sábado, 5 de fevereiro de 2011

DILMA ENFRENTA CUNHA E ALVES.

Diante das ameaças feitas pela bancada do PMDB na Câmara de entregar todos os cargos no governo se não mantivesse o comando de Furnas, a presidente Dilma Rousseff decidiu ontem nomear o engenheiro Flávio Decat para a presidência da estatal como uma forma de barrar a pressão dos peemedebistas ligados ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Dilma ficou especialmente contrariada com as declarações do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), ao GLOBO rejeitando a indicação do nome de Decat, ex-diretor da Eletrobras, que tem proximidade com ela e com o grupo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A decisão da presidente Dilma foi tomada no final da manhã, depois de uma reunião que contou com as presenças do vice-presidente Michel Temer e dos ministros Antonio Palocci (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais). Segundo relatos, a presidente não gostou de ter sido desafiada com a exigência feita pela bancada do PMDB do Rio de Janeiro de fazer a nova nomeação.


A escolha do engenheiro Flávio Decat para a presidência de Furnas deu ainda mais força para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e para o aliado de primeira hora da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Decat é amigo de longa data do filho mais velho de Sarney, Fernando Sarney, indiciado em investigações sobre corrupção e que tem indicado parte dos presidentes e diretores do setor elétrico do governo desde os tempos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: Foha de São Paulo

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