sábado, 9 de outubro de 2010

CONGRESSO RENOVADO.

A Gazeta


O Congresso Nacional inicia a legislatura 2011/2014 com a composição das bancadas muito modificada, tanto na Câmara quanto no Senado. As mudanças são interpretadas como tentativa da população de melhorar o desempenho do Legislativo - desgastado nos últimos anos, apesar de as duas Casas contarem com bons políticos.

Nas eleições deste ano, mais do que nas anteriores, houve uma mobilização popular muito forte em favor da ética e da moral na prática política. Os eleitores de diferentes Estados barraram nas urnas a grande maioria dos candidatos impugnados pela Lei da Ficha Limpa.

A indefinição por parte do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa em 2010 não inibiu o propósito dos eleitores conscientes de selecionar candidatos para votar. Dos 165 que disputaram as eleições com o registro indeferido com base na legislação, graças a recursos judiciais, 151 não obtiveram número de votos para se eleger. Só esse fato já garantiu parte da renovação das cadeiras na Câmara, no Senado e nas Assembleias Legislativas.

Registre-se também que vários parlamentares de alto conceito foram reeleitos para a Câmara e para o Senado. Outros preferiram a disputa de outros cargos. Dos 513 parlamentares que integram a Câmara dos Deputados, 224 não terão assento entre 2011/2014. A renovação é de 43,7% - percentual elevado, embora um pouco menor do que 48,7% em 2006.

Esse resultado modificou a divisão das cadeiras por partido na Câmara. O PT saiu das urnas com a bancada mais numerosa: elegeu 88 deputados, contra 83 em 2006. Outras agremiações também cresceram, inclusive os chamados partidos pequenos, enquanto algumas recuaram.

O PMDB fez 79, dez a menos do que há quatro anos; o PSDB, 53 contra 66. Já o DEM elegeu 43 deputados, bem menos do que os 65 eleitos em 2006, quando se chamava PFL; o PP manteve o mesmo quadro de deputados: 41; o PR também fez 41, quase o dobro dos 23 eleitos em 2006, quando o partido se chamava PL; o PSB elegeu 34, tinha 27. Outros partidos elegeram 134 deputados federais.

No Senado, das 54 vagas disputadas nas eleições deste ano, 33 ficaram com candidatos que nunca haviam ocupado uma cadeira na Casa. A maior bancada será a do PMDB. O partido manteve o quadro de 20 senadores. O PT elegeu 13 senadores. Há quatro anos contava com 11; o número de representantes do PSDB na Casa diminuiu de 13 para 10; o Democratas ficou com oito senadores, menos da metade dos 17 que elegera em 2006.

Já a bancada do PP no Senado em 2006 tinha apenas um e agora ficou com cinco integrantes; PTB e PR mantiveram a bancada de quatro senadores cada um; o quadro do PSB passou de três para quatro senadores; o PDT recuou de quatro para três; e outros partidos elegeram 10 senadores.

Teoricamente, a nova composição partidária da Câmara pode ser mais ou menos favorável ao Palácio do Planalto, conforme o presidente que será eleito. No entanto, o próximo governo, tal como os anteriores, terá de costurar alianças partidárias para formar bloco de apoio. E isso não é tudo. Às vezes, é muito difícil manter consenso dentro da base governista. A oposição pode estar dentro dela.

O fato é que grandes temas de interesse do país deverão ser submetidos ao Congresso nos próximos anos e, obviamente, espera-se de deputados e senadores respostas à altura dos interesses da coletividade. As decisões do Legislativo são indispensáveis ao prosseguimento das conquistas econômicas e sociais verificadas no país.

Dos 165 candidatos que disputaram as eleições, mesmo enquadrados na Lei da Ficha Limpa, 151 não se elegeram

5 comentários:

  1. Dr. Você que se diz contra o aborto. Responda-me - mas sem respotas Serranas. Quantos abortos você já praticou? Quantas pacientes você já aliciou?
    Não minta pro papai.

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  2. Serra e sua tucanada é um mau que não queremos repetir. Fora tucanada.

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  3. ANDRÉA JUBÁ VIANNA – Agência Estado
    Em encontro hoje com mais de 50 lideranças de igrejas evangélicas de todo o País, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reafirmou o compromisso de não apoiar o projeto de legalização do aborto nem da união civil entre homossexuais, além de manter a liberdade religiosa no País. Segundo relato de um dos participantes do encontro, Dilma afirmou que precisará de Deus, em primeiro lugar, e dos votos dos brasileiros, em segundo, para ser eleita.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o horário de almoço – fora do expediente – para participar do encontro da candidata com os evangélicos. Ele pediu o apoio dos líderes presentes para que ajudem a combater as insinuações contra a candidata. Lula, segundo participantes do encontro, afirmou que no passado vivenciou uma onda de ataques como essa. Ele lembrou que seu governo garantiu liberdade para igrejas evangélicas e destacou avanços na área social.

    Segundo o pastor Evanir Moura, da Federação Evangélica de Santa Catarina, serão divulgados dois manifestos. Um da parte dos líderes evangélicos declarando apoio a Dilma e outro da candidata, comprometendo-se a cumprir os pontos acordados no encontro.

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  4. “Monica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor”, afirma ex-aluna da mulher de presidenciável
    outubro 13th, 2010 | Autor: Jussara Seixas
    13/10/2010 12:39, Por Redação, do Rio de Janeiro e São Paulo

    O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.
    Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: “Votei no Plínio (de Arruda Sampaio)”, declara. Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida. Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida “drástica e contundente”, como fez questão de frisar. Sem resposta
    Diante da afirmativa da ex-aluna de Sylvia Monica Serra, o Correio do Brasil procurou pelo candidato, no Twitter, às 23h57:

    “@joseserra_ Sr. candidato Serra. Recebemos a informação de que Dnª Monica Serra teria feito um aborto. O sr. tem como repercutir isso?”

    Da mesma forma, foi encaminhado um e-mail à assessoria de imprensa e, posteriormente, um contato telefônico com o comitê de Serra, em São Paulo. Até o fechamento desta matéria, às 1239h desta quarta-feira, porém, não houve qualquer resposta à pergunta. O candidato, a exemplo do debate com a candidata petista, novamente optou pelo silêncio.

    http://correiodobrasil.com.br/monica-serra-ja-fez-um-aborto-e-sou-solidaria-a-sua-dor-afirma-ex-aluna-da-mulher-de-presidenciavel/185824/

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