A maior mobilização ocorreu em Brasília: cerca de 25 mil pessoas se reuniram pela faxina ética na política
Convocadas pelas redes sociais, manifestações contra a corrupção atraíram pelo menos 30 mil pessoas em várias cidades do país, como Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O maior ato foi em Brasília, onde a Marcha Contra a Corrupção surpreendeu e reuniu na Esplanada dos Ministérios cerca de 25 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, durante o desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Pátria.
Os manifestantes apareceram com faixas, cartazes, vassouras representando a faxina na política, nariz de palhaço e roupa preta. Entre os alvos do protesto, o Congresso Nacional, criticado pela absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), flagrada recebendo propina. O movimento cobrou punição dos envolvidos no mensalão do PT. O ato, pacífico e apartidário, ocorreu na pista paralela à do desfile oficial do Sete de Setembro e poupou a presidente Dilma Rousseff. Faixas e gritos de guerra cobravam a continuidade da faxina nos ministérios, com a demissão dos envolvidos em escândalos.
A presidente, ministros e autoridades não viram nem ouviram os protestos. Eles ficaram na outra metade da Esplanada - onde cerca de 40 mil pessoas assistiram ao desfile oficial, e onde o esquema foi montado para impedir manifestações antigovernistas.
O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, discursou em cima do caminhão e parodiou o bordão que marcou a passagem do senador José Sarney (PMDB-AP) pelo Planalto: "Brasileiros e brasileiras, sem parodiar qualquer político, do que este país precisa é de vergonha na cara. O povo tem que ir para as
ruas, como nas Diretas Já e no impeachment de (Fernando) Collor. Ladrão tem que ir para a cadeia."
Fonte: A Gazeta
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