Um fato ocorrido nessa semana me motivou a escrever sobre a saúde pública no sul do Espirito Santo, um jovem acidentado em Presidente Kennedy, sofreu traumatismo importante na bolsa escrotal e necessitava urgente de cirurgia urológica. Atendido no PAM , foi avaliado e diante da gravidade foi devidamente encaminhado para a Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim, aí começou a nossa luta, os médicos plantonistas se negaram a aceitá-lo já que a mesma não dispõem de cirurgiões urológicos de sobreaviso para atendimento a estes casos, depois de muita confusão, desentendimentos, policia, autorizamos a ambulância levá-lo para Vitória em busca de socorro no Hospital São Lucas.
Fica uma indagação, como uma cidade do tamanho de Cachoeiro de Itapemirim, com seus dois grandes hospitais, referência para todos os municípios do sul do estado não tem esse tipo de atendimento para a população? A resposta é simples, poucos urologistas, hospitais filantrópicos, e tabela do SUS com valores irrisórios, não incentiva aos profissionais a atenderem os pacientes que não podem pagar um plano de saúde, muito menos particular e que dependem do atendimento público.
A solução passa por uma antiga reivindicação da população sulina, um grande hospital público geral que possa atender as demandas de Cachoeiro e de todos os municípios sulinos e não como quer o Deputado Theodorico Ferraço, transformar o prédio onde funciona a Superintendência do Sul do estado, o famoso "Elefante Branco" em hospital materno infantil, ora, já temos duas grandes maternidades em Cachoeiro, temos maternidades em Itapemirim, Castelo, Alegre e outros municípios, temos o Hospital Infantil, então podemos ficar sem um novo hospital materno infantil, mas não podemos mais abrir mão da construção do hospital público geral e isso tem sido uma das pautas dos manifestantes que têm ido às ruas em todo o sul do estado.
O que falta? força e vontade política de se pensar na população mais carente, corporativismo dos médicos que preferem que as coisas continuem como estão, já que é mais rentável deixar como está pois diante do desespero as pessoas vendem o que tem, fazem empréstimos na ânsia de atender seus familiares, mas quem não tem o que vender, não tem crédito, vai para Vitória ou morre?
Os municípios menores fazem o que podem para atender a sua população e tenho certeza não se furtariam a compartilhar a administração desse Hospital Geral do Sul, que poderia ser em Cachoeiro ou qualquer outro município, talvez o Consórcio Intermunicipal de saúde seja uma maneira de viabilizar essa participação, a população seria a grande beneficiada.
Os tempos são outros, as ruas estão dizendo a nossos dirigentes, cuidado, não aceitaremos mais tanto descaso, o povo está cansado de sofrer, ouçam a voz rouca das ruas ou sofram as consequências!
Dr. Marco Sobreira
Fica uma indagação, como uma cidade do tamanho de Cachoeiro de Itapemirim, com seus dois grandes hospitais, referência para todos os municípios do sul do estado não tem esse tipo de atendimento para a população? A resposta é simples, poucos urologistas, hospitais filantrópicos, e tabela do SUS com valores irrisórios, não incentiva aos profissionais a atenderem os pacientes que não podem pagar um plano de saúde, muito menos particular e que dependem do atendimento público.
A solução passa por uma antiga reivindicação da população sulina, um grande hospital público geral que possa atender as demandas de Cachoeiro e de todos os municípios sulinos e não como quer o Deputado Theodorico Ferraço, transformar o prédio onde funciona a Superintendência do Sul do estado, o famoso "Elefante Branco" em hospital materno infantil, ora, já temos duas grandes maternidades em Cachoeiro, temos maternidades em Itapemirim, Castelo, Alegre e outros municípios, temos o Hospital Infantil, então podemos ficar sem um novo hospital materno infantil, mas não podemos mais abrir mão da construção do hospital público geral e isso tem sido uma das pautas dos manifestantes que têm ido às ruas em todo o sul do estado.
O que falta? força e vontade política de se pensar na população mais carente, corporativismo dos médicos que preferem que as coisas continuem como estão, já que é mais rentável deixar como está pois diante do desespero as pessoas vendem o que tem, fazem empréstimos na ânsia de atender seus familiares, mas quem não tem o que vender, não tem crédito, vai para Vitória ou morre?
Os municípios menores fazem o que podem para atender a sua população e tenho certeza não se furtariam a compartilhar a administração desse Hospital Geral do Sul, que poderia ser em Cachoeiro ou qualquer outro município, talvez o Consórcio Intermunicipal de saúde seja uma maneira de viabilizar essa participação, a população seria a grande beneficiada.
Os tempos são outros, as ruas estão dizendo a nossos dirigentes, cuidado, não aceitaremos mais tanto descaso, o povo está cansado de sofrer, ouçam a voz rouca das ruas ou sofram as consequências!
Dr. Marco Sobreira