quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

GOLPE NO SUPREMO

A situação política do Brasil está grave, diante da iminência de ruptura do estado de direito, perpetrado pelos "petralhas", inconformados pela condenação do "subchefe da quadrilha" José Dirceu (o chefe é o Lula).

A manifestação do PT em São Paulo, contra a condenação dos seus membros em razão do julgamento do mensalão, é perfeitamente admissível numa democracia.

Todavia, as manifestações dos "porta-vozes", Tóffoli e Lewandovsky, pedindo a "transformação" da pena de prisão em multa, é um ESCÁRNIO, INADMISSÍVEL DE SER PROPOSTA POR UM JUIZ, AINDA MAIS SE ELE FAZ PARTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Como estou dirigindo este e-mail para diversos amigos, a grande maioria com formação diversa da área jurídica, peço licença para um pequeno esclarecimento, do porque do perigo das manifestações dessas duas figuras nefastas que, infelizmente, teem assento no Supremo.

No Direito penal, o princípio da legalidade se desdobra em outros dois: princípio da anterioridade da lei penal e princípio da reserva legal.

Por anterioridade da lei penal, entende-se que não se pode impor uma pena a um fato praticado antes da edição desta lei, exceto se for em benefício do réu.

Já a reserva legal, estabelece não existir delito fora da definição da norma escrita O princípio nullum crimen, nulla poena sine lege é cláusula pétrea da Constituição.

Como nós sabemos, o Código Penal é TÍPICO.

Na aplicação da Lei Penal, o Juiz não pode se valer, por exemplo, da ANALOGIA.

Os elementos constitutivos de um crime devem ser preenchidos na sua TOTALIDADE.

Portanto, o Juiz deve se ater ao que está escrito na Lei Penal.

Assim, o que pode gerar tais manifestações?

É simples: incentivado por esses dois IMBECIS, a bancada dos Petralhas pode apresentar projeto de Lei, por exemplo, mudando a penalidade dos crimes de corrupção ativa e passiva (crimes contra a Administração Pública) de prisão para pena de multa.

O que acontecerá, se for feita esta alteração nas penas?

Dentro dos princípios Constitucionais e do Código Penal, a LEI POSTERIOR NÃO SE APLICA AOS CASOS JULGADOS ANTERIORMENTE, SENÃO EM BENEFÍCIO DOS RÉUS.

Por exemplo: uma pessoa é condenada a um ano de prisão por furtar uma bicicleta.

Lei posterior, revoga essa penalidade, dizendo não ser crime o furto de bicicleta.

O Réu, INSTANTANEAMENTE, terá de ser posto em liberdade.

Voltando ao mensalão, caso mude a penalidade de prisão para multa nos crimes praticados pelo Zé Dirceu, ele, simplesmente, com os milhões amealhados pela quadrilha, sairá da prisão, caso seja preso, RINDO DE TODO O POVO BRASILEIRO, EXCETO OS SEUS COMPARSAS.

Portanto, a gravidade do assunto é visível: será a desmoralização do Supremo, não de seus membros, e sim da instituição, que representa um dos PODERES DA REPÚBLICA, talvez o mais importante.

Assim, peço a você, caso concorde com os termos dessa minha manifestação, divulgue este e-mail para o maior número de pessoas, a fim de que a Nação fique atenta, e impeça um golpe na tênue democracia brasileira.
 
Carlos Sinatra

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O BRASIL NÃO SERÁ O MESMO

Não faltaram adjetivos no voto do ministro Celso de Mello, favorável à cassação de três deputados por decisão do Supremo Tribunal Federal, para o caso de a Câmara não cumpri-la: intolerável, inaceitável, incompreensível, esdrúxula, arbitrária e inconstitucional será, para o decano da mais alta corte nacional de justiça o comportamento da casa dos representantes do povo.

Estão deflagradas as hostilidades entre Judiciário e Legislativo, ainda que muitos meses devam decorrer antes dos primeiros tiros. Para que para a sentença contra os deputados se efetive, faltam o acórdão do relator, depois os embargos dos advogados dos réus, em seguida o julgamento de cada um desses recursos, em separado, pelo plenário e, por último, o texto final das sentenças que só então transitarão em julgado. Coisa para o segundo semestre do ano que vem. Tempo há, assim, para o recolhimento das armas e a celebração da paz entre as instituições em conflito.

Nos primórdios da Segunda Guerra Mundial, quando exércitos alemães e aliados encontravam-se frente a frente, sem avançar, a segunda autoridade nazista pilotou um avião, voou até a Escócia e saltou de paraquedas na propriedade de um nobre inglês sensível ao entendimento entre as nações beligerantes. Era Rudolph Hess, logo preso por ordem de Winston Churchill, sem ter oportunidade de fazer qualquer proposta. Morreu na cadeia, décadas depois do fim da guerra, onde dezenas de milhões de soldados e de civis foram sacrificados.

Certamente a vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas, não sabe pilotar aviões, muito menos saltar de paraquedas no quintal do ministro Ricardo Lewandowski, mas se isso acontecesse, não adiantaria nada. O nosso Churchill caboclo, Joaquim Barbosa, não permitiria. Mostra-se disposto a levar a conflagração até o fim, mesmo podendo o Supremo ser bombardeado quase à exaustão, como Londres. Ainda hoje, lamenta-se a maior carnificina da História.

Ignora-se no que vai dar o choque entre Legislativo e Judiciário. Mas o Brasil não será o mesmo, como o planeta não foi, depois de tudo acabado.

Carlos Chagas

DILMA, A ODORICO PARAGUAÇU DE SAIAS



Garantia zero – Analistas do mercado financeiro nacional, consultados pelo Banco Central, derrubaram o ufanista e mentiroso discurso de final de ano da presidente Dilma Rousseff, que foi ao ar em cadeia nacional na noite de domingo (23). De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), véspera de Natal, a projeção da inflação para 2012 subiu de 5,64% para 5,69%, o que desmente a afirmação da presidente de que seu governo controlou a inflação.

Em relação ao próximo ano, que está prestes a chegar, a previsão de inflação, que era de 5,42%, saltou para 5,47%. Para piorar o cenário, a previsão de crescimento do PIB saiu de 3,3% e foi para 3,4%. Contudo, as projeções em relação ao avanço da produção industrial no ano vindouro caíram de 3,5% para 3,3%. No tocante ao crescimento do PIB em 2012, a estimativa ficou no mísero e ridículo 1%.

Sobre o setor externo, os analistas também não apontaram uma situação tão sombria. O Boletim Focus destaca a redução do saldo da balança comercial em 2012, de US$ 19,5 bilhões para US$ 19,25 bilhões. Em 2013, redução de US$ 15,6 bilhões para US$ 15,52 bilhões. Os investimentos internacionais deverão ser mantidos em US$ 60 bilhões neste final de ano e em 2013, mas o déficit em conta-corrente será de US$ 54 bilhões em 2012 e de US$ 64 bilhões em 2013.

Mesmo sabendo desses números, até porque recebe informações antecipadamente em função do cargo, a presidente Dilma Rousseff ousou dizer aos brasileiros que o próximo ano será ainda melhor e pediu a confiança dos empresários do País, cada vez mais massacrados pela invasão chinesa.

Que no Palácio do Planalto mentir é algo que faz parte do cotidiano todos sabem, mas o que Dilma Rousseff fez na noite de domingo foi ler um discurso novelístico de fazer inveja ao saudoso Odorico Paraguaçu. Só faltou Dilma dizer “mormentemente” para se parecer com o prefeito de Sucupira, que se tivesse ouvido o discurso da presidente teria vociferado “Vamos botar de lado os entretantos e partir para os finalmente”.

Fonte: Ucho.Info

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

"ATENTAI BEM, Ó MAGNO MALTA!"



