É uma sopa de letrinhas, siglas e incompetência: MEC, Inep, Enem, Sisu... A lista de falhas de organização e de método cometidas pelo Ministério da Educação (MEC) não para de crescer. De tão graves, elas provocaram a derrubada política de Fernando Haddad. Citado na cena política como uma das possíveis opções de Lula para sua sucessão logo após sucessivos escândalos terem detonado os planos de José Dirceu e Antonio Palocci, Haddad viu seu prestígio cair diante de sua própria ineficiência, escancarada no caso do roubo das provas do Enem 2009 e nas falhas ocorridas com o exame de 2010. Inexplicavelmente, foi reconduzido ao cargo pela presidente Dilma.
Mal o mandato da presidente Dilma Roussef teve início, lá veio de novo o Ministério da Educação. Desta vez, o problema aconteceu com o Sisu - o sistema de seleção unificada para ingresso no ensino superior, com base no Enem. As dificuldades técnicas foram inúmeras: os alunos não conseguiam acessar a base de dados, não podiam fazer suas opções, passavam a madrugada acordados para entrar no sistema... Para piorar, denunciaram a possibilidade de invasão nos seus perfis.
Desta vez, medidas drásticas foram tomadas. Haddad caiu? Não. A opção foi demitir Joaquim Soares Neto, o presidente do Inep, instituto responsável pela organização do Sisu. É de se perguntar: quem é mais responsável pelos erros do Inep, o presidente do instituto ou quem o colocou lá? Jabuti não sobe em árvore, ensina um velho ditado da política.
A educação do país ainda está muito longe do ponto ideal. Há, inclusive, uma enorme confusão entre educação e ensino técnico - durante a campanha eleitoral, os candidatos sempre acenavam com dados sobre cursos profissionalizantes quando eram questionados sobre as propostas para o setor. Mas também é necessário admitir alguns avanços. Entre eles, o Enem - iniciado no governo Fernando Henrique Cardoso e revigorado no governo Lula -, o Prouni e até mesmo o Sisu. Mas esses avanços não podem esconder as falhas clamorosas, cometidas pelo ministério comandado por Fernando Haddad.
Logo na sua posse, a presidente Dilma afirmou claramente sua opção em apostar fortemente na melhoria da educação nacional. Nada pode ser mais importante para o desenvolvimento consolidado da Nação, sem dúvida. Por isso, as palavras da presidente merecem aplauso, elogio, apoio. Mas é difícil acreditar na concretização desse projeto quando se olha na fieira interminável de falhas cometidas recentemente pelo Ministério da Educação. Haddad pode surpreender e fazer desse seu "segundo mandato" algo primoroso? Pode - e até devemos torcer para isso ocorrer. O problema é que nada o credencia nessa prova de competência. Muito pelo contrário. Se tivesse de passar por um exame de aptidão pública, o ministro já teria sido reprovado.
Fonte: A Gazeta.
Mal o mandato da presidente Dilma Roussef teve início, lá veio de novo o Ministério da Educação. Desta vez, o problema aconteceu com o Sisu - o sistema de seleção unificada para ingresso no ensino superior, com base no Enem. As dificuldades técnicas foram inúmeras: os alunos não conseguiam acessar a base de dados, não podiam fazer suas opções, passavam a madrugada acordados para entrar no sistema... Para piorar, denunciaram a possibilidade de invasão nos seus perfis.
Desta vez, medidas drásticas foram tomadas. Haddad caiu? Não. A opção foi demitir Joaquim Soares Neto, o presidente do Inep, instituto responsável pela organização do Sisu. É de se perguntar: quem é mais responsável pelos erros do Inep, o presidente do instituto ou quem o colocou lá? Jabuti não sobe em árvore, ensina um velho ditado da política.
A educação do país ainda está muito longe do ponto ideal. Há, inclusive, uma enorme confusão entre educação e ensino técnico - durante a campanha eleitoral, os candidatos sempre acenavam com dados sobre cursos profissionalizantes quando eram questionados sobre as propostas para o setor. Mas também é necessário admitir alguns avanços. Entre eles, o Enem - iniciado no governo Fernando Henrique Cardoso e revigorado no governo Lula -, o Prouni e até mesmo o Sisu. Mas esses avanços não podem esconder as falhas clamorosas, cometidas pelo ministério comandado por Fernando Haddad.
Logo na sua posse, a presidente Dilma afirmou claramente sua opção em apostar fortemente na melhoria da educação nacional. Nada pode ser mais importante para o desenvolvimento consolidado da Nação, sem dúvida. Por isso, as palavras da presidente merecem aplauso, elogio, apoio. Mas é difícil acreditar na concretização desse projeto quando se olha na fieira interminável de falhas cometidas recentemente pelo Ministério da Educação. Haddad pode surpreender e fazer desse seu "segundo mandato" algo primoroso? Pode - e até devemos torcer para isso ocorrer. O problema é que nada o credencia nessa prova de competência. Muito pelo contrário. Se tivesse de passar por um exame de aptidão pública, o ministro já teria sido reprovado.
Fonte: A Gazeta.
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