"Não sou herói. Herói não existe. Foi coisa de Deus mesmo. O herói foi Ele. A gente só foi a ferramenta usada por Ele". A frase é do vidraceiro Gilberto Branco Faraco, 23 anos, um dos responsáveis por resgatar, na quarta-feira, a dona Ilair Pereira de Souza, 53 anos, - que estava em uma casa prestes a desmoronar - de uma enxurrada em São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio. Ele e Daniel Lopes aparecem nas imagens que correram o mundo e foram exibidas no site do jornal "The New York Times" e na rede de TV CNN, entre outros. 
Ele conta que só teve tempo de ouvir o pedido de socorro de Ilair. "Ela estava sob o telhado e não tinha como vermos onde ela estava ao certo. Pegamos a primeira corda, com uma cadeirinha de pintor, daquelas usadas em escalada, e jogamos, mas a cadeirinha ficou presa. Corremos para pegar uma segunda corda, que segurava o andaime e jogamos para ela. Eu tentei umas três vezes, e o Daniel outras três até acertarmos onde ela estava."
Gilberto disse que a operação de resgate durou entre 5 e 10 minutos. "Não dava tempo para pensar muito. Foi um desespero só. O Daniel foi muito forte para fazer o que fez, pois ainda tomou cuidado para que a corda, com o peso de dona Ilair, pudesse se cortar com o atrito na grade do prédio onde estávamos." Ele está na casa de um tio, em Queiroz, e evita dar entrevistas para tentar apagar a imagem de que tenha sido um herói.
Vidraceiro ainda não viu imagens do salvamento
Gilberto reencontrou dona Ilair Pereira de Souza, 53 anos - que na quarta-feira estava em uma casa prestes a desmoronar - na tarde de sexta-feira, quando voltou ao apartamento onde morava para pegar alguns objetos pessoais. "Ela me agradeceu muito, mas o que vale mesmo é que pudemos ajudar uma pessoa. Estamos aqui para isso. Foi tudo muito rápido. Tudo conspirou para dar certo. Quando a reencontrei, fiquei feliz porque vi que ela tinha voltado a sorrir." Apesar de ter corrido o mundo, Gilberto ainda não viu as imagens do salvamento.
"Ainda não vi a cena da gente tirando ela da água e puxando para o prédio. Só lembro do que aconteceu, mas ainda não vi o vídeo. Estou sem energia e internet na casa de meu tio desde aquele dia. Não tenho nem ideia direito do que aconteceu na região com essa chuva."
Alerta salva vidas de moradores
Em Areal, cidade da Região Serrana, um aviso de "alerta máximo" feito pela prefeitura do município em um carro de som impediu que a cheia do Rio Piabanha, que corta a cidade, provocasse estragos maiores. A prefeitura pediu que moradores fossem para local seguro pois o leito subiria em minutos. (Com informações do G1)
Eles viram tudo de perto e sobreviveram
"Só consegui salvar meu terço"
Marlene da Silva Vicente, 57 anos teve a casa coberta por lama
"Não deu tempo de pegar nada, saí correndo com a roupa do corpo. O que estou vestindo é roupa de doação. A única coisa que veio comigo é o terço, mas só porque ele estava no meu bolso. Só hoje (sexta-feira) que vou ver como ficou minha casa. Só sei que ela estava com barro pela metade das paredes"
"Nunca vi a morte de tão perto"
Gladys Garcia, 50, dentista Ficou mais de 12h isolada no trabalho
"Estava de plantão com outras 20 pessoas na Unidade de Pronto Atendimento quando começou a chover forte. A água cercou o prédio e começou a entrar por todos os lados, por volta de meia-noite. Tentamos sair pelo telhado, mas ele afundou. Muitos de nós não sabíamos nadar. Tínhamos a certeza de que íamos morrer ali, sozinhos"
"De repente só tem terra"
Werner Hiller, empresário Teve a casa destruída por um deslizamento
"Nenhum filme vai mostrar o que a gente viu, o que a gente presenciou. Nenhum livro vai conseguir explicar o que nós tivemos. Não tem como. É só tristeza, e a mente com aquilo gravado dia e noite. Você vê cinco casas sumirem, em apenas um minuto depois você tem só um monte de terra. É muito difícil"
Fiquei feliz porque ela voltou a sorrir", Gilberto Faraco, vidraceiro que resgatou dona Ilda da enxurrada.
