O editor conversou nesta quinta-feira com Alessandro Barreto, diretor da Geral Investimentos, Porto Alegre, com quem buscou números sobre o que ocorreu depois da megaoferta de ações da Petrobrás, diante dos ruídos de que os bancos Itaú e Morgan teriam revelado antecipadamente relatórios negativos, desobedecendo o período de silêncio imposto pela CVM.
No dia 4 de outubro, data da megaoferta de R$ 120 bilhões, as ações PN da Petrobrás foram cotadas a R$ 27,38, valor que despencou 9% já no dia 7, quando a cotação foi para R$ 25,00. Nesta quinta-feira, o papel registrou alta interessante e no meio da tarde chegou a R$ 26,20.
O lançamento foi um sucesso em função de todos os segredos e sobretudo pelo “efeito manada”.
. Não dá para dizer que as ações da Petrobrás viraram mico, mas os acionistas perderam e perderão muito.
. A Geral Investimentos não quis sequer conversar com o editor durante o período da oferta, porque respeitou o período de silêncio. Todos os entes financeiros que registraram ofertas das ações fizeram o mesmo.
. Na semana passada, o governo e o PT chegaram a denunciar a existência de indícios sobre a publicação de reportagens negativas que sairiam nas edições de final de semana dos grandes jornais e da revista Veja, mas nada aconteceu. A própria candidata Dilma Roussef acusou seu oponente pelos boatos, mas isto era falso.
. Muitos agentes financeiros e inúmeros acionistas acham que foram enganados pelo Itaú e pelo Morgan, dois dos principais coordenadores da oferta, já que não teriam prevenido o mercado sobre suas restrições, mas os bancos alegaram que estavam impedidos de falar, por ordem da CVM.-
- Entre os motivos das revisões de opiniões sobre a Petrobrás, estão a capitalização da empresa, que permitiu ao governo aumentar sua parcela na Petrobras, a redução dos preços do petróleo no mercado internacional, a queda na expectativa de produção no curto prazo e a perspectiva de margens pressionadas. Também entraram na dança as razões políticas, como o uso eleitoral das notícias sobre a megaoperação
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