Dita branda – Eleito senador pelo Espírito Santo, Magno Malta, um gazeteiro conhecido no Congresso Nacional, acredita estar acima da lei e intimida jornalistas que buscam informações acerca dos gastos de seu gabinete. Como muitos sabem, os gastos de diversos gabinetes do Congresso são verdadeiras caixas pretas, porque não dizer que muitas vezes são verdadeiras caixas de Pandora.
Há quinze anos em Brasília, ex-correspondente de “A Gazeta” e atualmente de “A Tribuna”, o jornalista capixaba Marcos Rosetti, editor do site Agência Congresso, recorreu ao Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo (Sindijornalistas)para preservas seus direitos e dar um basta na ousadia de Magno Malta.

O Sindicato condena a truculência do parlamentar, já denunciado ao longo de sua carreira por diversas irregularidades e ações semelhantes, que acionou a Polícia Federal para tentar impedir que notícias sobre gastos do seu gabinete fossem colhidas por Rosetti, um profissional reconhecidamente competente e profundo conhecedor da política capixaba.

Por considerar que os direitos do profissional estão ameaçados, a agressão foi imediatamente comunicada a organismos internacionais de imprensa, como a Conferência Latino Americana. Desde o momento da comunicação, o nome de Magno Malta passou a integrar a “lista negra” do jornalismo latino-americano.

É importante destacar que Magno Malta, assim como todos os parlamentares, não é senador, mas está como tal apenas e exclusivamente pelo voto do povo, a quem deve explicações detalhadas do dinheiro público que é mensalmente despejado em seu gabinete. O grande problema da extensa maioria dos políticos brasileiros é pegar carona na fatídica frase “você sabe com quem está falando?” e estar acostumado a dar as indefectíveis carteiradas, como se estivessem acima da lei e fossem melhores do que qualquer cidadão brasileiro.

O Sindijornalistas lembra que a organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou recentemente relatório que coloca o Brasil entre os cinco países em que mais morrem jornalistas em circunstâncias covardes, muitas vezes não esclarecidas. Os outros quatro países são Síria, Somália, Paquistão e México

Magno Malta deveria repensar suas atitudes, pois mesmo com a prerrogativa de foro privilegiado essa e outras tantas confusões podem acabar nos tribunais. Reza a Constituição Federal que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. E não serão um bottom na lapela e um diploma da Justiça Eleitoral que farão de Magno Malta alguém diferente e melhor.

Como dizia o saudoso e folclórico ex-senador Mão Santa quando se instalava na tribuna do Senado para seus longos discursos, “atentai bem, ó Magno Malta!”.

Fonte: Ucho.Info 

A APOTEOSE DO NADA

A nossa suprema mandatária, até o presente, se caracterizou por sua retumbante nulidade.

Quando despediu auxiliares diretos, muitos recebidos como herança de seu mentor, foi em última instância.

Os escabrosos atos de figuras importantes, inclusive ministros, explodiram na mídia não cooptada, com tal intensidade, que nem a poderosa máquina de abafa do PT foi capaz de aguentar o rojão e os feitos desabonadores e os corruptos afloraram além do suportável.

Pressionada, arrastou, e enfim despediu, mas sempre com transparente pesar por ver se afastarem velhos "cumpanheiros".

Esta é a verdadeira história e assim sempre será.

Alguns podem alegar que ela nada fez para impedir ou torpedear o julgamento do mensalão. Pobres ingênuos, ela nada fez ostensivamente que pudesse ser exposta mas, certamente, seguindo os conselhos de seu amado mestre, é fácil imaginar - se quantos pauzinhos foram e serão mexidos.

Ao olharmos no entorno para buscar com sofreguidão qualquer obra, qualquer gesto maior, qualquer acerto na sua gestão, é incrível, porém NADA veremos.

Absolutamente NADA.

Contudo, o NADA é glorificado pelo incauto povo. Em cada não – feito, o populacho vislumbra uma apoteose, uma magnífica obra.

Realmente, o povo nativo tem hábitos estranhos, pois convive e admira a impunidade, ouve mentiras e as aplaude como fosse o lançamento de uma nova tabua dos Dez Mandamentos às avessas.

Em priscas eras, o Brasil seria substituído por Sodoma e Gomorra, tal é o seu estado de putrefação moral, e por sua total falência seria bombardeado por terríveis e mortíferos raios e flamejantes chamas, mas, felizmente, Deus é brasileiro, e seguimos impunes.

Espantosamente, a gestora do desenvolvimento zero tem o aval da sociedade, apesar de sua reconhecida incapacidade de criar algo, em todos os campos, alcança os píncaros da popularidade pela admiração de muitos, talvez pelo seu exitoso passado guerrilheiro.

De boa vontade, tentamos desvendar o mistério de como é possível fazer porra nenhuma e atingir os pináculos da popularidade, fato já ocorrido nas vigências do ex - presidente que só viajou, enricou e prevaricou e atingiu índices dignos de um portentoso ícone nacional.

Hoje, como nas últimas décadas, nos quedamos inermes, não estupefatos, mas boquiabertos diante de tamanhas distorções de julgamento.

Por tudo, impossível não admitir que os índices que retratam o País no âmbito internacional (já não somos a 6ª economia mundial) são sempre os piores e pejorativos, em diversos campos, senão em todos, na pobreza educacional, nos onerosos impostos, na carente infraestrutura, na boçal burocracia, no numero de acidentes automobilísticos, no de trabalho, e por aí a fora.

Na mídia pipocam, apesar dos impedimentos governistas, diariamente, escândalos, corrupções, desvios monumentais, numa avalanche de roubos impressionantes e, no entanto, pelos resultados que consagram o NADA como o suprassumo, todas as mazelas são premiadas em portentosos gestos de aprovação.

Sim, vão gostar de M. assim, lá no inferno.

Talvez por isso, podemos pomposamente declarar que ela é a apoteose do NADA.

Já aguentamos “o duro de governar um, o dois, e o três”, e pelo andar da carruagem, pela paixão nacional pelo NADA, vamos ter que aguentar o quatro, o...

Devem ser as “Sete Pragas do Brasil” em andamento.

Valmir Fonseca Azevedo Pereira

O ESTADO DESIGUAL


Os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios na década passada mostram que o caminho para desconcentrar a riqueza do Espírito Santo ainda é bastante longo. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na semana retrasada, revelam, apesar da tão propagada política de interiorização de investimentos tocada pelos governos Paulo Hartung e Renato Casagrande, uma Grande Vitória cada vez mais rica e um interior com cada vez menos espaço na divisão do bolo.

O levantamento, que compila dados de 1999 a 2010, mostra que a Região Metropolitana (Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória) responde por 63,2% de todas as riquezas do Espírito Santo. Em 1999, a Grande Vitória contribuia com 60,3% do PIB capixaba. Os outros 71 municípios, consequentemente, que há 12 anos englobavam 39,7% do PIB, ficaram, em 2010, com apenas 36,8%.

De acordo com dados levantados pelo professor aposentado do Departamento de Economia da Ufes, ex-secretário de Planejamento do Estado e diretor do Instituto Futura, Orlando Caliman, que assina o artigo da página ao lado, o processo de urbanização do PIB, iniciado logo após a erradicação dos cafezais, na década de 60, ainda não foi estancado, pelo contrário. Em 1970, a Região Metropolitana era responsável pela geração de 55% do PIB estadual. Percentual que passou para 56%, em 1980, chegando a 60%, em 2000, e a 63,2% agora.

Quando reunimos os cinco municípios mais ricos do Estado – Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica e Anchieta –, o avanço se repete. Em 1999 – com Aracruz no lugar de Anchieta –, eles respondiam por 58,41% do total das riquezas do Espírito Santo, agora, contribuem com 65,45%. Também chama atenção o fato de apenas duas – Metropolitana e Litoral Sul – das dez microrregiões do Estado, terem avançado percentualmente em cima do PIB. Todas as outras, incluindo Rio Doce, com as ilustres presenças de Linhares e Aracruz, perderam espaço.

