quarta-feira, 30 de junho de 2010

Com vice definido, Serra busca confronto com Dilma.

"Já tendo vice eu vou tentar muito mais tempo para responder perguntar sobre que vou fazer no Brasil", diz Serra


Adriano Ceolin, iG Brasília

Terminada a novela em torno do vice, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, tenta se concentrar na campanha e nos confrontos com a petista Dilma Rousseff. Logo após o anúncio do nome do deputado Indio da Costa (DEM-RJ) como seu companheiro de chapa, o tucano cobrou a presença na ex-ministra no debate na CNA (Confederação Nacional da Agricultura) marcado para esta quinta-feira em Brasília.

“Eu fui ao debate da Confederação Nacional da Indústria, que é presidida pelo deputado Armando Monteiro Neto, do PTB, que apoia o PT. Não sei por que levar em consideração uma questão política para não ir à CNA”, afirmou Serra. O tucano cobrou a presença de Dilma no debate na entidade, que é presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Candidata do PV ao Palácio do Planalto, Marina Silva (PV) também não vai ao debate na CNA.

Desde que Dilma cresceu nas pesquisas, Serra busca o enfrentamento para tentar se mostrar mais preparado do que ela. No debate da CNI em maio passado, antes de dar inicio a sua fala, cobrou a realização de confrontos direito entre os concorrentes à presidência. Nesta quarta-feira, comemorou o fato de ter resolvido a polêmica indicação. “Já tendo vice eu vou tentar muito mais tempo para responder perguntar sobre que vou fazer no Brasil”, completou.

Por que Indio da Costa

Em entrevista coletiva, Serra afirmou que Índio da Costa representa a renovação. O tucano ressaltou, principalmente, a atuação do deputado como relator do projeto Ficha Limpa, que veta a particição de políticos com problemas na Justiça na eleição. “Esse projeto do Ficha Limpa estabelece uma nova relação entre políticos e eleitores”, disse. “Ele (Indio) foi uma das peças chaves”, completou o candidato tucano.

Sequelas com o DEM

Serra afirmou que a crise em torno da escolha do vice não deixou sequelas. Em princípio, havia sido lançado o nome do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que acabou vetado pelo DEM. “A gente tem de olhar para frente. Às vezes, no processo democrático, o tipo de negociação implica em ideias diferentes. Não há outras moedas”, disse. “Indio da Costa representa hoje também uma aliança [com o DEM que é muito forte pelo Brasil”, completou.

Saída de Alvaro

Serra afirmou que foi surpreendido com o lançamento de Osmar Dias (PDT) como candidato ao governo do Paraná com o apoio do PT. O fato acabou sendo decisivo para a retirada da indicação de Alvaro Dias (PSDB) como vice na chapa tucana, já que ele foi apresentado como solução para um palanque forte no Paraná.

“Foi surpreendente. Havia uma solução com um grande nome. O senador Alvaro Dias é um nome preparado, atuante e que se sobressai”, disse. “[Com ele] tinha uma determinada perspectiva política que não se materializou infelizmente. Então, a partir daí, abriu o caminho para outro tipo de solução”, concluiu Serra.

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