quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PRESIDENTES POR "10 DIAS"

JUNTA MILITAR ( 24/10/1930 A 03/11/1930 )
Dez dias no Poder.

Os Generais Tarso Fragoso, Mena Barrero e o Amirante Isaías de Noronha assumiram o Poder Executivo  por 10 dias. Era a vitória das forças estaduais e de rebeldes do Exército sôbre o Governo Federal. Em 03 de novembro de 1930, Tasso Fragoso nomeia Getúlio Vargas como Presidente Provisório.

VARGAS NO RIO

A junta Militar governista, que depôs Washinton Luís em 24 de outubro de 1930, tinha intenção de permanecer no Poder. Segundo o historiador Eduardo Bueno, Vargas foi alertado do fato pelo General Bertoldo Klinger, e imediatamente mandou telegrama ao Rio. Dizia:
'Os membros da Junta serão aceitos como nossos colaboradores, porém não como dirigentes, uma vez que seus elementos participaram da revolução quando esta já estava virtualmente vitoriosa.'

A comunicação de Vargas foi reforçada por chefe militar do golpe, Góis Monteiro, de São Paulo.
'O governo provisório terá como Presidente o Sr. Getúlio Vargas"

NO dia 26 a Junta anunciou que ficaría no Poder até a chegada de Vargas à capital.

QUEM FOI TASSO FRAGOSO




O general Augusto Tasso Fragoso, mais conhecido por Tasso Fragoso (São Luís, 28 de agosto de 1869 — Rio de Janeiro, 20 de setembro de 1945) foi um militar e escritor brasileiro, chefe da Junta Governativa Provisória de 1930, que assumiu o governo do Brasil depois que Washington Luís foi deposto em 24 de outubro de 1930 por um golpe de estado liderado por Tasso Fragoso, o qual impediu o presidente eleito Júlio Prestes de assumir a presidência da república e a entregou a Getúlio Vargas em 3 de novembro de 1930.


QUEM FOI MENA BARRETO

Mena Barreto

João de Deus Mena Barreto (Porto Alegre, 30 de julho de 1874 — Rio de Janeiro, 25 de março de 1933), general brasileiro, foi um dos líderes da junta governativa que governou o país durante o período em que Washington Luís foi deposto, e Júlio Prestes impedido de assumir.


Pelo lado paterno era membro duma tradicional família do Rio Grande do Sul, cuja árvore genealógica conta com uma respeitável ascendência nas altas patentes militares: os Mena Barreto. Pelo lado materno pertencia a uma tradicional família do Rio Grande do Sul, detentores de extensas estâncias na região fronteiriça do estado: os Oliveira Melo. Era filho de José Luís Mena Barreto e de Rita de Cássia de Oliveira Mello, foi o único homem dos quatro filhos do casal.. Aos cinco anos perdeu o pai, e em 1890, quando completou 16 anos, iniciou sua carreira militar. Cursou a Escola Militar em Porto Alegre, até 1893. Saindo da escola, até 1895, combateu a Revolução Federalista. Ingressou, em 1898, na Escola Militar da Praia Vermelha.

Casou-se em 8 de dezembro de 1900, no Rio de Janeiro com Ernestina Estela de Noronha, com quem teve três filhos: Waldemar, João de Deus e Paulo Emílio.

Em 1911, como major, tornou-se adjunto de seu tio, o ministro da Guerra, marechal Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto.

Em 1915, foi promovido a tenente-coronel e designado comandante do 4º Regimento de Infantaria, em Curitiba. Ao ser promovido coronel, em 1918, foi designado comandante do 3º Regimento de Infantaria, no Rio de Janeiro, onde permaneceu por três anos.

Na década de 1920 destacou-se no comando de tropas incumbidas de deter o avanço dos revoltosos contra o governo federal. Era comandante da 2ª Brigada de Infantaria, em 1922, quando participou da repressão ao levante do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, no início do movimento tenentista. Em 1924, no comando do Destacamento Norte, formado por contingentes do Exército e da Marinha, combateu nova rebelião de jovens oficiais contra o governo, em Manaus, ocasião em que recebeu o título de Pacificador da Amazônia. No mesmo ano assumiu o comando da 1ª Região Militar, onde ficou até 1926, quando foi nomeado inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares e também foi eleito presidente do Clube Militar.

Por sugestão sua, passou a ser comemorado a partir de 1925 o dia do Soldado, em 25 de agosto.

Seu período de governo foi de 24 de outubro a 3 de novembro de 1930, junto com Isaías de Noronha e Augusto Tasso Fragoso, quando então entregaram o governo federal a Getúlio Vargas, líder da Revolução de 1930. Foi convidado por Osvaldo Aranha para ocupar o Ministério da Guerra do Governo Provisório de Getúlio Vargas, mas não aceitou.

Foi ainda nomeado interventor no Estado do Rio de Janeiro no ano de 1931 e depois ministro do Superior Tribunal Militar, tendo falecido no exercício deste cargo.

QUEM FOI ISAÍAS DE NORONHA

Isaías de Noronha

 José Isaías de Noronha (Rio de Janeiro, 6 de julho de 1874 — Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 1963) foi um militar da Marinha do Brasil.

Filho do general-de-divisão Manuel Muniz de Noronha e de Zulmira Augusta Aguiar, era sobrinho de Júlio César de Noronha, ministro da Marinha de 1902 e 1906, e primo de Sílvio de Noronha, ministro da Marinha de 1946 a 1951.

Tendo alcançado a patente de almirante, José Isaías de Noronha foi um dos integrantes da junta governativa que governou o país quando da eclosão da Revolução de 1930, constituída assim que Washington Luís foi deposto e Júlio Prestes impedido de assumir.

Seu período de governo foi de 24 de outubro de 1930 a 3 de novembro de 1930, junto com Mena Barreto e Augusto Fragoso, compondo a Junta Governativa Provisória de 1930.

A Junta governativa assumiu o governo no dia 24 de outubro de 1930. Ainda naquele dia, a junta organizou um novo ministério, do qual faziam parte, entre outros, o general José Fernandes Leite de Castro (Ministério da Guerra), Isaías de Noronha (Ministério da Marinha) e Afrânio de Melo Franco (Ministério das Relações Exteriores). Com a situação na capital sob controle, a junta enviou o primeiro de uma série de telegramas a Getúlio Vargas, propondo a suspensão total das hostilidades em todo o país, mas nada adiantando sobre a transferência do poder aos chefes da revolução.


TOMADA DO CATETE ( Não renuncio )

Washington Luís ficou surpreso quando uma ala do Palácio do Catete foi tomada pela junta governista. Depois de 7 horas concordou em conversar com o General Tasso Fragoso, seu amigo pessoal. Fragoso pediu que o Presidente renunciasse "para evitar derramamento de sangue". Uma hora depois o Presidente deixava o Catete preso.

"Não renuncio. Do Palácio só saio morto"
Washington Luís.



Washington Luís deixa o Catete rumo ao exíio no
Forde de Copacabana.


VARGAS NO RIO ( Um caudilho no poder )

Vargas deixou Porto Alegre de trem em 12 de Outubro. Foi aclamado em São Paulo no dia 29 e chegou ao Rio no dia 31 de Outubro, vestido de Gaúcho: uniforme militar, chapéu de aba larga e lenço vermelho no pescoço. Seus correlegionários cavalgaram pelas ruas da Capital e amarraram seus cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco. No dia 03 de novembro, Vargas foi nomeado chefe do governo provisório.


Vargas chega ao Palácio do Catete

Fonte: Wikipédia, O Estadão, Google









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