Sem preocupação
Na avaliação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, responsável por capitanear esse processo de interiorização, trata-se de um trabalho de longo prazo e que ainda está no meio do caminho. "O primeiro passo, que era levar os investimentos para o interior, foi dado. Ainda tem muita coisa para acontecer tanto no Sul como no Norte do Estado, mais do que na Grande Vitória. A partir do momento que essas âncoras estiverem estabelecidas, esse quadro proporcional do PIB certamente será outro", assinala a chefe em exercício da pasta, Cristina Santos.

O segundo passo, segundo ela, é dar infraestrutura logística e educacional para sedimentar a renda e incentivar o surgimento de novos empreendedores no interior. "Depois de estabelecido, por exemplo, o estaleiro da Jurong, vamos trabalhar para que o fornecimento de bens, serviços e mão de obra seja, em sua maioria, contratado naquela região. Para isso, temos de qualificar o pessoal e dar a infraestrutura necessária. No início do ano que vem, o Estado põe na rua um plano para melhorar as rodovias estaduais. Na educação, o objetivo é que cada um dos 78 municípios tenha uma escola profissionalizante, seja ela do Sistema S, federal ou do Estado".

Motivos e saídas

Ana Paula Vescovi, economista e ex-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, concorda com a linha traçada pelo governo, mas se mostrou surpresa, negativamente, com o desempenho de determinadas regiões.

"São números que até me surpreendem, esperava por uma desempenho melhor principalmente de Linhares e Aracruz. Quando olhamos para trás, observamos uma importante desconcentração dos investimentos nesta última década, pressupúnhamos que a desconcentração de riquezas viria junto, mas não é o que acontece. Isso deixa claro que só os investimentos não são o suficiente para adicionar valor a essas regiões, a renda e, consequentemente, a riqueza não está ficando ali".

Para Ana Paula, a falta de um setor terciário (comércio e serviços) mais pujante dificulta a já complexa tarefa. "É preciso criar uma rede de fornecedores locais que atendam tanto a indústria como os trabalhadores dessas grandes plantas. O dinheiro tem de circular no interior. Caso contrário, o industrial trará os insumos de fora e venderá também para fora. Os trabalhadores desta indústria, por sua vez, suprirão suas necessidades de compras e lazer também fora".

Este, na opinião dela, é um dos motivos da Grande Vitória permanecer desgarrando-se economicamente das demais regiões. "Além de ter uma economia bastante dinâmica, praticamente toda a prestação de serviços e o comércio de qualidade do Estado concentra-se na Região Metropolitana. O interior do Estado precisa dar esse passo além para que a renda gerada lá fique por lá".

Na avaliação de José Edil Benedito, presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, apesar das tentativas governamentais de induzir o crescimento para regiões menos desenvolvidas, é complicado alterar essa proporção. "Há investimentos para todas as regiões, mas determinados locais, por conta do petróleo, por exemplo, atraem mais dinheiro com mais facilidade. Não tem jeito".

Para Edil, infraestrutura e educação de qualidade são essenciais para tornar o interior mais forte. "Vivemos num Estado geograficamente pequeno, com rodovias duplicadas e seguras o trânsito de bens e serviços e, consequentemente, a oferta deles fica facilitada. Isso tende a beneficiar o interior. A qualificação também é essencial, essas escolas de ensino profissionalizante devem dar um salto de qualidade, com gente instruída, é mais fácil segurar a renda no local, além do fato de aumentar as chances do surgimento de empreendedores e novas ideias".

Ainda com relação à educação, o presidente do Instituto Jones chama atenção para a necessidade que o Estado tem de explorar a indústria criativa. "Ainda temos muito para crescer nessa área. Regiões como o Caparaó, por exemplo, têm grande possibilidade de desenvolver o turismo, a culinária, um café de excelência. Trata-se de uma indústria que não é tradicional, mas que também faz girar muito dinheiro".

Per Capita
O avanço da Grande Vitória também foi observado pelo Brasil Metro, relatório produzido pelo Global Cities Initiative sobre a economia das 300 maiores metrópoles do mundo, sendo 13 no Brasil. Entre essas 13, a Região Metropolitana de Vitória foi a que apresentou o maior avanço de PIB per capita entre 1990 e 2012, 55%. Enquanto isso, a média das demais metrópoles foi de 42%.

O relatório dá números parecidos com o do IBGE para a concentração de riquezas. De acordo com o Brasil Metro, 66% do PIB do Estado está concentrado na Grande Vitória. Na avaliação de Jill Wilson, um dos pesquisadores responsáveis pelo levantamento, o percentual é normal. "Para começar, a Grande Vitória é o lar de cerca de metade da população do Estado. Além disso, as áreas metropolitanas são centros de atividade econômica. Como o Espírito Santo é um Estado pequeno, não é de surpreender que a Grande Vitória seja parte tão importante de seu PIB".

Eles investem aqui

"É mais fácil crescer numa cidade como Vitória do que no Rio de Janeiro ou São paulo"

Aposta foi na boa comida

Há quatro anos, o chef argentino Ivan Di Cesare, natural de Mendoza, veio para Vitória com a intenção de ficar um ano num intercâmbio gastronômico e cultural. Três meses depois, percebeu o tamanho da oportunidade que tinha pela frente e decidiu ficar de vez. "A cidade não é tão grande, mas tem uma economia muito forte e dinâmica. Há muita gente querendo bons restaurantes, boa comida". Ele é um bom exemplo das muitas pessoas, daqui ou de fora, que se veem incentivadas a investirem na Grande Vitória, região que cresce acima da média estadual e nacional. Alguns meses depois, Ivan chamou o amigo de infância Emilio Recchia para ajudá-lo na empreitada. Eles começaram nas cozinhas dos restaurantes argentinos que começaram a surgir na Grande Vitória. Há dois meses abriram o próprio negócio. "Apesar da demanda, Vitória é uma cidade praticamente virgem no que nos propomos a fazer", analisa Recchia. O último do trio a chegar foi Marcos Palomar. Veio para suprir o grande problema enfrentado pelos empreendedores argentinos no Estado, a falta de mão de obra. "Ele é especialista em carnes. Veio para ajudar, mão de obra por aqui é muito complicado. As pessoas somem sem avisar", reclama Ivan, já sentindo o peso dos entraves brasileiros.



Análise
Tudo começou com crise dos cafezais

Esse processo de concentração da produção da riqueza não é novidade no Espírito Santo. Em 1970, a Região Metropolitana foi responsável pela geração de 55% do PIB estadual. Percentual que passou para 56% em 1980, chegando a 60% em 2000 e 63% em 2010. Isso nos leva a avaliação de que a velocidade desse processo de concentração foi maior em anos anteriores a 1970. Mas, especialmente na década de 60, quando do desmantelamento da cultura do café, que provocou uma avalanche de urbanização; e que também aconteceu concomitantemente ao início do processo de industrialização. O porto de Tubarão começou a operar em meados da década de 70 e começa a dar o tom de uma economia em outra escala de operação. Ao analisarmos os dados recentes do PIB regional vamos perceber que a concentração agora contempla também as regiões litorâneas Sul e Norte. No Sul, o foco central está em Anchieta, mas também inclui Presidente Kennedy. Este último pelo simples fato de ter à sua frente plataformas de exploração de petróleo. No litoral Norte, temos dois focos: Linhares e Aracruz. Essa região foi responsável por 9,1% do PIB em 2008. A queda subsequente – em 2012, foi de 8% – deu-se principalmente por conta da crise mundial que afetou a produção de celulose. A explicação mais simples para essa concentração maior do PIB no litoral está na escala dos investimentos em relação a dimensão da economia estadual, mas, mais especificamente do interior. Esses investimentos, pelas suas características nunca aconteceriam na Região de Caparaó, por exemplo. A estratégia é fazer com que Caparaó posso também usufruir desse crescimento maior do litoral, como todo o restante do interior do Estado. E para isso é preciso qualificar o interior, facilitando a sua integração, inclusive logística, com os polos de maior crescimento. Uma coisa tem que estar clara: o interior não pode concorrer com o litoral pela via da escala. A saída está na via do escopo, dos nichos de mercado, nas franjas da economia de escala.

Orlando Caliman
Economista

 
 
Fonte: A Gazeta

A DEPRESSÃO DE ROSE

Rose está cada vez mais deprimida e desesperada. Terá de comparecer a juízo periodicamente, e a imprensa a qualquer momento poderá encontrá-la. O comando do PT e a direção do Instituto Lula não sabem mais o que fazer. Como se diz no linguajar jurídico, estão mantendo “em local incerto e não sabido” a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Noronha, mas juíza federal Adriana Freisleben de Zanetti, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, decidiu proibir que a Rose deixe a cidade de São Paulo sem permissão judicial.

Isso significa que a ex-assessora dos presidentes Lula e Dilma deve comparecer a juízo periodicamente, não pode deixar a cidade sem autorização, não pode exercer função pública e estará submetida a pagamento de fiança no caso de faltar a qualquer uma dessas obrigações.

Como se sabe, Rosemary é investigada por formação de quadrilha, corrupção passiva, falsidade ideológica e tráfico de influência. Era destacada integrante do esquema criminoso liderado pelo ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira que produzia pareceres do setor público para atender a interesses privados, conforme ficou revelado na Operação Porto Seguro, desencadeada pela Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

Como conseqüência da Operação Porto Seguro, veio a público o relacionamento íntimo de Rose com o ex-presidente Lula, iniciado na década de 90. A imprensa levantou que Lula empregou o ex-marido, o atual e uma filha de Rose, criou para ela o cargo de chefe de gabinete em São Paulo e se fez acompanhar da assessora em 24 viagens internacionais no período de menos de três anos, com visita a 32 países.

DEPRESSÃO PROFUNDA
Em função do escândalo, a presidente Dilma Rousseff imediatamente demitiu Rose e a família inteira. Lula estava em viagem ao exterior e desde então passou a evitar a imprensa.

No Brasil, as providências foram tomadas pelo comando do PT e pela direção do Instituto Lula, que tiraram Rose de casa e evitam que ela tenha contatos externos, para evitar que faça declarações à imprensa. E foram escalados três advogados para defender a ex-chefe do gabinete, sob coordenação do ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos.

O resultado dessa situação é que Rose, que tem temperamento instável e explosivo, entrou em profunda depressão e está sob cuidados médicos. A obrigatoriedade dela comparecer periodicamente a juízo é um problema gravíssimo para o PT e o Instituto Lula, porque a imprensa pode começar a fazer plantão diante da 5ª Vara Criminal de São Paulo.

E se Rose desobedecer à ordem judicial e não comparecer em juízo, poderá ter sua prisão preventiva decretada.

Carlos Newton

domingo, 23 de dezembro de 2012

DEVOLVA O QUE ROUBOU DO POVO BRASILEIRO


"NÃO É A POLÍTICA QUE FAZ O CANDIDATO VIRAR LADRÃO.
É O SEU VOTO QUE FAZ O LADRÃO VIRAR POLÍTICO".
(Autor desconhecido)http://2.bp.blogspot.com/-Gry7YfUg7gk/UEkS77DTnEI/AAAAAAAAaS8/DfLqWaS4ctw/s1600/+ladrao+lula.jpg
Para ciência de todos, aparentemente o HOMEM NÃO É MAIS INTOCÁVEL,acrescento ainda o CPF do ex-presidente para consulta de demais processos no site do TRF, é:
CPF: 070.680.938-68

SAIU NA IMPRENSA PORTUGUESA PORQUE, COMO TODOS SABEM,
A IMPRENSA BRASILEIRA É MUITO BEM PAGA PELO PT PARA PROTEGÊ-LO.
ENTÃO, TEMOS QUE FAZER NÓS, INTERNAUTAS, O PAPEL QUE A IMPRENSA NÃO FAZ.
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PEDIU O BLOQUEIO DOS BENS DO LULA NO VALOR DE
R$ 9.526.070,64 POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.
Já sei, você não acredita não é mesmo ?
Então confira o processo na Justiça Federal:
htpp://processual.trf1.jus.br/consultaProcessual/processo.php?secao=DF&proc=78070820114013400

Depois de abrir o linkacima, clique em "PARTES" e verá o nome doLula. Se quiser poderá acompanhar o desfecho.
Processo: 0007807-08.2011.4.01.3400

Classe: 65 – AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Vara: 13ª VARA FEDERAL
Juiz: PAULO CESAR LOPES
Data de Autuação: 31/01/2011

Assunto da Petição: 1030801 DANO AO ERÁRIO –
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – ATOS ADMINISTRATIVOS – ADMINISTRATIVO
Observação
: ASSEGURAR O RESSARCIMENTO DOS BLOQUEIO DOS BENS DO LULA!
A notícia que todo Brasil esperava foi publicada em 23/10/12 no jornal Correio da Manhã em Portugal, quem quiser confirmar é só clicar no endereço abaixo: no site português:

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/internacional/mundo/ministerio-publico-pede-bloqueio-de-bens-de-lula

Isso é a pontinha do iceberg. Se resolverem investigar fortemente o BNDES e Eike Batista iremos chegar a pelo menos US$ 40 bilhões segundo a revista americana FORBES
.
Os PTralhas estão doidos com a notícia se espalhando.Se você ainda é PTista, e continua votando nessa quadrilha, boa sorte, continue assim, e deixará um um belo futuro brasileiro para seus filhos e netos.

O MUNDO ACABOU

Este é um relato de quem viu o mundo acabar. Embora os céticos dissessem que o calendário maia era uma farsa, o apocalipse aconteceu! Engraçado foi ver as pessoas ingênuas acreditando que aquele seria apenas mais um dia 21 de dezembro. O fim do mundo aconteceu, e aqui deixo registrado o que aconteceu nos últimos dias da humanidade.

Tudo parecia correr bem, mas os sinais do fim dos tempos eram evidentes! Há quatro meses o mundo da ética sofria com meteoros vindos de estrelas vermelhas já sem brilho. A constelação petista fazia um barulho absurdo e tentava transformar a mentira em verdade. A decadência da raça humana podia
ser constatada na facilidade com que os alienígenas enganavam
seus seguidores. Estes, por sua vez, acreditavam em qualquer coisa,
até em ETs.

Ainda assim muitos insistiam em não crer que estávamos com os dias contados. Veio, então, outro desastre nada natural: o crescimento do PIB brasileiro não superou 1%. Para fugir da responsabilidade, a presidente disse que o desenvolvimento de um país se media por aquilo que era feito por suas crianças. Semanas depois, o Brasil conquistou a penúltima posição entre 40 países no ranking mundial de educação.

Os fracassos econômicos não foram exclusividade tupiniquim. No Velho Mundo a recessão levou o povo às ruas e o desemprego proporcionou cenas de caos que reduziram os homens a animais famintos. E a cada dia, enquanto a esperança de muitos diminuía, o bolso de poucos enchia com as verbas de salvação dos governos.

Em nosso caso, as verbas de salvação do Rio de Janeiro e do Espírito Santo quase vazaram dos poços petrolíferos. E na briga pelos royalties, tive a certeza de que não havia mais salvação na Terra: para derrubar o veto de Dilma, a múmia Sarney propôs votar mais de 3000 vetos em um só dia, algo tão impossível quanto o retorno do senador ao sarcófago.

Os mortos não ressuscitaram no apocalipse, mas o brasileiro viveu algo parecido, quando Sarney voltou à presidência por quatro dias. Dizem as más línguas que nesse período o presidente montou um aquário em seu gabinete e aprendeu a fazer o mesmo que os peixes: nada.

Mas quem dera se as loucuras do poder ficassem restritas ao dono do Maranhão. As terras capixabas também foram escolhidas pelo destino para anunciar os tempos que viriam.

Em Guarapari, o ex-prefeito Edson Magalhães Que Não Larga o Osso queria o terceiro mandato e acabou ficando sem nenhum. Já em Viana, o eleito Gilson Daniel foi acusado de comprar votos com dinheiro do tráfico de drogas. Em Vila Velha, o vereador Almir Neves Mister-M mostrou ser paranormal e, além de ser investigado por ter funcionária fantasma, provou que domina o truque da multiplicação do patrimônio: em quatro anos, a avaliação de suas posses subiu apenas 482%.

A certeza de que estávamos perdidos veio quando o STF ameaçou a prisão imediata dos mensaleiros condenados. Aí até os cosmos ficaram chocados com Marco Maia (PT): o presidente da Câmara foi contra a cassação dos mandatos parlamentares, considerou dar asilo aos réus e levantou a hipótese dos deputados exercerem seus cargos de dentro dos presídios! Alguns certamente se sentiriam em casa.

Já não tinha mais jeito! Os maias estavam certos. O fim do mundo já estava concretizado na falência da ética, na legalização da bandidagem e na idolatria de vermes políticos. Nada mais poderia nos salvar. E nada nos salvou.

Não aconteceram terremotos, tsunamis, erupções ou acidentes com meteoros. Os polos não se inverteram e o eixo de gravidade não estava nem aí para nós. Não aconteceu absolutamente nada! E esse é o nosso apocalipse! Nossa catástrofe é viver no país em que nada muda e em que a corrupção cresce como se não houvesse amanhã.

No dia 21 de dezembro, “mudaram as estações”, mas definitivamente, “nada mudou”. Restou-nos, pois, a lamentável realidade de desastres que só começará a ter fim quando conseguirmos compreender a constatação de Cássia Eller: “O mundo está ao contrário e ninguém reparou”.

Gabriel Tebaldi, 19 anos, é estudante de História da Ufes.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

DENTRO DA LEI



A extensa maioria dos brasileiros esperava que o ministro Joaquim Barbosa decidisse pela prisão dos réus condenados no processo do Mensalão do PT. Considerando tudo o que a quadrilha comandada por Lula praticou, ir para cadeia é o mínimo que pode acontecer a esses saltimbancos da honra dos cidadãos. Apesar de a vida no cárcere não é um paraíso.

Joaquim Barbosa, que participou do mais importante e mais longo julgamento do Supremo Tribunal Federal, entrou para a história como alguém que teve a coragem de enfrentar os criminosos que se instalaram no Estado, transformando o Brasil na terra da impunidade.

Ao negar o pedido apresentado pelo procurador-geral da República, o ministro Joaquim Barbosa agiu com prudência, não jogando pela sua brilhante trajetória como ser humano e como magistrado. Há quem não goste das decisões de Barbosa, muitas vezes consideradas excessivas ou até mesmo radicais, mas o Brasil precisa ter rédeas. E para isso é preciso que a nação ande sobre os trilhos da legalidade.

Foi exatamente o que fez Joaquim Barbosa ao seguir cabalmente o que manda o conjunto legal do país, apesar de que uma decisão favorável jamais seria um ato de ilegalidade, pois o regimento do Supremo lhe confere o direito de decidir monocraticamente.

Barbosa foi prudente e preservou o julgamento da Ação Penal 470, cujo desenrolar não tem como ser contestado pelos advogados dos réus, pois, apesar das divergências em plenário, tudo transcorreu nos limiares da legalidade. E dar margem para que a camarilha petista ousasse embaralhar o caso seria um ato de irresponsabilidade.

O presidente do STF cumpriu o que estabelece a nossa Carta Magna, uma vez que até o trânsito em julgado da sentença criminal condenatória o réu é considerado inocente. Eis a prerrogativa constitucional da presunção de inocência.

Ter chegado até o ponto da condenação foi uma maiúscula vitória do Judiciário, que não se apequenou diante das incursões descabidas de Luiz Inácio da Silva, muito menos se deixou levar pelas ameaças veladas e constantes aos integrantes do Supremo que contrariaram a vontade espúria e criminosa de muitos integrantes do Partido dos Trabalhadores.

Resta-nos, então, aguardar o trâmite dos recursos previstos em lei – embargos de declaração e infringente – para na sequência exigir a imediata prisão dos condenados na esteira do maior escândalo de corrupção da história nacional. Até meados de 2013, José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e mais outros oito quadrilheiros terão o privilégio de contemplar o nascer do astro-rei de maneira geometricamente distinta

Fonte: Ucho.Info

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

COMUNISTA DE BOTECO

(Foto: Luiz CArlos Murauskas - Folhapress)

A desfaçatez de Lula é algo tão acintoso que chega a provocar náuseas. Na manhã desta quarta-feira (19), o ex-presidente participou do evento de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade que o catapultou para o mundo da política.

Durante discurso, que só os presentes acreditaram, Lula disse que voltará a andar pelo País em 2013 e que não será derrotado por qualquer “vagabundo”. “Só existe uma possibilidade de me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Se ficar um vagabundo numa sala com ar condicionado falando mal de mim, vai perder”, declarou o enrolado Luiz Inácio da Silva, acusado de chefiar os mais impressionantes escândalos de corrupção ocorridos na última década.

Durante o palavrório que durou mais de quarenta minutos, Lula elogiou o próprio governo e teceu loas à presidente Dilma Rousseff, o que é um disfarce, pois o ex-metalúrgico sonha em voltar ao Palácio do Planalto em 2015. Esse sonho reacendeu depois que recente pesquisa de opinião apontou que, se a eleição presidencial fosse hoje, ele derrotaria qualquer outro candidato, assim como Dilma.

Ao falar da crise econômica brasileira, que ele próprio ajudou a fomentar com sua irresponsabilidade, Lula colocou a culpa na instabilidade da economia internacional, pois ele, como semideus, não comete erros. É magnânimo, preposto do Senhor nesta barafunda chamada Terra.

Essa reaparição no cenário político emoldurada por ataques chicaneiros já era esperada, pois só assim Lula consegue força para negar envolvimento nos escândalos de corrupção e dizer que de nada sabia. O discurso agressivo acontece um dia depois que Lula recebeu, em seu instituto, oito governadores que viajaram a São Paulo para prestar solidariedade àquele que foi acusado de ser o chefe maior do Mensalão do PT e de ter colocado a namorada, Rosemary Noronha, no topo de uma quadrilha que fraudava pareceres oficiais.

Lula não tem o direito de classificar como vagabundo cada um dos seus críticos e adversários, não sem antes se olhar no espelho. Feito isso e uma profunda reflexão, Lula poderá tecer críticas aos que lhe criticam, mas jamais ressuscitar o nível dos discursos que fazia nos botecos mequetrefes de porta de fábrica, pois o Brasil não é movido à pinga e a extensa maioria do povo brasileiro não tem vocação para o alcoolismo.

Aqui no ucho.info, Lula, sobram críticas à sua pessoa, ao seu comportamento, à sua falsa inocência, ao seu legado desastroso, mas nenhum dos integrantes da equipe aceita ser chamado de vagabundo, pois trabalhamos duro na tentativa de salvar o Brasil de uma quadrilha que, sob sua liderança, saqueou e destruiu o Brasil de forma escandalosa.

Se o “vagabundo” proferido em seu discurso serve para algum dos seus adversários, problema de cada um deles, mas no nosso caso aconselhamos uma dose dupla de creolina antes de nos dirigir a palavra, mesmo que seja para elogios, o que é absolutamente impossível.

