sábado, 16 de julho de 2011

CORRUPÇÃO NO GOVERNO DILMA.

Alvaro Dias diz que, por excesso de corrupção, governo Dilma está envelhecendo antes do tempo
“Esta é uma administração envelhecida e desgastada em práticas, quadros e idéias”. Foi desta forma que o Líder do PSDB, Alvaro Dias, em discurso no Plenário do Senado nesta segunda-feira (11/07), sintetizou sua impressão a respeito dos primeiros seis meses de governo Dilma Rousseff. O senador tucano fez um relato dos recentes casos de corrupção na administração pública federal, lembrando os escândalos que se sucederam ininterruptamente nas últimas semanas e que já levaram a presidente da República a demitir, substituir ou remanejar quatro ministros.

“A sociedade brasileira está impressionada com o número excessivo de escândalos que ocorreram em seis meses de gestão da presidente Dilma Rousseff. A sucessão de casos escabrosos parece ser interminável, fazendo com que o escândalo de hoje faça esquecer o de ontem, já esperando o de amanhã para ser esquecido. Os casos já levaram quatro ministros a serem substituídos. Portanto, ao completar seis meses de gestão o atual governo exibe uma decrepitude precoce, qualificando e reproduzindo palavras de um articulista da Folha de S. Paulo, o Vinícius Motta que disse: ‘uma administração envelhecida e desgastada em práticas, quadros e idéias’. Este ministério não está a altura do Brasil, não só pela forma, mas pelo conteúdo”, afirmou o Líder do PSDB.

O senador Alvaro Dias, que lembrou o caso Palocci, o escândalo dos aloprados e as recentes denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e no Dnit, exortou a presidente Dilma a modificar o atual modelo de distribuição de cargos nos diversos escalões da administração. Para Alvaro Dias, o atual formato privilegia a corrupção, o fisiologismo e o loteamento de áreas do governo, e caso não aconteçam mudanças na relação entre o Palácio do Planalto e os partidos da base aliada, a atual gestão se contaminará de tal forma que não conseguirá finalizar com sucesso o mandato de quatro anos.

“Ou a presidente Dilma desmonta esse modelo promíscuo agora, ou ou terminará mal, muito mal, o seu mandato. Ou aproveita essa oportunidade para fazer uma assepsia, uma varredura, para limpar a sujeira que há nos escaninhos do atual governo, ou terminará certamente condenada pelas pessoas de bem neste País. Não podemos falar em nome de todos os brasileiros, obviamente, mas imagino que os brasileiros de bem haverão de condenar se as providências agora não forem adotadas de forma objetiva e veemente para limpar as estruturas contaminadas do governo com um modelo de promiscuidade indigno de corresponder às expectativas da sociedade. Este modelo institucionalizou o mensalão, que ao contrário do que muitos imaginam, está muito vivo, resistindo às intempéries. Os seis meses da presidente Dilma no poder foram marcados, portanto, por episódios rumorosos estimulados por uma prática deletéria, com a reprovável utilização de recursos públicos”, afirmou o senador do PSDB do Paraná.

Uma das formas que a presidente Dilma teria para tentar resgatar a credibilidade de seu governo, para Alvaro Dias, seria incentivar sua base aliada a assinar o requerimento de criação da CPI dos Transportes, que hoje conta com 23 assinaturas. O Líder do PSDB avalia que a CPI, instrumento capaz de solicitar a quebra de sigilos bancários, fiscais e telefônicos de envolvidos com escândalos de corrupção, tem amplas condições de investigar e apurar quem são os implicados com as denúncias de corrupção na área de transportes. Para o tucano, a CPI faria prestaria um favor ao governo federal.

“A voz de comando para realizar falcatruas na área de transportes partiu de quem? A determinação veio de onde? Quais foram os protagonistas principais e os coadjuvantes nesse processo? E, principalmente, quais foram os beneficiados por esses desmandos, por esses desvios, por essas falcatruas? Essas são questões que poderiam ser respondidas por uma comissão parlamentar de inquérito. E não é de hoje que a denúncia de superfaturamento ecoa aqui no plenário do Senado Federal, tanto é que o senador Mário Couto, reiteradamente convocou o governo a se pronunciar e liderou a coleta de assinaturas para a instalação de uma CPI que teria o objetivo de investigar os desvios de recursos, especialmente por meio do Dnit. O Senador colheu 37 assinaturas, mas, surpreendentemente, mesmo viabilizada regimentalmente a CPI não foi instalada. Ao final do ano foi arquivada. Agora estamos perto novamente de conseguir instalar esta comissão”, disse o tucano.

Ainda sobre o escândalo das obras superfaturas do Ministério dos Transportes e do Dnit, o Líder do PSDB afirmou que a existência de crimes e malfeitos nesta área da administração já é aceita pelo Palácio do Planalto. Alvaro Dias lembrou que foi a presidente Dilma que demonstrou seu espanto com as obras que estavam superfaturadas no Ministério dos Transportes, de acordo com o que veiculou a revista Veja. Ele advertiu ainda que a ida de Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit, ao Senado poderá evidenciar o esquema de corrupção na área.

“Pagot, que está no epicentro desta crise, já disse que não aceitará ser penalizado sozinho. Já sinalizou isso, e o que desejamos é que Pagot, na audiência desta terça-feira, possa dar nomes e, sobretudo, dizer que padrão é esse adotado nos Transportes”, disse o senador Alvaro Dias.

Ao final de seu discurso, o Líder do PSDB voltou a condenar o aparelhamento da máquina administrativa, para contemplar os diversos partidos que compõem a coalizão governista. Para Alvaro Dias, o modelo do loteamento da administração federal puxa para baixo a sua qualidade técnica e “abre portas e janelas para a corrupção”.

“Neste atual modelo de loteamento, o Palácio do Planalto entrega a cada partido que apoia o governo um lote; com isso o partido se torna proprietário dele, e o ministro nem sempre é indicado em razão dos critérios essenciais da probidade, da competência, da qualificação técnica, mas em razão de outros interesses muitas vezes escusos, e quase sempre se sente muito mais grato ao partido do que à presidente. Com esse modelo, a presidente apenas aceita, o partido impõe, e o ministro deve satisfações ao partido e não, à presidente. Portanto, é um modelo incompetente, é um modelo permissivo e, sobretudo, desqualificado, que desrespeita as aspirações e as expectativas do povo brasileiro. Esse é o modelo que tem que ser destruído, e nós vamos insistir incansavelmente para que não se perca essa oportunidade”, concluiu o senador Alvaro Dias.

Um comentário:

  1. Isto e uma vergonha........eu não vou mais votar e filhos da puta men um

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