Kátia Brasil, Folha.com
A Polícia Federal do Amazonas fez nesta segunda-feira (11) busca e apreensão de documentos no comitê central da coligação dos senadores eleitos Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PC do B), em Manaus, e também na empresa e na casa do servidor público municipal Abrahim Calil Nadaf Neto.
Eles são acusados pelo PSDB de envolvimento num suposto esquema de compra de votos e abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral. Todos negam.
Com a vitória de Braga e Grazziotin, o senador tucano Arthur Virgílio Neto não conseguiu se reeleger.
A ação da PF foi determinada no sábado, pelo juiz federal, Márcio Luiz Coelho de Freitas, do Tribunal Regional Eleitoral. Atendeu a um pedido do procurador eleitoral, Edmilson Barreiros, que abriu inquérito civil público para apurar o caso.
Durante as buscas, dois computadores e uma arma, com porte vencido, foram apreendidos na casa de Nadaf Neto. Ele foi levado à sede da PF e depois liberado. A reportagem procurou o servidor, mas ele não respondeu ao pedido de entrevista.
Segundo o PSDB, a empresa A.C Nadaf Neto Assessoria e Comércio Exterior pagou a cerca de 6.000 cabos eleitorais quantias que variam de R$ 600 a R$ 1.200, por meio de cartões que permitiam saque no Bradesco. Com esse dinheiro, de acordo com o PSDB, foram comprados votos, por R$ 50 cada um, no dia da eleição.
Sete cabos eleitorais prestaram depoimentos na sede do MP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário