O mundo ainda não está refeito dos abalos econômicos provocados pela chamada "bolha" hipotecária americana, que mostrará em 2011 ainda maiores reflexos, notadamente na Europa, com forte ameaça à estabilidade do euro.
A formação econômica do europeu é profundamente conservadora, terrivelmente drástica, a começar pela Alemanha, sem dúvida o país mais organizado do mundo, em termos econômicos.
Toda Europa, no último fim de ano, por exemplo, diante da maior onda de nevasca, ventos fortes e inundações determinou a maior economia de energia do pós guerra, sendo que só a Espanha reduziu em 49% seus gastos com energia para as luzes de Natal.
Alguns países, por exemplo, alarmados com a burocracia estabelecida pela democracia, estudam a redução do número de municípios e, por consequência, o número de prefeitos, vereadores e burocratas de um modo geral, que se transformariam em inutilidades, caso os cargos persistissem.
No chamado grupo europeu, as dificuldades maiores, no presente momento, passam Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda. A Grécia estuda a redução do número de cidades das atuais 1034 para apenas 325. Reduziria, assim, o número de prefeitos, de 6 mil para pouco mais de 2 mil e, por consequência, vereadores e toda burocracia.
Essas medidas draconianas na economia não podem ser dadas num final de ano, para não assustar uma coletividade política muito grande, mas não resta dúvida que 2011 será um ano difícil, não para a Europa, mas para o mundo.
Aqui no Brasil, onde, parece, vivemos no mundo do Lula, onde tudo é formidável, as Câmaras Municipais vão absorver mais 7.716 vereadores, o que quer dizer, atrás desse formidável comboio de oportunistas, que vamos ter, em termos, 12 assessores para cada vereador, ou seja, mais 92.393 novos servidores públicos, por baixo...
Não tem jeito. Senadores, deputados federais, estaduais, prefeitos, vereadores, todos se aumentam da forma mais descontraída e vergonhosa possível, simplesmente porque ninguém tem compromisso com o desenvolvimento nacional.
Quem está se importando que o Brasil seja o maior importador mundial de feijão, arroz, milho, trigo, cebola e alho? Se porventura amanhã ocorrer um problema climático, sério, e os países produtores de trigo, arroz e milho, tiverem problemas de produção, os brasileiros passarão fome. Não temos produção nacional desses alimentos para garantir nosso abastecimento, as necessidades mínimas da sociedade.
Mas somos os maiores empregadores nos serviços públicos, pagamos os melhores salários dos países desenvolvidos aos nossos políticos, embora ostentemos a maior carga tributária do mundo. Será que nossa classe política sabe do que estamos falando?
Vamos ter graves problemas no campo da comercialização com todos os países do mundo, porque todos passaram dificuldades, uns mais, outros menos, mas a economia mundial encolherá tanto que vai nos assustar, porque dependemos seriamente das nossas exportações para poder sobreviver, gastar mais ou menos tudo que conseguimos para gastar com aquisição de remédios, por sermos os maiores dependentes.
Uchôa de Mendonça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário