terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

TERRORISMO LÁ, HEROÍSMO AQUI.

Cabe à coletividade de falantes (quem pertence à área de línguas sabe disso) no contínuo intercâmbio da comunicação, tornar dinâmico o código apático do sistema da língua e dar-lhe vida, enriquecendo-o com valores significativos, de acordo com as exigências de cada época as quais estabelecem novas formas de expressão.


Nascem, portanto, espontaneamente do todo, da maioria, as alterações sofridas por qualquer língua do planeta. No entanto, o que vem ocorrendo no Brasil, a partir de alguns pares de anos, é que essas alterações são determinadas pela minoria instalada no poder, cujos componentes, alguns sequer sabem, corretamente, verbalizar os seus pensamentos.

Neste mundo que dizem ter nascido de uma explosão, as pessoas costumam morrer ou mutilar-se quando ela acontece. Se o mundo nasceu desse caos explosivo, ele, o caos, escolheu o Brasil para viver. É o caos político, o caos social, o caos educacional, o caos lingüístico. É neste último, e mais perigoso, em que ocorre a cooptação ideológica, pelo modismo da repetição. Interessante é que, na Rússia, atualmente, problemas análogos aos do Brasil recebem o significado devido e os que desejam mexer com o último rebento do Lácio, querem impor pela reiteração e pela bíblia do atraso (PNDH-3) o avesso semântico,

A explosão no aeroporto de Domodedovo, em Moscou, que deixou trinta e cinco vítimas fatais, segundo os jornais, e trinta e seis, segundo a Veja, mais cento e oitenta feridas, foi considerado, pela imprensa moscovita e mundial, como um atentado terrorista. É terrorista, portanto, o mandante deste crime contra todas as liberdades, o checheno Doku Umarov, que usou a internet como confessionário. Não se conhece, ainda, o executor, indivíduo rasteiro, também terrorista, que sujou as mãos e a consciência, em favor do seu indutor. A imprensa brasileira endossou como terrorismo a covarde agressão à vida, maior patrimônio individual, publicando fotos do insano ato dos desajustados de lá.

Em 25 de julho de 1966, as facções clandestinas dos desajustados daqui, hoje repimpados nos galhos da árvore frondosa do Estado, são responsáveis pela bomba no Aeroporto de Guararapes que fez vítimas fatais, inocentes pessoas, que usando das prerrogativas constitucionais de liberdade de ir e vir, tiveram cortada a sua vida, e cortados pernas, mãos e rostos dos feridos, pela selvageria inconcebível. O alvo da maleta explosiva, ‘esquecida’ num local movimentado do aeroporto, era o General Costa e Silva que, por razões outras, havia alterado o seu itinerário. Esta não foi a única manifestação de ausência de dignidade e de elevação moral dos seus executores, outras se sucederam.

Incrivelmente, a imprensa não fala mais em ato terrorista nem nomeia os seus autores com tal designação. Hoje transformaram os celerados em honestas pessoas, cujos atos criminosos são justificados como resultantes do desejo de pôr abaixo a “ditadura militar” e implantar a democracia (?) socialista. Por isso, são, agora, beneficiados com gordas recompensas, pagas pelos contribuintes, muitos deles suas vítimas ou seus familiares.

Não são criminosos, portanto, são idealistas. Por isso, a Sucessora não se envergonha dos seus atos. São heróis e heroínas fanaticamente seguidores de uma religião sanguinária que ofusca a razão dos fanáticos, disseminada e assimilada pelos tolos que formam esse conglomerado chamado ‘povo’.

Assim, um fato semelhante ao ocorrido na Europa ou em outro continente, recebe da imprensa brasileira, despersonalizada, um tratamento leniente, complacente, frouxo, quando ocorrido em terra pindorâmica. Os hoje mandatários, que ditam leis e assinam o que a sociedade deve ou não fazer e dizer (e isto é uma vergonha!) transferirão às obras fabricadas pelos “intelectuais” e professores universitários, seguidores fantoches dos paradigmas doutrinários do caos conceitual, as loas que somente são merecedores os que lutaram pela UNIDADE do país e não pela sua DESINTEGRAÇÃO.

De uma coisa estejam eles certos: a mancha de ontem não sai com a farsa do comportamento democrático de hoje. Filosofia barata, mas verdadeira.

Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira

Um comentário:

  1. Todos nascemos escravos de alguém que repudia a submissão. Ele levanta-se, indica um caminho e todos os seguem! Gibran Khalil Gibran

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