Eu pensei que ia morrer, mas pedi, pelo amor de Deus, que meus vizinhos não me deixassem morrer ali.", Ilda Pereira, 53 anos, dona de casa resgatada. 
Números da tragédia
7 dias de luto
Período de luto oficial decretado pelo governador Sérgio Cabral no Rio pelas vítimas das chuvas.
610 mortos
Número de mortos confirmado após chuvas na Região Serrana do Rio.
R$ 100 milhões
Valor liberado para o Rio - R$ 70 milhões para o Estado e o restante para 7 municípios.
225 homens
Número de homens da Força Nacional de Segurança que chegaram à Região Serrana.
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/ed4eCF
 
 
 
É com tristeza e indignação crescente que me pronuncio.
ResponderExcluirTRISTEZA por mortes que poderiam ter sido - se não evitadas, pelo menos - e muito provavelmente minoradas.
INDIGNAÇÃO pela incúria dos gestores da RES PÚBLICA que, em sua grande maioria, só têm em mente as PRÓXIMAS ELEIÇÕES.
PROMESSAS POLÍTICAS, geralmente são feitas já com o fito de não serem cumpridas. Quedar-se-ão nas 'dobras do esquecimento'...
Imaginam esses maus políticos - POLITIQUEIROS,na verdade, que estão a lidar ou com pessoas que sofrem de DESVIOS MENTAIS de qualquer espécie, ou são portadoras de DOENÇAS DEGENERATIVAS CEREBRAIS.
A NAÇÃO BRASILEIRA (lei-se NOSSO POVO- nós) é composta de número muitíssimo grande de pessoas que, mesmo humildes, têm bom coração, boa índole e Principios. E isso não é oriundo da educação - ou instrução, mas da alma mesmo do povo desta nossa amada terra.
Esses homems são heróis:Gilberto Branco Faraco,Daniel Faraco foram os que resgataram na última quarta-feira, a senhora Ilair Pereira de Souza, 53 anos.
Outros heróis há, cujos nomes é impossível recordar. Há um-que assisti via TV,que perdeu mulher e filha. Mesmo sofrendo a imensa dor que lhe assolava a alma, em gesto inusitado de solidariedade, iniciou a auxiliar no salvamento de quantas outras vidas possível fosse.
Há heróis anônimos. Muitos não saberemos nem mesmo os nomes - ou se, ao tentarem salvar outras pessoas, não vieram a perder as suas.
A eles, rendo minhas sinceras homenagens.
Quanto aos irresponsáveis pela gestão do Estado, não merecem nem crédito, nem respeito. Deveriam ser denunciados ao MP (se é que este já não está agindo)para que atue no sentido de que TODOS os que têm a ver com essa calamidade,não só venham
a responder por não terem atuado na precenção, com a construção de obras de contenção e outras como deviam, mas ainda devem investigados e, se realmente sua culpa (DOLO?) dor caraterizada,
sofrer ainda processos de IMPEACHMENT.
BASTA! NÃO ME POSSO MANTER QUEDA ANTE TANTA DESFAÇATEZ.
JAMAIS O FIZ-JAMAIS O FAREI.
Minha consciência não me deixaria dormir uma só noite, pois seria eu conivente, se não tentasse usar meu direito de cidadã.
Penso mais: deveríamos iniciar um forte movimento para que os VALORES TODOS voltem a ser repeitados.
Sei que é difícil isso ocorrer. Mas temos que pensar no futuro, nos pósteros, naqueles que chegarem após termos partido.
O primeiro passo tem que ser dado. Que sejamos nós a fazê-lo.
Com fé, rogo ao Senhor de todos nós, ilumine nossos agires, para que possamor iniciar essa longa caminhada.
Unamo-nos para o bem, para o futuro, para evitar a repetição dessa tragédia que veste de negro luto o país.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque OAB/RJ004762
Nota de Esclarecimento:
ResponderExcluirAo reler o comentário por mim expendido sobre esta matéria constatei vários erros de digitação e outros.
"A pressa é inimiga da perfeição", diz o anexim. Uma CORRIGENDA tomar-me-ia mais tempo do que corrigí-la e repostá-la. É o que farei,
solicitando desde já ao Dr Marco Sobreira, a gentileza de desconsiderar o comentário acima, pois assim que terminar de corrigi-lo o postarei.
Desde já agradecida pela compreensão,
Subscrevo-me atenciosamente.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque