Surpreendido com o tamanho do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff, na casa dos R$ 50 bilhões, o PT promove nesta quinta-feira, 10, um ato político para comemorar seus 31 anos disposto a fazer um "contraponto" à agenda negativa. Apesar das críticas internas ao corte, a ideia é defender o "legado" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que será homenageado -, bater na tecla da empacada reforma política e culpar a mídia por tentar "criar" divergências entre o ex-presidente e Dilma.
Embora a resolução a ser aprovada hoje pelo Diretório Nacional do PT não ataque a tesourada no Orçamento nem passe perto da polêmica do salário mínimo de R$ 545, dirigentes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), reunidos ontem, em Brasília, não pouparam críticas à equipe econômica.
A portas fechadas, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi um dos mais enfáticos nas estocadas contra o ajuste fiscal. Disse que o governo deveria cortar apenas gastos em custeio. Não foi só: insistiu em que o PT não pode ficar refém da agenda traçada "pela oposição e pela mídia".
Em conversas reservadas, petistas chamaram o ajuste fiscal - que o Palácio do Planalto batizou de "consolidação fiscal" - de "dois em um". Motivo: no diagnóstico de integrantes da CNB - a corrente de Lula e de Dirceu, majoritária no partido -, o corte foi maior do que o esperado por incluir gastos do ano passado, feitos na época da eleição.
Picuinha. Um dirigente do PT chegou a dizer que em 2007 Lula "meteu o pé na jaca ao lançar o PAC" - numa referência às despesas previstas no Programa de Aceleração do Crescimento - e depois foi obrigado a promover ajuste no Orçamento.
O texto que norteará hoje a resolução do PT sobre a conjuntura política foi produzido pelo ex-deputado José Genoino. Diz, por exemplo, que o PT não deve gastar energia "com picuinhas e especulações secundárias". "Todas as ações e movimentações dos petistas (disputas regionais, conquistas de espaços e posições no governo e no Parlamento) devem estar submetidas a nosso objetivo primeiro, que é a sustentação do governo Dilma e a defesa das realizações do governo Lula", diz um trecho do documento.
Apesar dos apelos do presidente do PT, José Eduardo Dutra, para um acordo entre os deputados Ricardo Berzoini e João Paulo Cunha - que disputam o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara -, a briga teve novo capítulo ontem. "Nós temos a obrigação de dar todos os votos para o governo, e não criar problemas. Por enquanto, eu e João Paulo não chegamos a um acordo, mas tudo será resolvido", amenizou Berzoini.
Fonte: O Estadão - http://bit.ly/h0gzdx
Embora a resolução a ser aprovada hoje pelo Diretório Nacional do PT não ataque a tesourada no Orçamento nem passe perto da polêmica do salário mínimo de R$ 545, dirigentes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), reunidos ontem, em Brasília, não pouparam críticas à equipe econômica.
A portas fechadas, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi um dos mais enfáticos nas estocadas contra o ajuste fiscal. Disse que o governo deveria cortar apenas gastos em custeio. Não foi só: insistiu em que o PT não pode ficar refém da agenda traçada "pela oposição e pela mídia".
Em conversas reservadas, petistas chamaram o ajuste fiscal - que o Palácio do Planalto batizou de "consolidação fiscal" - de "dois em um". Motivo: no diagnóstico de integrantes da CNB - a corrente de Lula e de Dirceu, majoritária no partido -, o corte foi maior do que o esperado por incluir gastos do ano passado, feitos na época da eleição.
Picuinha. Um dirigente do PT chegou a dizer que em 2007 Lula "meteu o pé na jaca ao lançar o PAC" - numa referência às despesas previstas no Programa de Aceleração do Crescimento - e depois foi obrigado a promover ajuste no Orçamento.
O texto que norteará hoje a resolução do PT sobre a conjuntura política foi produzido pelo ex-deputado José Genoino. Diz, por exemplo, que o PT não deve gastar energia "com picuinhas e especulações secundárias". "Todas as ações e movimentações dos petistas (disputas regionais, conquistas de espaços e posições no governo e no Parlamento) devem estar submetidas a nosso objetivo primeiro, que é a sustentação do governo Dilma e a defesa das realizações do governo Lula", diz um trecho do documento.
Apesar dos apelos do presidente do PT, José Eduardo Dutra, para um acordo entre os deputados Ricardo Berzoini e João Paulo Cunha - que disputam o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara -, a briga teve novo capítulo ontem. "Nós temos a obrigação de dar todos os votos para o governo, e não criar problemas. Por enquanto, eu e João Paulo não chegamos a um acordo, mas tudo será resolvido", amenizou Berzoini.
Fonte: O Estadão - http://bit.ly/h0gzdx
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