Departamento de Estado americano diz ter recebido informações confiáveis sobre protestos no país. Organização de direitos humanos confirma pelo menos 173 mortos.
"Segundo fontes médicas na Líbia, os ferimentos indicam que estão sendo usadas armas pesadas contra os manifestantes", disse Tom Porteous, da Human Rights Watch
O Departamento de Estado americano anunciou este domingo ter informações confiáveis de que haveria "centenas" de mortos e feridos na Líbia. A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) confirmou a morte de pelo menos 173 pessoas desde a última terça-feira, quando teve início uma onda de protestos contra o regime do ditador Muamar Kadafi.
"Os Estados Unidos estão muito preocupados com os informes alarmantes e imagens procedentes da Líbia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. O americano pediu às autoridades do país que autorizem manifestações pacíficas, seguindo recomendação feita mais cedo pela União Europeia.
"Estamos investigando para confirmar os dados, mas recebemos muitos informes confiáveis que dão conta de que centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas nestes dias de distúrbios. Não se conhece o número de mortos por causa da falta de acesso da imprensa internacional e de organizações humanitárias", acrescentou.
O Departamento de Estado americano reiterou que os Estados Unidos "expressaram seu forte repúdio ao uso da violência letal contra manifestantes pacíficos a dirigentes líbios, entre eles o chanceler Musa Kusa".
Prudência - "Há 173 mortos. É um balanço prudente baseado em fontes hospitalares no leste da Líbia, em Benghazi e outros três lugares", disse Tom Porteous, porta-voz da HRW, com sede em Nova York.
"É um balanço incompleto, pois também há um grande número de feridos. Segundo fontes médicas na Líbia, os ferimentos indicam que estão sendo usadas armas pesadas contra os manifestantes", acrescentou Porteous.
Mais cedo, a União Europeia também condenou a repressão aos protestos na Líbia. Trípoli ameaçou responder às pressões deixando de cooperar contra a imigração ilegal, um tema crucial para os europeus que começaram a revisar sua política de ajuda ao mundo árabe.
"É muito importante que se ponha fim à violência" e se retome o diálogo na Líbia, instou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
Ashton se reuniu no domingo, em Bruxelas, com os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) para analisar a onda de revoltas populares contra os regimes autoritários no mundo árabe, que até agora provocaram a queda do egícpio Hosni Mubarak e do tunisiano Zine el Abidine Ben Alí.
Demissão - O representante permanente da Líbia na Liga Árabe, Abdel Moneim al Honi, anunciou no domingo aos jornalistas que se demite do cargo para "se unir à revolução" e protestar contra "a repressão e a violência contra os manifestantes" em seu país.
(Com Agência France-Presse)
"Segundo fontes médicas na Líbia, os ferimentos indicam que estão sendo usadas armas pesadas contra os manifestantes", disse Tom Porteous, da Human Rights Watch
O Departamento de Estado americano anunciou este domingo ter informações confiáveis de que haveria "centenas" de mortos e feridos na Líbia. A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) confirmou a morte de pelo menos 173 pessoas desde a última terça-feira, quando teve início uma onda de protestos contra o regime do ditador Muamar Kadafi.
"Os Estados Unidos estão muito preocupados com os informes alarmantes e imagens procedentes da Líbia", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley. O americano pediu às autoridades do país que autorizem manifestações pacíficas, seguindo recomendação feita mais cedo pela União Europeia.
"Estamos investigando para confirmar os dados, mas recebemos muitos informes confiáveis que dão conta de que centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas nestes dias de distúrbios. Não se conhece o número de mortos por causa da falta de acesso da imprensa internacional e de organizações humanitárias", acrescentou.
O Departamento de Estado americano reiterou que os Estados Unidos "expressaram seu forte repúdio ao uso da violência letal contra manifestantes pacíficos a dirigentes líbios, entre eles o chanceler Musa Kusa".
Prudência - "Há 173 mortos. É um balanço prudente baseado em fontes hospitalares no leste da Líbia, em Benghazi e outros três lugares", disse Tom Porteous, porta-voz da HRW, com sede em Nova York.
"É um balanço incompleto, pois também há um grande número de feridos. Segundo fontes médicas na Líbia, os ferimentos indicam que estão sendo usadas armas pesadas contra os manifestantes", acrescentou Porteous.
Mais cedo, a União Europeia também condenou a repressão aos protestos na Líbia. Trípoli ameaçou responder às pressões deixando de cooperar contra a imigração ilegal, um tema crucial para os europeus que começaram a revisar sua política de ajuda ao mundo árabe.
"É muito importante que se ponha fim à violência" e se retome o diálogo na Líbia, instou a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.
Ashton se reuniu no domingo, em Bruxelas, com os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) para analisar a onda de revoltas populares contra os regimes autoritários no mundo árabe, que até agora provocaram a queda do egícpio Hosni Mubarak e do tunisiano Zine el Abidine Ben Alí.
Demissão - O representante permanente da Líbia na Liga Árabe, Abdel Moneim al Honi, anunciou no domingo aos jornalistas que se demite do cargo para "se unir à revolução" e protestar contra "a repressão e a violência contra os manifestantes" em seu país.
(Com Agência France-Presse)
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