Se eu fosse o governador eleito teria mantido Anselmo Tozi na Secretaria de Saúde. Nada contra o nome escolhido por Casagrande para aquela pasta. E tampouco desconheço as carências do setor que recebeu, e continua recebendo, críticas da sociedade principalmente quando ocorrem mortes por falta de leitos de retaguarda e vagas nas UTIs, superlotação no atendimento e deficiências de equipamentos e pessoal. Mas aplaudo de pé o trabalho realizado por Tozi de montar no Estado uma estrutura eficiente de atendimento à saúde a partir da atenção primária nos municípios e das redes regionais resolutivas descentralizando os serviços.
Os resultados do trabalho de Tozi na área de saúde podem ser vistos na redução da mortalidade infantil e materna, na classificação de risco nos hospitais e no fortalecimento dos hospitais filantrópicos. Mas ficarão ainda mais visíveis com a conclusão das obras do Dório Silva e São Lucas que, junto com o Hospital Central, dobram a capacidade de atendimento hospitalar no Estado. Seria bom ver Tozi inaugurando essas obras pelas quais tanto lutou e que consolidam a estrutura da tão sonhada Gestão Plena do Sistema Estadual de Saúde.
Se eu fosse o governador eleito teria mantido Paulo Ruy na presidência da Cesan. Não preciso nem repetir que nada tenha contra a escolha de Casagrande. Mas Paulo Ruy fez o que era inimaginável há pouco tempo: tornar Vitória a primeira capital do Brasil a ter 100% do esgoto tratado, despoluindo o que nós temos de mais bonito que são as nossas praias. Isto ainda não ocorreu, mas está prestes a ocorrer graças ao trabalho de Ruy que esburacou as nossas ruas, é verdade, mas fica credor de um agradecimento que não é só nosso, mas também das futuras gerações. Sem falar que transformou a Cesan em uma referência nacional de gestão, com padrões de eficiência de primeiro mundo.
Se eu fosse o governador eleito teria mantido também Haroldo Corrêa Rocha na pasta da Educação. Haroldo conseguiu tornar a Sedu imune às greves valorizando o magistério (o salário dos professores é hoje quatro vezes maior que o de 2003) e dando aos professores melhores condições de ensino como, por exemplo, o acesso a pendrives e computadores (80% deles têm hoje computadores pessoais graças ao programa que concede uma ajuda de custo de R$ 1,5 mil para aquisição de um notebook).
Se eu fosse o governador eleito teria também mantido Glorinha Abaurre (na Secretaria de Meio Ambiente), que soube manter o indispensável equilíbrio entre a preservação dos nossos recursos naturais (tão defendido pelos ambientalistas) com o desenvolvimento das atividades econômicas (tão defendido pelos desenvolvimentistas). Glorinha conseguiu excelentes resultados no ordenamento dos lixões, na recuperação e conservação dos recursos hídricos e florestas, na outorga do uso da água e no sempre polêmico monitoramento da qualidade do ar.
Se eu fosse o governador eleito tentaria trazer de volta Guilherme Dias à Secretaria de Planejamento para indicar os caminhos que deveríamos seguir. E a nossa tarefa mais difícil seria tentar convencer Paulo Hartung a compor a nossa equipe de governo como um coordenador do secretariado, um gerente, um chefe da Casa Civil, ou ocupando um cargo a ser criado com um nome qualquer, desde que tivesse as atribuições de tocar este Estado pra frente e concluir as obras iniciadas.
E eu, como governador eleito, iria, então, tomar água de coco de canudinho na residência oficial da Praia da Costa.
José Carlos Corrêa - A Gazeta.
MEU COMENTÁRIO: Ainda bem que não é!!!!!!
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