O senador Demóstenes Torres (DEM) disse, na manhã desta sexta (18), ao participar de Congresso de Direito Administrativo em Goiânia, que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em vetar a participação dos políticos condenados pela Justiça antes da data de sanção da Lei da Ficha Limpa (07/06) representa um grande avanço na lei eleitoral brasileira. "Graças a Deus, vamos ficar livres dos ficha-suja nesta eleição", disse. "A Ficha Limpa é um tsunami. O pessoal ainda não percebeu, pois acreditam que só quem vai registrar candidatura será atingido. Mas todo mundo na campanha, qualquer um que pisar na bola, poderá ser apanhado", ressaltou Demóstenes.
Para Demóstenes, relator do projeto Ficha Limpa na Cmissão de Constituição e Justiça do Senado, que substituiu no texto original a expressão "tenham sido condenados" por "que forem condenados", ao tratar de quem seria alcançado pela lei, as conseqüências da abrangência da Lei vão ser bem positivas.
"A educação política no Brasil vai melhorar substancialmente. As pessoas agora vão pensar melhor antes de não pagar funcionários que foram contratados para a campanha e em não fazer caixa dois", assinalou. "Acredito que 50% dos atuais políticos em quatro ou seis anos estarão fora das eleições, porque não vão querer cumprir a Lei", opinou sobre o poder de assepsia da Lei Ficha Limpa.
Facultativo
Estendendo a análise sobre o avanço da Lei eleitoral brasileira, Demóstenes sugere que no Brasil o voto passe a ser facultativo, e não obrigatório. "Você não pode obrigar a pessoa a votar, mesmo sendo este um exercício pleno da cidadania. Mas é preciso que se respeite a opinião de quem ache que isto não é bom", opina.
O senador lembra que em alguns países, como os EUA, a pessoa vota apenas se quiser. "Essa é a melhor solução", afirma.
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