CONTRADIÇÕES.

Em meio à polêmica sobre as posições de Dilma Rousseff em relação ao aborto, algumas considerações precisam ser feitas para mostras suas contradições e que sua conduta não convence a nós cristãos, e não há de convencer os eleitores. Milhares de vídeos espalhados na internet comprovam que a mesma é mesmo a favor da descriminalização do aborto, abrindo caminho para o descuido com a prevenção, com prejuízos físicos e psicológicos para àquelas que interromperem a gravidez. Milhares de jovens que usam o preservativo como meio anticonceptivo deixaram de fazê-lo a partir do momento que sua parceira puder recorrer ao SUS e interromper uma gestação indesejada ou não programada, aumentando a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS.


Tanto do ponto de vista científico como religioso, a vida passa a existir a partir da concepção, a partir daí cai o argumento da candidata que em seu programa eleitoral e nas entrevistas, insiste em dizer que é a favor e quer valorizar a vida, passando inclusive a freqüentar cultos religiosos, creches e escolas, numa atitude meramente oportunista e hipócrita, visando enganar o eleitor e amenizar as críticas de todos os setores da sociedade, religiosos ou não, que condenam essa prática.

Não se sustenta também o argumento que a partir do momento que as mulheres tiverem acesso ao procedimento pelo SUS, estarão mais protegidas. Sabemos que o nosso sistema de saúde pública leva meses para marcar exames, até um ano ou mais para cirurgias, então como acreditar que vai disponibilizar a eliminação do feto, procedimento que requer centro cirúrgico, anestesista , corpo de enfermagem e especialista para realizar o aborto em condições de segurança, mesmo assim sujeitas às complicações que qualquer cirurgia oferece a quem dela necessita. Perfuração uterina, choque hemorrágico, infecção hospitalar, sem contar os riscos anestésicos e psicológicos, são complicações possíveis e que podem colocar em risco às futuras gestações e até mesmo a vida da paciente.

Do ponto de vista cronológico, a diferença entre um feto, uma criança e um adulto é apenas o tempo de vida de cada um, portanto assassinar um feto deve causar a mesma indignação que sentimos ao se assassinar uma criança ou um adulto indefeso. È o mesmo crime perante a lei de Deus e a lei dos homens, a primeira é irrevogável e descriminalizá-lo na lei dos homens significa provocar o extermínio de milhares de seres humanos e suas gerações subseqüentes. No artigo “O médico e o aborto, uma lição de vida” http://bit.ly/drzxS8 que já publiquei aqui, relato um caso verídico e ao lê-lo terão a certeza que não exagero na afirmação acima.

Definitivamente esta não é a solução olhe-se por que ângulo olhar, o que deve ser disponibilizado à população é informação, conscientização, prevenção, métodos anticonceptivos, apoio à saúde física da mãe, do concepto e assistência social quando a gravidez ocorrer.

Outra contradição da candidata de Lula é falar em democracia e apresentar o PNDH3 como base de seu programa de governo, o viés claramente antidemocrático deste plano não combina com os valores republicanos que nos é tão caro. Controle social da mídia e da terra, criminalizar quem é contra a homofobia, proibição de cultos religiosos em praças públicas, meios de comunicação , a extinção de símbolos religiosos e o aniquilamento da oposição proposta pelo Presidente Lula, certamente não estão inseridos nos ideais democráticos de nosso povo, estão mais próximos de uma ditadura populista disfarçada de democracia direta de ideologia bolivariana à La Chavez.

Dilma Rousseff que foi chamada de “companheira da linha dura” por Hugo Chávez deve mostrar-se o povo brasileiro como é, como pensa e não tentar enganar o povo brasileiro com imagens e atitudes que não combinam com sua biografia, isto é estelionato eleitoral, mostre a verdade, o povo democraticamente que decida que rumo o país deve tomar.

Marco Sobreira.