Os recentes levantes populares no mundo árabe, principalmente na Tunísia e no Egito, trouxeram aos olhos dos líderes ocidentais a possibilidade de ascensão de governos islâmicos fundamentalistas semelhantes ao do Irã. Os impasses já vividos com este regime alertaram os EUA e alguns países europeus quanto à onda de protestos no mundo árabe. No entanto é preciso considerar se há motivos que justifiquem esse receio.
A onda de protestos na Tunísia foi uma surpresa. O país tem IDH alto, é o mais bem posicionado entre os africanos e está pouco atrás do Brasil nesse ranking (81° e 73°). Governado por Ben Ali desde 1987, a nada democrática Tunísia vivia alguma estabilidade política e prosperidade econômica.
Além disso, a Tunísia tem um regime secular que apresentava a melhor emancipação feminina dentre os países do mundo árabe. O governo gozava de certa estabilidade dada àquela prosperidade econômica, o que fazia sua população aceitar o autoritarismo. No entanto essa prosperidade já não se via há algum tempo, gerando a revolução que forçou Ben Ali a renunciar.
Até o momento, não há sinais de que um regime fundamentalista tomará o poder no país, apesar de ser incerta a natureza da próxima gestão.
O Egito, por sua vez, foi a peça seguinte do dominó. Após 18 dias de protestos, Hosni Mubarak renunciou e entregou o poder às Forças Armadas, que formação um governo transitório até as já marcadas eleições de setembro. O país, apenas o 101° no ranking de IDH, passa por uma crise que compromete os empregos da juventude, parcela considerável da população.
Com a queda de Mubarak, o governo transitório terá de acenar para a superação da crise, assim como terá de organizar as eleições presidenciais de setembro. O descontentamento da população era com a situação econômica e com a corrupção, mas não com a secularização do país. A Irmandade Muçulmana, que liderou a oposição nas negociações com o governo antes da renúncia não parece mais ser um grupo extremista. Além disso, apesar de ter o apoio de aproximadamente 35% da população egípcia, também ela foi desautorizada em praça pública ao falar em nome do povo.
Apesar do medo dos líderes ocidentais sobre a ascensão de regimes fundamentalistas islâmicos e anti-Israel no mundo árabe, o cenário que parece se montar não é o de um efeito dominó sobre o fundamentalismo, mas sim sobre uma onda democratizante.
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/gCZ2rC
A onda de protestos na Tunísia foi uma surpresa. O país tem IDH alto, é o mais bem posicionado entre os africanos e está pouco atrás do Brasil nesse ranking (81° e 73°). Governado por Ben Ali desde 1987, a nada democrática Tunísia vivia alguma estabilidade política e prosperidade econômica.
Além disso, a Tunísia tem um regime secular que apresentava a melhor emancipação feminina dentre os países do mundo árabe. O governo gozava de certa estabilidade dada àquela prosperidade econômica, o que fazia sua população aceitar o autoritarismo. No entanto essa prosperidade já não se via há algum tempo, gerando a revolução que forçou Ben Ali a renunciar.
Até o momento, não há sinais de que um regime fundamentalista tomará o poder no país, apesar de ser incerta a natureza da próxima gestão.
O Egito, por sua vez, foi a peça seguinte do dominó. Após 18 dias de protestos, Hosni Mubarak renunciou e entregou o poder às Forças Armadas, que formação um governo transitório até as já marcadas eleições de setembro. O país, apenas o 101° no ranking de IDH, passa por uma crise que compromete os empregos da juventude, parcela considerável da população.
Com a queda de Mubarak, o governo transitório terá de acenar para a superação da crise, assim como terá de organizar as eleições presidenciais de setembro. O descontentamento da população era com a situação econômica e com a corrupção, mas não com a secularização do país. A Irmandade Muçulmana, que liderou a oposição nas negociações com o governo antes da renúncia não parece mais ser um grupo extremista. Além disso, apesar de ter o apoio de aproximadamente 35% da população egípcia, também ela foi desautorizada em praça pública ao falar em nome do povo.
Apesar do medo dos líderes ocidentais sobre a ascensão de regimes fundamentalistas islâmicos e anti-Israel no mundo árabe, o cenário que parece se montar não é o de um efeito dominó sobre o fundamentalismo, mas sim sobre uma onda democratizante.
Fonte: A Gazeta - http://glo.bo/gCZ2rC
Vamos ver quando é que o nosso povo vai acordar. Aqui já vamos para 14 anos de hegemonia petista, corrupção, fraude eleitoral e pesquisas manipuladas, igualzinho ao Egito de Mubarak.
ResponderExcluirCompletamos 8 anos de petismo forçado por fraudes eleitorais, um 'impeachment' que foi abafado, mais 4 anos de governo de substituta "escolhida" interina, e depois teremos mais 8 anos de lulopetismo se não mudarem a Constituição antes. Assim, teremos 20 anos de PT hegemônico. E olhem os blogs petistas para constatarem que o PT quer mais 30 anos no poder. Isso oficialmente. E onde ficou nossa frágil ex-democracia?
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