Fonte: Ucho.Info

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ÊTA POVINHO!!! (By Marco Sobreira)


Um americano, um japonês e um italiano reclamavam com Deus o fato de que em seus países ocorrerem desastres naturais como terremostos, furacões, erupções vulcânicas, maremotos enquanto o Brasil éra privilegiado por não ter nada disso em seu território, além de possuir rios fabulosos, a maior floresta do mundo, costa maritima com praias belíssimas e praticamente sol o ano inteiro. Após ouvir pacientemente todas as queixas Deus falou: Não se queixem, já observaram o povinho que coloquei lá?

Essa antiga piada reflete muito bem os dias em que vivemos, vejamos: Na economia temos um crescimento de menos de 1% do PIB, a inflação está em alta, o dólar em alta, 42% dos brasileiros estão endividados, o Governo dá incentivos para setores da economia com isenção de IPI, diminuindo ainda mais os recursos destinados a estados e municípios. O Ministro da área mente discaradamente quase que semanalmente sobre o crescimento do país e a Presidenta desdenha dos que acham que deveria ser demitido.

Na saúde pública o caos do dia-a-dia, filas intermináveis, pacientes amontoados em corredores, hospitais sucateados, sofrimento sem fim de quem precisa de atendimento especializado, de exames e cirurgias. Médicos sobrecarregados, mal pagos, sem segurança no trabalho e óbviamente desmotivados, abandonando o serviço público migrando para planos de saúde que embora não paguem bem, não os obrigam a atender 150 a 200 pacientes por plantão.

Segurança não existe, estamos cada vez mais prisioneiros em nossas próprias casas sem que isso necessariamente signifique proteção, sossego, sair à noite virou verdadeira roleta russa, voltar vivo é pura questão de sorte. Traficantes comandam e decidem quem deve viver ou morrer de dentro dos presídios, programam assaltos e espalham o terror até entre os policiais que em boa parcela já pularam de lado diante do irrisório salário que lhes são oferecidos, terreno fértil para a tentação do dinheiro fácil do tráfico, quadrilhas encasteladas dentro dos quartéis roubam e assassinam àqueles que deveriam proteger.

A corrupção, assim como um tumor maligno, se alastra por todas nosssas instituições, assalto aos cofres públicos, tráfico de influência, compra de parlamentares, pareceres tendenciosos e pasmem, até ex-Presidente expulso pelo povo se acha no direito de afrontar o Procurador Geral da República enquanto outro leva a amante mundo afora, usufruindo dos prazeres do adultério com nosso dinheiro.

Este é o Brasil dos dias atuais, recente pesquisa aponta que apesar de tudo a Presidenta tem recorde de aprovação e popularidade sendo, juntamente com seu criador, preferidos para novo mandato na Presidência, e ainda tem quem conte piadas de português.

Marco Sobreira

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CRIMINOSOS À SOLTA

De fato. Só mesmo ingênuos, apaixonados por ideologias fracassadas, partidos políticos espúrios e governantes e administradores incompetentes e oportunistas, defendem este caos que assola o país (caos negado pelos citados). É preciso reconhecer, por outro lado, a competência e a capacidade dos gestores desses desastres, em anestesiaro povo, a ponto de o mesmo aprovar, efusivamente, o desmoronamento do país. A História já mostrou na década de 40 do século XX, como não é difícil arregimentar mentes aprisionadas pela mentira sistemática. Antes fora o aprimoramento da “raça” humana, através da eugenia; hoje, o chamamento efetua-se pela compra da cidadania do povo ignaro – pelas bolsas e pelo ufanismo da classificação de “6ª economia” do mundo.
 
Nem as revelações do mensalão e a abertura de novos esgotos republicanos, sacodem a consciência da patuleia. Até parece que a escolha é chafurdar na lama.
 
Só haverá uma saída: a) o Corinthians ser desclassificado na copa dos clubes campeões ou; b) o Brasil perder a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de futebol ou; c) o Carnaval de 2013 apresentar-se como um fracasso, seguido de semelhante performance do Reveillon 2012-2013 e, finalmente, d) o Flamengo ser rebaixado para a 2ª divisão do futebol brasileiro. Com tal demoníaca sucessão de fracassos, o risco de derrubada do governo será iminente. Que Deus proteja nossos patrimônios pétreos, em que pese derrubar estátuas apodrecidas ser de bom-tom.
 
Pois bem. Aonde estão os criminosos?
 
Eles se situam em dois andares o de cima e o debaixo.
 
O andar de cima, e reparem que vou me referir a apenas um segmento da estruturagovernamental – a educação – está representado pelos condutores da pasta nos seus vários níveis.

Nos últimos 10 anos, e SMJ, não identifiquei Ministro da Educação que tivesse tradição e experiência na área educacional. As escolhas, como de hábito, são mais porcarteira do que por cadeira. O resultado não podia ser outro: decadência do binômio ensino-aprendizado em todos os níveis – elementar, médio e superior.

Não vou me referir ao desempenho dos ministros da área; o anterior um ministro trapalhão (vide os rocambolescos episódios que envolveram o ENEM) e o atual, consagrada personalidade nacional e internacional na área educacional!

O fato é que ambos, e seguindo inflexível determinação das autoridades governamentais superiores, não tiveram o pudor de esconder as farsas demagógicas e as maquiagens estatísticas que aliás foram a tônica desses governantes ilusionistas.

Mas, como todo embuste tem perna curta, eis que avaliações levadas a cabo no próprio âmbito do MEC e por órgãos de classe e portanto sem contaminações externas (instituições opositoras ao governo), mostram o lixo debaixo do tapete. Vejamos: avaliação do conhecimento e preparo de médicos recém-formados no Estado de São Paulo, efetuada pelo Conselho Regional de Medicina (CREMESP), mostra que 54% dos avaliados não demonstraram conhecimentos básicos para o exercício profissional.

Estudo efetuado pelo MEC aponta que 31% das instituições de ensino superior não cumprem, adequada e conscientemente, o papel de formação profissional confiável.

Acrescente-se aos fatos, a “honrosa” penúltima colocação do Brasil no campo educacional, fruto de avaliação de instituição internacional tida como idônea.

E o governo, com a empáfia de sempre, vem a público anunciar a implantação de mais uma faculdade de medicina, pasmem, em Garanhuns. A referida instituição é de responsabilidade do governo estadual de Pernambuco. Já nasceu falida e sem condições de preparar futuros novos médicos. A faculdade em apreço suscita alguma “correlação republicana”, por sua localização?

Tudo em nome de um falso e incompetente anúncio da falta de médicos no país. Quanta desfaçatez! Os melhores “médicos” para o Brasil são a chegada aos habitantes de água de boa qualidade, o esgotamento sanitário, alimentação e habitação condizentes com a dignidade humana. Estariam, assim, instaladas as mais eficazes e menos onerosasescolas médicas.

Concluindo: os criminosos do andar superior são os mais irresponsáveis, pois oferecem aos jovens instituições de ensino enganosas; seriam o mesmo que, em nome de alimentar o povo oferecer-lhe comida podre. Tudo em nome de “mais uma” escola, faculdade, ou universidade – demagogia desenfreada em ação.

Os criminosos do andar de baixo estão representados pelo exército de profissionais de questionável competência e que virão arriscar saúde e bem estar da população.

É tempo de despertar desse momento anestésico ao qual temos sido submetidos.

Estamos descobrindo “antídotos supremos” – o “J. barbosideo” – que vem trazendo alguma esperança redentora.

Haja reza forte para continuar.

