terça-feira, 20 de setembro de 2011

POLITICA DE UM GRUPO SÓ.

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A oposição partidária, além de fragmentada, parece que tem medo de peitar certas ações da anterior e da atual administração

Antes da chamada abertura democrática brasileira, dois grupos ou partidos políticos dominavam a cena: Arena e MDB, mas, de acordo com a vontade dos militares, na prática apenas um mandava para valer: a Arena, uma invenção da ditadura.

Da abertura democrática para cá, com a adoção do pluripartidarismo, tudo fazia crer que mais de um grupo passaria a dominar a cena política brasileira, vez que nasceram o PMDB - o velho manda brasa com um "p" antes para dizer que virou partido de verdade - e dele vieram vários ideólogos criando alguns dos partidos que existem hoje: PT, PSDB, PSB, PCB, PV, PCdoB e dezenas de outros partidos que vieram depois.

O velho PMDB virou um verdadeiro garanhão, fazendo filhos a torto e direito. Ficou difícil saber quantos já nasceram e quantos ainda nascerão; são dezenas, no entanto, apenas um grupo político manda. A política de um grupo só é formada de todos os partidos da base aliada, e aí não sobra nada para fazer oposição ao governo, porque os que se dizem oposição não dão sequer para fazer cosquinha, uma vez que o rolo compressor da base aliada não deixa e aprova tudo do jeito que o PT e seus seguidores querem.

Na prática, o Brasil que tanto lutou para conquistar a democracia virou refém de um grupo apenas; a tão propalada e sonhada abertura democrática praticamente não existe para valer em termos políticos, pois tudo o que o governo quer consegue por meio de uma maioria parlamentar na base de troca de favores, do empreguismo capaz de manipular a consciência política dos brasileiros. Com isso, o atual governo, como o anterior sob a tutela de Lula, não tem oposição do Congresso e menos ainda de instituições que antes da era PT iam para as ruas e faziam importantes movimentos como Diretas Já, Fora Collor e outros, que contavam com a ação vigorosa da CUT, UNE, OAB, MST e do próprio PT.

A oposição partidária, além de fragmentada, parece que tem medo de peitar certas ações da anterior e da atual administração, medo ou incompetência para exercer o seu papel de postuladora e fiscal dos interesses públicos. Por outro lado, os tribunais superiores parecem acuados e por conta disso sem condição de peitar ações que deveriam ser embargadas, até porque alguns dos seus membros foram nomeados pelos presidentes de plantão no cenário nacional.

Pena que tenhamos saído da ditadura militar e tenhamos caído na ditadura de uns poucos partidos e de ONGs que mandam mais do que a maioria do povo brasileiro

Alencar Garcia de Freitas - A Gazeta

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