quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A REPÚBLICA BOLIVARIANA DO BRASIL.

O nível de boçalidade da denominada grande imprensa brasileira atinge um grau jamais visto. Além de permanecer praticamente calada ante o verdadeiro golpe à Constituição da República, ajuda a abastardar o Congresso apoiando a concessão de poder discricionário à Dilma que passará a governar por decreto. Dirão que isso se refere apenas ao salário mínimo. Ao que eu retruco: foi assim que Hugo Chávez iniciou a sua escalada ditatorial.


Agora há pouco, o portal do grupo RBS, o site do Diário Catarinense deu destaque para a seguinte chamada: Projeto do mínimo irá direto ao plenário sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça. O texto dessa matéria é um press-release ordinário da Agência Brasil, que procura revestir-se de isenção mas que induz o leitor a concordar com a aprovação do caráter de urgência da matéria, fato que a desobriga passar pelo crivo da CCJ antes de ir ao plenário.

É o jornalismo petista que fincou as suas garras em todas as redações. Mas esses jornalistas não são apenas petistas, são burros mesmo e os que são egressos dos cursos de jornalismo já sofreram a lavagem cerebral dos professores cuja maioria jamais pisou numa redação de jornal sendo apenas militantes do esquerdismo bocó.

Na Venezuela pelo menos uma boa parte dos jornalistas luta contra a ditadura bolivariana de Hugo Chávez, enquanto no Brasil são os próprios jornalistas a linha de frente do petismo. Haja vista que os órgão de representação dos jornalistas brasileiros foram transformados em aparelhos ideológicos do PT e são todos filiados à CUT.

Entre o chavismo bolivariano e o petismo brasileiro há apenas uma diferença de método. Lá Chávez tem de prender jornalistas, como fez com Gustavo Azócar e lançar líderes da oposição nos calabouços do regime, como fez com Alejandro Peña Esclusa. Aqui a Dilma conta com os próprios jornalistas para pisotear a Constituição. Daí porque a baranga encheu a boca no ato de comemoração dos 90 anos da Folha de S. Paulo nesta segunda-feira, para defender uma imprenssa livre. Claro, ela estava justamente dentro de um aparelho do PT, donde se conclui que os petistas não desistiram e nunca desistirão de perpetuar-se no poder e calar a imprensa.

A imprensa já está calada sem qualquer censura e passou a ser um peça fundamental desse cabuloso plano petista de domínio absoluto não apenas dos três Poderes da República, mas sobretudo das organizações da sociedade civil. O Executivo já está no papo no PT. Com este episódio do decreto do salário mínimo deduz-se que o Legislativo é fava contada enquanto ao Judiciário caberá atirar a pá de cal no que resta de democracia.

No âmbito da sociedade civil, praticamente todas as suas organizações, a começar pelos sindicatos de trabalhadores, foram aparelhados. Na área sindical patronal observa-se uma devoção ao petismo, restando independente apenas a Confederação da Agricultura, enquanto Kátia Abreu permanecer na sua presidência.

No dia em que a Confederação da Agricultura cair aos pés do PT esse ciclo de transição para o modelo chavista no Brasil estará consumado e, como ocorre na Venezuela, as prateleiras dos supermercados e as feiras não terão muito o que oferecer aos consumidores. Fechando o pano desse espetáculo do absurdo os brasileiros gastarão boa parte de suas vidas nas filas da estatal que será criada pelo PT para distribuição de cupons para a aquisição de comida que então estará racionada.

Viram? Um outro mundo é possível.

Aluizio Amorim








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