Fernando Bevilacqua

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

BARRIL DE PÓLVORA



Solto na tarde terça-feira (11) em Aparecida de Goiânia, onde estava preso em decorrência de sentença judicial que o condenou a 39 anos de prisão, o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deixou a prisão mandando um duro recado à cúpula petista. Disse que é “o garganta profunda do PT”, numa referência ao informante do jornal “The Washington Post” durante o escândalo que ficou conhecido como Watergate e derrubou o presidente Richard Nixon, dos Estados Unidos.

Que Cachoeira tem muito a revelar todos já sabiam, inclusive os próprios petistas. Tanto é assim, que o advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, comandou inicialmente a defesa do contraventor, a mando de Lula, que temia algum depoimento revelador de Cachoeira.

Nas vezes que compareceu à CPI batizada com o seu nome, Cachoeira se reservou ao direito de permanecer em silêncio, mas ele disse que está disposto a depor à Comissão ainda nesta quarta-feira (12), para revelar ao Brasil todos os escândalos envolvendo o PT.

Se isso de fato acontecer, a farsa de Lula será desmontada e alguns políticos de destaque devem ficar em situação delicada, começando pela presidente Dilma Rousseff e os governadores Sérgio Cabral Filho, do Rio de Janeiro, e Agnello Queiroz, do Distrito Federal. De quebra será arrastado ao olho do furacão o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta Construção, que alimentou financeiramente o esquema.

A cada dia que surge o PT vê a sua imagem sendo destruída no rastro dos tantos escândalos que ocorreram na última década, cujos alguns dos protagonistas dos mesmos decidiram contar a verdade. É o caso de Cachoeira e Marcos Valério, só faltando Rosemary Nóvoa de Noronha, a Marquesa de Garanhuns e namorada de Lula

Fonte: Ucho.Info

LULA VIVE NOVO INFERNO ASTRAL


As acusações não partiram de nenhum "mequetrefe", mas do próprio operador do mensalão, condenado por isso mesmo a 40 anos de prisão

Já encrencado com o "Caso Rosemary Noronha", o ex-presidente Lula sofre agora um golpe ainda mais duro, sendo acusado de comandar o esquema do mensalão em seu governo. As acusações não partiram de nenhum "mequetrefe", mas do próprio operador do mensalão, condenado por isso mesmo a 40 anos de prisão.
Desde que deixou o poder, esse é o momento mais crítico do ex-presidente. Sua reputação está sendo colocada a toda prova. Por mais que o empresário Marcos Valério seja condenado ou um "canalha", como disse Roberto Jefferson, as acusações são graves demais para passarem em branco.

Não é à toa que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, e o Ministério Público Federal defendem abertura de investigação para apurar o possível envolvimento de Lula nas denúncias.

Como visto nas páginas anteriores, entre várias acusações, Valério disse que Lula deu o "ok" para os empréstimos que serviram para pagar o mensalão, e também teve despesas pessoais pagas pelo dinheiro usado no esquema. O empresário atingiu outros petistas, como José Dirceu e Antonio Palocci, citou ainda um encontro com Lula no Palácio do Planalto, e chegou a dizer que foi ameaçado de morte.

Pelas declarações que deu no depoimento e pelas informações que parece ter, Valério se tornou definitivamente homem-bomba da República. É cedo para dizer o alcance do que veio à tona, mas está claro que Lula e PT vivem seu pior momento.

Maior estrela do partido e com status de mito, Lula nunca foi alvo de uma investigação mais consistente. Agora isso pode ocorrer. O momento é grave: o ex-presidente e seu partido são alvos de dois escândalos simultâneos. E essa onda negativa acaba tendo repercussão no governo Dilma, que continua o projeto do anterior.

Curiosamente, o PT chegou ao poder fazendo campanhas eficientes em defesa da ética na política. Quando Lula foi eleito presidente pela primeira vez, em 2002, a campanha nacional do partido era "Xô corrupção", que dizia: "Se a gente não acabar com eles, eles vão acabar com o Brasil".

Agora o partido termina seu décimo ano comandando o país com o pilar da ética danificado, querendo regulamentar a imprensa, atacando STF e com seu maior líder envolto em suspeitas. Ontem, Lula só disse que as acusações de Valério são "mentira". Mas a declaração parece ter convencido tanto quanto àquelas sobre ter sido apunhalado ou traído. O momento atual faz lembrar mais uma vez a famosa frase de Nelson Rodrigues sobre Brasília, nos anos 70: "Todos são inocentes e todos são cúmplices"

Radanezi Amorim

BANCO DO BRASIL ARRECADAVA 'PEDÁGIO' PARA O PT

 O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza afirmou no depoimento prestado em 24 de setembro à Procuradoria-Geral da República que dirigentes do Banco do Brasil estipularam, a partir de 2003, uma espécie de “pedágio” às agências de publicidade que prestavam serviços para a instituição financeira pública: 2% de todos os contratos eram enviados para o caixa do PT, acusou o homem apontado como o operador do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal.


Em dois anos, os repasses do Banco do Brasil às cinco agências de publicidade com quem mantinha contrato superaram R$ 400 milhões - uma delas era a DNA Propaganda, de Valério. Ou seja, segundo o empresário disse à Procuradoria-Geral da República em setembro, os desvios que abasteceram o mensalão podem ter sido bem maiores do que os que levaram o Supremo Tribunal Federal a condenar Valério e o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

Segundo os ministros da Corte, R$ 2,9 milhões foram desviados do contrato da DNA com o Banco do Brasil para o mensalão. Outros R$ 74 milhões foram desviados do contrato da DNA com o Fundo Visanet, do qual a instituição financeira pública fazia parte.

Contexto. O Estado revelou nesta terça-feira, 11, que, neste mesmo depoimento de três horas e meia, dado à subprocuradora da República Cláudia Sampaio e à procuradora da República Raquel Branquinho, o empresário mineiro afirmou que dinheiro do esquema que pagou parlamentares do Congresso Nacional entre 2003 e 2005 também serviu para bancar “despesas pessoais” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O dinheiro foi depositado, disse Valério, na conta de uma empresa de Freud Godoy, que foi assessor pessoal de Lula.

O empresário mineiro afirmou ainda, entre uma série de novas acusações, que o ex-presidente deu “ok” para os empréstimos com os bancos BMG e Rural que viriam a irrigar o mensalão.

Na ocasião do depoimento, o empresário mineiro, além de fazer novas revelações, afirmou que ainda tinha mais a dizer sobre o caso. Queria, em troca, proteção e redução da sua pena - ele viria a ser condenado a mais de 40 anos pelo Supremo por sua participação no mensalão; Valério responde ainda a outros processos, como o do mensalão mineiro, no qual políticos são acusados de desviar dinheiro público do governo de Minas Gerais a fim de abastecer, no ano de 1998, a campanha à reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB e hoje deputado federal.

Segundo Valério disse no depoimento, o suposto esquema de desvio de dinheiro público que teria de ir para a publicidade foi criado por Pizzolato e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, que integra a estrutura do Banco do Brasil.

O ex-diretor do Banco do Brasil negou nesta terça-feira que tenha cobrado “pedágio” das agências de publicidade. Guimarães não foi localizado pela reportagem.

Participação. No período de operação plena do mensalão, entre 2003 a 2004, quando uma série de parlamentares fez saques das contas das empresas de Valério, o Banco do Brasil pagou, segundo dados CPI dos Correios, pelo menos R$ 434 milhões a agências de publicidade. Ao longo desse período de dois anos, a agência DNA, uma das empresa de Valério que detinha um dos contratos com o Banco do Brasil, aumentou sua participação nos acordos enquanto o bolo recebido pelas demais agências declinava aos poucos.

Ainda no primeiro ano de governo do ex-presidente Lula, em 2003, a DNA, que já trabalhava com o Banco do Brasil durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, conseguiu renovar o contrato com a instituição financeira pública.

