Guillermo Fariñas terminou seu protesto após libertação de 52 presos políticos.
Em greve de fome há 135 dias, o dissidente político cubano Guillermo Fariñas, de 48 anos, encerrou nesta quinta-feira o protesto, depois que o governo de Cuba anunciou a libertação de presos políticos. No último domingo, os médicos que tratavam de Fariñas informaram que ele corria risco de morrer. As informações são da agência BBC Brasil.
Nesta quarta-feira, depois de um longo processo de negociação envolvendo a Igreja Católica de Cuba e o governo da Espanha, as autoridades do país concordaram em libertar 52 presos políticos. A previsão é que eles sigam para o exílio na Espanha. Será a maior liberação em massa de dissidentes em décadas.
Hoje o governo anunciou que seis presos políticos serão transferidos de presídios para ficar mais perto da família. Para especialistas, é o primeiro passo para a libertação. O governo de Cuba estava sendo pressionado a libertar os dissidentes desde a morte de Orlando Zapata Tamayo, em fevereiro. Depois que Tamayo morreu, Fariñas iniciou sua greve de fome.
Farinãs se recusava a ingerir comida ou água em uma campanha para libertar 28 presos políticos que estão doentes. Inicialmente, o dissidente não acreditou na libertação dos 52 prisioneiros políticos. Mas, nesta manhã, um grupo de dissidentes viajou até Santa Clara para confirmar a notícia.
Há menos de uma semana, em uma ação surpreendente, o jornal oficial cubano Granma publicou uma longa entrevista com o médico que cuida de Fariñas, Armando Caballero, na qual ele afirmava que seu paciente teria um coágulo sanguíneo no pescoço, que poderia interromper o fluxo de sangue ao coração, além de ter contraído uma infecção.
A entrevista pode ter dado um tom de urgência à decisão do governo cubano de prosseguir com a libertação dos 52 prisioneiros políticos. Depois do anúncio da libertação, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, pediu que a União Europeia reveja o embargo a Cuba.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, descreveu a libertação dos prisioneiros políticos como "algo que já devia ter ocorrido há tempos, mas mesmo assim, (uma decisão) muito bem-vinda".
Só uma perguntinha: por que o "mediador da paz mundial", Lula, não estava lá negociando com os amigões Castro?
ResponderExcluirAinda bem que o mundo está mais vigilante em relação a estas questões de violação de direitos humanos.
A tendência desse terror ideológico é cada vez mais receber a repulsa da humanidade.