sábado, 26 de junho de 2010

SC- A ressurreição da tríplice.

As convenções partidárias programadas para este fim de semana terão focos concentrados hoje no PMDB e no DEM. Amanhã, no PP. Como os progressistas têm situação privilegiada, passando ao largo das confusões, voltas e reviravoltas, os palcos de maior projeção estarão no Ginásio do Sesc, onde o PMDB faz sua convenção, e na Assembleia Legislativa, onde acontece a reunião do DEM.


O PDT também terá encontro no Palácio Barriga Verde. Mantém a tendência de coligar-se com o PP, mas a convenção se esvaziou com a decisão de só homologar as candidaturas à Câmara e Assembleia, e delegando à Executiva a definição das alianças.

A reunião da Executiva do PMDB, ontem, clareou o conturbado quadro político, delineando com alguma segurança as candidaturas e as coligações. O deputado Mauro Mariani não se inscreveu, alegando falta de tempo para construir um leque de coligações. Bateu na porta do PDT, falando com Dagomar Carneiro. Entrou no gabinete do PSB, conversando com Djalma Berger. Chegou a conversar com o governador Leonel Pavan sobre acordo com o PSDB. De todos recebeu resposta negativa. Tinha o projeto de reeleição montado. Sem tempo de TV, sentiu o peso da responsabilidade de partir para uma aventura.

Antes de se dirigir à sede do PMDB, esteve reunido com Luiz Henrique. Deu a lógica. O PMDB ficou sem o candidato forte que já encantava as bases. Ninguém conseguia visualizar Mauro Mariani duelando com Luiz Henrique na convenção estadual. Pelas circunstâncias, uma negativa previsível.

Antes de se dirigir ao partido, Luiz Henrique chegou com novos trunfos. O principal: o comando do PSDB, reunido com o governador Leonel Pavan, dando sinal verde para a volta da tríplice aliança, com a confirmação de Paulo Bauer para a segunda vaga do senado. Tudo acontecendo como se previra após o comunicado de Eduardo Moreira da desistência da candidatura.

Intervenção

O principal debate entre os integrantes da Executiva Estadual deu-se em torno da elaboração das cédulas a serem votadas na convenção. Surpresa! Não se falou sobre a decisão da juíza Lucimeire Maria da Silva, da 5ª Vara Cível do Distrito Federal, negando a concessão de liminar na ação cautelar impetrada pelo PMDB catarinense contra ato de intervenção do diretório nacional.

Luiz Henrique e Eduardo Moreira, já cientes do despacho judicial, chegaram tranquilos. E saíram mais serenos, depois dos aplausos no final da reunião e da foto com os líderes de mãos dadas celebrando a unidade.

— Não haverá intervenção porque é um ato ilegal — sentenciou Luiz Henrique.

— Agora o assunto é da competência da Justiça Eleitoral — completou Eduardo Moreira, menos tenso e mais feliz com as decisões.

As cédulas facilitam apostas para quem quiser jogar nos vencedores. A primeira, para governador:

1) Coligação-PMDB indica vice-governador na chapa da polialiança e uma vaga ao senado

2) Candidatura própria PMDB Edison Andrino candidato a governador.

A segunda, para vice-governador:

1) Eduardo Pinho Moreira (João Matos desistiu)

E a terceira, para senador:

1) Luiz Henrique

2) Paulo Afonso

Entre os líderes presentes das duas correntes, pró-Serra e pró-Dilma, ninguém levantou dúvidas de que a proposta da tríplice aliança vencerá, com aprovação de Eduardo Moreira para vice de Colombo e Luiz Henrique ao senado com Paulo Bauer (PSDB).

Quinze dias após o anúncio da desistência de Moreira, a Assembleia verá a união do PMDB e do DEM em torno de Raimundo Colombo.

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