Enquanto a pré-candidata Dilma Rousseff defende a reforma política e o financiamento público de campanhas como formas de dar mais transparência ao processo eleitoral, o PT optou por esconder os gastos. O partido se recusa a informar o montante gasto na convenção que vai oficializar a candidatura de Dilma. A resposta padrão, que segundo dirigentes será adotada em toda a campanha, é que os valores serão informados apenas à Justiça Eleitoral.
Abordado pelo iG sobre o custo da convenção, o tesoureiro do partido, João Vaccari, respondeu irritado: “não sei”.
Vaccari é alvo de inquérito e de uma CPI da Assembleia Legistativa de São Paulo por suspeita de desvio de recursos da Bacoop, a cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da qual é dirigente.
Questionado sobre a suposta falta de transparência, Vaccari disse: “para você pode ser falta de transparência. Pode chamar como quiser. Mas tudo será declarado à Justiça Eleitoral”. Segundo ele, a decisão de esconder os gastos é uma estratégia de campanha. “Cada partido tem a sua estratégia. A nossa é não divulgar”, disse o tesoureiro petista.
Segundo dirigentes do partido a estratégia foi proposta pelo próprio Vaccari à direção partidária, que acatou o pedido. Embora não faça parte oficialmente da campanha de Dilma, Vaccari será o responsável por administrar milhões de reais em recursos das chamadas “doações ocultas”, pelas quais doadores optam por entregar o dinheiro ao partido que, depois, repassa os recursos aos candidatos. Assim os doadores não aparecem nas declarações entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral.
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