Após reunião da coordenação da campanha do PSDB que ocorreu nesta segunda-feira (14), em São Paulo, o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do partido, informou que o partido irá tomar medida judicial para cobrar responsabilidades no caso da suposta quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente tucano. Segundo denúncias, a quebra de sigilo teria sido feita por pessoas contratadas pela equipe de campanha do PT, com o objetivo de atingir os tucanos e, em especial, seu candidato a presidente, Jose Serra.
A decisão foi tomada após a reunião desta segunda e após conversas com o próprio Eduardo Jorge. "Vamos levar para a justiça o que deve ser levado. O PSDB vai sim levar o caso à justiça e nos próximos dias avaliaremos como isso será feito", disse Guerra. No último sábado, o jornal Folha de S. Paulo publicou matéria que denunciava a elaboração de um dossiê contra Jorge que conteria documentos revelando o depósito de R$3,9 milhões na conta do dirigente tucano.
Está marcado para a próxima quarta-feira (16) um encontro com o advogado Ricardo Penteado apenas para tratar desse assunto. O deputado Gustavo Fruet (PSDB) é quem tem liderado as ações tucanas na Câmara Federal. "O PSDB vai mal, está sem serviço secreto", ironizou Guerra. "Há um conjunto de ações nos últimos três meses que culminaram nesse episódio. O limites da convivência democrática foram corrompidos. O PSDB precisa de uma campanha dentro da lei".
Vice de Serra
Estiveram presentes na reunião nesta segunda-feira Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM e o senador Jorge Bornhausen, do mesmo partido. Eles seguem reivindicando para sua legenda a indicação do nome para ocupar a vice-presidência na chapa de José Serra. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, revelou que a tomada dessa decisão está próxima. "A solução será dada com eles. Se tiver que ser alguém do DEM, será", disse.
Questionado se ele próprio poderia ser um bom nome para o cargo, Guerra respondeu que não vai recusar um convite que não recebeu e que, "provavelmente", não receberá. Garantiu que a questão ainda não foi avaliada por Serra.
Ao final, Guerra revelou que o imbróglio sobre quem seria o candidato da oposição na disputa ao governo de Santa Catariana foi resolvido. O candidato da chamada tríplice aliança, que envolve PSDB, PMDB e DEM será o senador Raimundo Colombo, dos Democratas.
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