O entusiasmo do ministro Padilha com Donato, o secretário defenestrado por causa da proximidade com fiscais da máfia
Façam aí uma cópia antes que tirem do ar. O que vai abaixo, como diria o rei da censura, é coisa mesmo de “amigo de fé, irmão, camarada”. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pede entusiasmadamente votos para Antônio Donato, secretário de governo da gestão Haddad, na Prefeitura de São Paulo, demitido nesta terça-feira por conta da, como chamar?, proximidade com membros da máfia dos fiscais. Vejam. Volto em seguida.
Como se nota, não é apenas a recomendação de um “companheiro” de partido. Nada disso! O que se vê acima é entusiasmo mesmo, recomendação franca, de coração, de companheiros de longa data. Há engajamento pessoal. Padilha, que vai disputar o governo de São Paulo pelo PT, está dando o seu testemunho da honorabilidade do outro.
Como vocês leem em post na home, o fiscal Eduardo Barcellos também fez um acordo de delação premiada. Segundo disse em depoimento ao Ministério Público, entre dezembro de 2011 e setembro do ano passado, pagou R$ 20 mil mensais a Donato, em dinheiro vivo. A grana, afirmou, era entregue no gabinete no vereador. Barcellos diz que Ronilson também fazia repasses ao petista. Padilha certamente está entre os que não acreditam em nada disso.
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