segunda-feira, 25 de abril de 2011

CADÊ OS FREIOS?

Com a desidratação da oposição, muitos se perguntam qual partido impõe limites ao governo petista. Há quem diga que o PMDB é o grande freio do PT dentro do governo. Esta visão tem a seguinte justificativa: como o PT depende do PMDB para manter a governabilidade sua margem de manobra política fica restringida aos acordos com os peemedebistas.


Todavia, até que ponto o PMDB limita o PT?

Façamos um breve resumo do DNA do PMDB: partido dividido em feudos e que em alguns estados têm vários donos. O PMDB governista não fala a mesma língua do PMDB de vários estados. O caso mais aberrante envolve o vice-presidente da República Michael Temer. Ele é de São Paulo, foi vice na chapa de Dilma Roussef, mas o PMDB paulista, liderado por Orestes Quércia (falecido no final de 2010), apoiou a candidatura de José Serra, e integra a base do governo tucano no estado.

As lideranças regionais peemedebistas não respondem a uma agenda partidária vertical, lutam para defender seus interesses locais e tem carta-branca para seguirem caminhos distintos do PMDB central. No PMDB há mais preocupação em manter privilégios dentro do Estado do que lutar por uma ideologia.

Portanto, nem para o PT e nem para o PMDB interessa que ocorram tremores no governo. O primeiro quer governabilidade e o segundo quer manter seus privilégios. Afinal, ambos comem do mesmo bolo. De mais a mais, PMDB e PT batem cabeça por cargos, não por idéias. (portanto, este tipo de freio só aumenta a necessidade de haver uma oposição que desvende o que há de tenebroso na calmaria que favorece aos que estão aboletados no Estado).

Afora, o governo do PT tem liberdade para expedir medidas provisórias - e com a contribuição do PMDB aprova tudo o que quer – e atender à agenda dos movimentos sociais (dos "gays" aos sem terra). Nunca antes na história deste país, movimentos sociais nadaram tanto em dinheiro público como agora. Ou os freios do PMDB andam gastos ou tem gente ouvindo miado da boca de zebra.

No mais, qualquer partido que chega ao governo dentro do “sistema” de coalizações terá seus movimentos limitados. E temos de pensar na sociedade como freio. O PNDH3 foi barrado muito mais pelas vozes de repudio que se erigiram da sociedade do que por ações partidárias

Fonte: Via Politica - http://bit.ly/foY2Dm

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