A incontestável importância das redes sociais nos protestos contra Hosni Mubarak no Egito provocou uma leitura apressada a respeito da falta de relevância dos veículos de comunicação tradicionais nos mesmos episódios. Infelizmente, os fatos provaram o equívoco dessa avaliação - e da forma mais trágica possível, com agressões a jornalistas estrangeiros e a morte de um repórter-fotográfico egípcio, baleado por um franco-atirador.
Desde 2001, nas Filipinas, a internet e as redes sociais tornaram-se instrumentos cada vez mais comuns de mobilização política. No caso do Egito, o governo tentou evitar os protestos limitando o acesso à web. Em vão. Assim como ocorreu com parte da imprensa local, incapaz de captar o movimento surgido silenciosamente na internet, o governo também não notou o óbvio: o rastilho da rebelião já havia avançado a um ponto no qual não era mais possível ser contido.
A força da rede social é mesmo imensa. Mas isso não diminui a importância de outros meios de comunicação. Assim como já havia acontecido no caso WikiLeaks - quando Julian Assange procurou grandes publicações para divulgar os relatórios conseguidos por ele, para legitimar suas denúncias -, os veículos tradicionais passaram a ser o alvo principal dos defensores do regime de Mubarak, por conta de sua credibilidade. Alvos mesmo, com policiais e soldados do Exército partindo para a intimidação e a agressão contra os jornalistas estrangeiros e locais.
Os fatos, lamentáveis, acabam por comprovar algo importante: a cobertura jornalística ganha maior repercussão quando feita pela imprensa. É curioso o fato de estarmos tratando de uma cobertura tradicional sobre fatos surgidos a partir das redes sociais. Aí, talvez, esteja o resumo desse episódio: as novas redes e os velhos meios não se anulam; na verdade, caminham para, cada vez mais, ser complementares. Esse foi um dos recados, sangrentos, surgidos da explosão da ira egípcia.
Fonte: Antonio Carlos Leite - http://glo.bo/gvrVpK
Desde 2001, nas Filipinas, a internet e as redes sociais tornaram-se instrumentos cada vez mais comuns de mobilização política. No caso do Egito, o governo tentou evitar os protestos limitando o acesso à web. Em vão. Assim como ocorreu com parte da imprensa local, incapaz de captar o movimento surgido silenciosamente na internet, o governo também não notou o óbvio: o rastilho da rebelião já havia avançado a um ponto no qual não era mais possível ser contido.
A força da rede social é mesmo imensa. Mas isso não diminui a importância de outros meios de comunicação. Assim como já havia acontecido no caso WikiLeaks - quando Julian Assange procurou grandes publicações para divulgar os relatórios conseguidos por ele, para legitimar suas denúncias -, os veículos tradicionais passaram a ser o alvo principal dos defensores do regime de Mubarak, por conta de sua credibilidade. Alvos mesmo, com policiais e soldados do Exército partindo para a intimidação e a agressão contra os jornalistas estrangeiros e locais.
Os fatos, lamentáveis, acabam por comprovar algo importante: a cobertura jornalística ganha maior repercussão quando feita pela imprensa. É curioso o fato de estarmos tratando de uma cobertura tradicional sobre fatos surgidos a partir das redes sociais. Aí, talvez, esteja o resumo desse episódio: as novas redes e os velhos meios não se anulam; na verdade, caminham para, cada vez mais, ser complementares. Esse foi um dos recados, sangrentos, surgidos da explosão da ira egípcia.
Fonte: Antonio Carlos Leite - http://glo.bo/gvrVpK
Tu bem o FHC, mas ele teve oito anos no poder e nada fez para mudar este sistema centralizado que vivemos, leio seus os artigos do FHC, e fico tentando entender porque ele não ataca o sistema, será que é porque faz parte dele? O PT piorou a centralização.
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