domingo, 20 de fevereiro de 2011

DIREITOS HUMANOS.


É chegada a hora de se fazer justiça no nosso Brasil onde tantos se dizem defensores dos direitos humanos e respeitadores da Lei.

Conforme noticiado, encontra-se em discussão no Congresso Nacional o novo salário mínimo dos trabalhadores, sendo oportuno lembrar que a Constituição Federal, em seu Art. 7, dispõe que o seu valor deve ser “capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.” Acreditando que “todos são iguais perante a lei”, é lícito imaginar que a decisão ansiada trará muitas alegrias para os que nele têm o seu sustento já que, recentemente, os congressistas foram pródigos nos reajustes concedidos a altas autoridades federais, a começar pelo Presidente da República, concedendo-lhe mais de 100% de aumento, e a eles próprios, senadores e deputados federais, com mais de 60%, sendo conveniente ter presente que como decorrência legal também foram beneficiados os milhares de parlamentares estaduais e municipais, indiscutivelmente menos necessitados do que os trabalhadores. E tudo isso aconteceu em não mais que alguns minutos de deliberação, evidenciando, para os brasileiros que ainda respeitam os Poderes da União, que se trata de justiça social mediante distribuição de renda haja vista, é lícito supor, a existência de recursos abundantes em face de uma boa situação econômica do país assim tão alardeada pelo governo Lula/PT. Se não fosse esse um raciocínio correto, como imaginar tanto perdão de dívidas de outros países e tanta distribuição de recursos a lastrear a política externa brasileira?

Em governos passados, certamente as centrais sindicais estariam empenhadas nas reivindicações das classes trabalhadoras, o que deixou de acontecer nos últimos anos já que os dignos trabalhadores líderes classistas parecem ter passado a considerar como parâmetros os generosos salários por eles recebidos.

Fica difícil entender a palavra de ordem da presidente Dilma e os pronunciamentos do ministro Mantega e dos políticos componentes da chamada “base aliada”, de apoio ao governo, em especial os do PT e do PMDB, que se mostram veementes em proclamar que o máximo de aumento suportável pelo orçamento federal não ultrapassa R$545,00, significando pouco mais de 6%? E também é vexatória a velha e surrada argumentação de que além de tal limite haverá “quebra da Previdência”, já que dinheiro só falta para atender necessidades dos mais humildes.

É o caso de se pedir mais sinceridade e seriedade na vida política brasileira, de abaixar o pano da farsa e do engodo, de por fim aos coliseus legislativos, de cessar a permanência da hipocrisia nos atos governamentais e de perguntar se não é chegada a hora de fazer valer o verdadeiro respeito aos direitos humanos e a igualdade preconizada como princípio na Carta Magna

Gen Ex José Carlos Leite Filho

Nenhum comentário:

Postar um comentário