO PROSPERAR


Agência de correios com imagem de Che Guevara, em Camaguey

Correios com imagem de CHE GUEVARA

Idosa em venda estatal de alimentos, em Camaguey

Idosa em loja estatal de alimentos

Interior de caminhão usado como ônibus, na província de Camaguey

Interior de caminhão usado como ônibus

Obras de saneamento básico, em Camaguey

Obras de saneamento básico

Pescadores no Malecón, em Havana. Eles são proibidos de vender o peixe

Pescadores em Havana, é proibido vender os peixes.

Padaria no centro de Havana

Padaria no centro de Havana

Cocotáxis de Havana. Os veículos são puxados por uma moto e os motoristas são funcionários estatais 

Cocotáxis, veículos puxados por moto, os condutores são funcionários do Governo

Mulheres aguardam abertura de loja estatal em promoção, em Camaguey

Mulheres aguardam abertura de lojas em promoção.
Veículo abandonado em rua de Havana. Peças de reposição são uma raridade

Veículo abandonado nas ruas de Havana, peças de reposição são raridades.

 Lanchonete na cidade Camaguey. “Rico”, em espanhol, significa gostoso

Lanchonete, Rico significa gostoso.

Estudantes em rua de Camaguey

Estudantes em rua de Camaguey

Desde 2006, quando o ditador Fidel Castro transferiu a presidência de Cuba para o seu irmão, o general Raúl Castro, o governo vem anunciando o que chama de reformas com o intuito de "atualizar o regime socialista". Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética e dos regimes do Leste Europeu, no início da década de 90, restaram no planeta apenas dois países com esse sistema político e econômico: Cuba e Coreia do Norte. Ao alardear "reformas", o regime cubano passa a impressão de que está preparando o país para uma transição gradual para um modelo inspirado na China ou no Vietnã, que do comunismo mantiveram apenas a ditadura, mas se abriram para a economia de mercado. Amargo engano. A reportagem de VEJA esteve durante oito dias em Havana e em Camaguey, cidade com 320 000 habitantes, para avaliar o efeito das mudanças anunciadas nos últimos sete anos. Entre conversas com fazendeiros, pescadores, médicos, barbeiros e dissidentes, a conclusão é que, a despeito da ajuda de países como Venezuela, China, Canadá e Brasil, a vida ficou mais difícil. O Estado, dominado pelos militares, mantém o controle de todas as atividades relevantes. A perseguição política não foi aliviada. Apenas mudou sua natureza. Se antes era realizada buscando algum suporte na lei, agora se dá de forma clandestina, com milícias governistas reprimindo os opositores. Por fim, a população continua impedida de progredir. Aos olhos do regime castrista, a concentração da propriedade contradiz a essência do socialismo e jamais será permitida. "A China precisou de apenas cinco anos para liberar o capitalismo de maneira irrevogável", diz o economista Rafael Romeu, da Associação para o Estudo da Economia Cubana, em Washington. "Raúl Castro completou sete anos no poder e a economia continua na mesma."

Fonte: Revista Veja

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