sábado, 10 de julho de 2010

PRESOS POLÍTICOS COMEÇAM A SER LIBERTADOS EM CUBA .

HAVANA, 10 JUL (ANSA) - As autoridades cubanas começaram na tarde de hoje a libertar os primeiros membros do grupo de 52 opositores presos desde 2003, e cujas solturas foram anunciadas nesta semana, disseram familiares dos dissidentes.


Os parentes de José Luis García Paneque, que está entre os primeiros 17 detidos a deixarem a cadeia antes que os demais, partiram neste com direção a Havana, deixando Las Tunas, no leste da ilha, para se reunir com ele.

Um primo do opositor, Raúl Smith Paneque, explicou por telefone que a mãe de García Paneque, Moralinda, se deslocou à capital para encontrar o filho e posteriormente viajar para a Espanha.

"Não temos detalhes de quando será a viagem a Madri", acrescentou ele, "mas acreditamos que será nas próximas horas".

A Igreja Católica cubana comunicou hoje ter sido informada diretamente das libertações e relatou que já são 17 os dissidentes que sairão da cadeia e embarcarão para a Espanha. Uma fonte apontou à ANSA que as partidas poderiam começar amanhã.

Smith explicou que a informação que "deram à família" é que eles se reunirão com García Paneque e com outros detidos, junto a seus parentes, para viajar.

Os familiares de outro dos presos que teve sua liberdade anunciada, Antonio Villareal, também deixaram Santa Clara, no interior do país, e se deslocaram para a capital.

As libertações têm sido comunicadas nos últimos dias, depois de uma reunião na qual foi discutida a situação dos detidos, já que muitos deles estariam doentes.

Entre os presentes no encontro estavam o presidente cubano, Raúl Castro; o chanceler Bruno Rodríguez; o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega, e o ministro das Relações Exteriores da Espanha, em visita ao país, Miguel Ángel Moratinos -- que declarou que seu país poderia receber os dissidentes. (ANSA)

2 comentários:

  1. Querido amigo passei por aqui e li todos os seus textos, como sempre maravilhosos. Adoro aprender política com você!

    Beijos

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  2. parabéns à igreja católica e ao governo espanhol que souberam negociar

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