quinta-feira, 17 de junho de 2010

PAC INFLADO.

Enfoque do governo Lula é mentir e fantasiar os números do PAC, afirma João Almeida


O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), criticou a maquiagem feita pelo governo do presidente Lula nos investimentos em habitação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) indica que o governo federal incluiu no PAC os financiamentos de imóveis usados – inflando os números em mais de R$ 47 bilhões, dos quase R$ 400 bilhões utilizados em todo o programa. Para o TCU e o IBGE, as operações de empréstimo de imóvel usado não geram impacto nem crescimento na economia.

De acordo com Almeida, o presidente Lula pensa que engana a população inventando dados. “Os investimentos do PAC não contribuem para o crescimento da economia brasileira. Esse crescimento está no aumento do consumo e isso não é sustentável à médio e longo prazo”, criticou o líder tucano.

Ele lembra que, por causa do fracasso do PAC, o presidente da República engloba todos os investimentos feitos pelos prefeitos, governadores e empresários como se fossem do governo. “O PAC tem que ser medido pelos números efetivamente resultantes do desembolso do governo federal”, frisou.

O líder da Minoria na Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR), afirma que o governo tenta justificar que está fazendo algo, sabendo que os recursos aplicados estão estagnados há muito tempo. “Há uma distância entre o discurso e a prática e os dados do TCU comprovam isso. Os investimentos são os mesmos dos últimos anos”, ressaltou Fruet.

Segundo o tucano, é uma prática recorrente do PT apresentar números falsos à população como se estivessem fazendo algo de extraordinário. “É importante que a razão prevaleça”, disse Fruet. O parlamentar afirmou, ainda, que o presidente Lula precisava mostrar ao povo brasileiro que ele aumentou os impostos, que o governo cobra a maior taxa de juros do mundo e paga o menor índice da caderneta de poupança.

→ Relatório do Tribunal de Contas da União informa que os R$ 47 bilhões aplicados para a aquisição de casas e apartamentos usados é maior do que a parcela de empréstimos feita pelo governo federal para a compra de imóveis novos.

→ O TCU critica o grande volume de despesas do PAC com dinheiro do Orçamento da União ainda pendentes de pagamento. Para os técnicos, os chamados restos a pagar serão transferidos para o futuro governo.

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