Renovações. O valor estimado dos gastos anuais de publicidade com a DNA era de R$ 152,8 milhões, segundo informações do Ministério Público Federal. A renovação teria rendido a Pizzolato mais de R$ 300 mil de contrapartida, segundo dados usados pelos ministros do Supremo para condenar o ex-diretor do banco corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, com pena de 12 anos e sete meses de prisão.

Além da DNA, a licitação 01/2003 originou contratos com a Ogilvy Brasil Comunicação Ltda e a D+Brasil Comunicação Total. Já havia contratos em andamento desde 2002 com as agências Grottera Comunicação e Lowe Lintas Partners , que continuaram a ser prorrogados a partir de 2003, início do governo Lula.

Abrangência. Os contratos firmados em setembro de 2003 entre o Banco do Brasil e as cinco agências alcançavam todo o conglomerado do Banco do Brasil, incluindo empresas ou entidades que fossem criadas e a Fundação Banco do Brasil.

Comandado por Ivan Guimarães, o Banco Popular do Brasil funcionava como uma subsidiária integral, cuja autorização de funcionamento foi publicada em dezembro de 2003. Guimarães também esteve envolvido no episódio da compra do apartamento da ex-mulher de José Dirceu por Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério.

Fonte: O Estado de São Paulo

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

PROTEÇÃO A MARCOS VALÉRIO DEVE SER CONSIDERADA

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram nesta terça-feira que, independentemente da veracidade das novas declarações de Marcos Valério, é preciso considerar a hipótese de proteção do empresário. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, Valério forneceu novas informações sobre o esquema do mensalão em troca de redução da pena na Ação Penal 470, o processo do mensalão, além de proteção à sua vida. Apontado como o operador do esquema, o publicitário foi condenado a mais de 40 anos de prisão.
Para o ministro Gilmar Mendes, não é possível ignorar a situação "delicada" envolvendo a proteção da vida dos personagens envolvidos no fato. Ele também criticou desqualificações prévias das informações do empresário. "De fato, temos nesse processo alguém que fez declarações que foram largamente comprovadas, que foi o Roberto Jefferson, e ninguém ficou perguntando os motivos, se foram nobres ou ignóbeis. Então, a questão é de verificação para um juízo mais seguro", disse ele.
Mendes acredita que, caso verídicas, as revelações de Valério implicando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não devem modificar o julgamento da ação penal, que já está na fase final. Ele pondera, no entanto, que as informações podem influenciar o julgamento de outros processos derivados do mensalão em outras instâncias. "Sabemos que o que está aqui no STF é um percentual muito pouco significativo do que se fez", salientou.
Valério diz que Lula sabia
Segundo o jornal paulista, Valério disse em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), em setembro, que o ex-presidente Lula sabia do esquema do mensalão e que se beneficiou dele. Ainda conforme a reportagem, o publicitário disse que Lula autorizou empréstimos dos bancos Rural e BMG para o PT com o objetivo de viabilizar o pagamento de propina a parlamentares da base aliada. Para o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do mensalão, o benefício de proteção à testemunha é possível em qualquer etapa do processo. "Isso sempre é possível, depende da polícia e do Ministério Público. A proteção da testemunha quem deve operacionalizar isso é o Poder Executivo, que tem o poder de polícia necessário para isso", afirmou.
Embora também rejeite a possibilidade de alteração no rumo da Ação Penal 470, o ministro Marco Aurélio Mello defendeu a concessão de proteção a Marcos Valério, caso ele realmente tenha solicitado: "A proteção tem que ser dada pelo Estado a qualquer pessoa que se sinta ameaçada". O ministro disse que não conhece o teor do depoimento de Valério, mas que, caso procedente, as afirmações são graves e não podem ser descartadas sem apuração mais aprofundada. "Você não pode ter ideia pré-concebida, nem para excomungar a fala, nem para potencializá-la a ponto de proclamar que é a verdade", afirmou.
Segundo o jornal paulista, Valério teria sido ameaçado de morte pelo atual diretor do Instituto Lula e amigo do ex-presidente Lula, Paulo Okamotto. A reportagem informa que Okamotto queria impedir o publicitário de revelar mais detalhes sobre o esquema do mensalão às autoridades competentes.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson. Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.
 
Fonte: Terra Noticias

SEM SAÍDA



A situação de Luiz Inácio da Silva deve piorar muito depois da divulgação do depoimento de Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República, no qual ele envolveu Lula no Mensalão do PT, escândalo de corrupção que serviu para, entre outros fins, comprar parlamentares no Congresso Nacional.

Presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa, relator da Ação Penal 470, preferiu não falar sobre a gravidade das acusações, mas disse aos jornalistas que as mesmas devem ser investigadas.

Operador do Mensalão do PT e condenado a mais de 40 anos de prisão pelo Supremo, Marcos Valério disse que o ex-presidente autorizou os empréstimos junto aos bancos Rural e BMG para o partido, com objetivo de viabilizar a operação criminosa que foi interrompida com a delação do então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ)

Procurador-geral da República, Roberto Gurgel informou nesta terça-feira (11), por meio de sua assessoria de imprensa, que não se pronunciará sobre o assunto até o final do julgamento do Mensalão do PT pelo STF.

Diante das graves denúncias feitas por Marcos Valério, cabe à Procuradoria investigar o caso, sob pena de o procurador, não seguindo o que manda a legislação, ser acusado de prevaricação. As denúncias, é importante destacar, não trazem qualquer novidade ao caso, pois todos os brasileiros não tinham dúvidas a respeito do envolvimento de Lula no esquema.

Como Lula deixou de ter o foro privilegiado, as investigações ocorrerão na primeira instância do Ministério Público Federal, possivelmente em São Paulo

Fonte: Ucho.Info

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

QUEM É O PAI DO BEBÊ DE ROSEMARY?


AS BRAVATAS DE DIRCEU


Ele critica o Supremo Tribunal Federal e a imprensa. É o único culpado no julgamento do mensalão que adotou essa conduta, ao que se tem notícia.

Mesmo condenado a dez anos e dez meses de prisão e com multas que chegam a R$ 676 mil, o ex-ministro José Dirceu segue disparando bravatas pelo país. Em reuniões com aliados, ele critica o Supremo Tribunal Federal e a imprensa. É o único culpado no julgamento do mensalão que adotou essa conduta, ao que se tem notícia.
Dirceu foi condenado por ser o chefe do esquema do mensalão. Segundo o relator Joaquim Barbosa, era ele, o articulador político do Palácio do Planalto, quem "batia o martelo" na compra de apoio para o governo Lula no Congresso.

Agora, numa espécie de "cruzada", ele participa de eventos em várias cidades buscando apoio político contra a decisão do STF. Contudo, a esta quadra, Dirceu não dispõe mais de estatura moral e política para fazer ataques a quem quer que seja. Por isso sua audácia chama atenção. Afinal, ao contrário do que diz o PT nacional sobre a condenação – sem provas, segundo o próprio Dirceu e o partido –, a atitude do ex-ministro é que abre um precedente perigoso.

As críticas acabam dirigidas à própria Justiça, como se a mais alta Corte do país e o Judiciário estivessem a serviço de um projeto político antagônico ao PT. Numa reunião em Curitiba, na semana passada, ele foi aplaudido de pé, ao chegar e ao discursar, como se fosse um herói injustiçado. Disse o seguinte a seus apoiadores: "O Poder começa a se deslocar para o outro lado da praça, onde estão o Judiciário e os grupos de comunicação".

Condutas como essa, de enxovalhar os ministros e a instituição que o condenou, porém, indicam o perfil autoritário do general petista. E esse traço parece encontrar eco em setores do partido. Numa nota divulgada logo em novembro, após a condenação de Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, o PT nacional criticou numa nota a "partidarização do Judiciário" e o "julgamento político" do STF.

E recentemente houve outra demonstração de que a sigla não aceitará as sentenças contra correligionários, que politicamente atingem todo o partido. Para a última reunião do ano do Diretório Nacional do PT, na semana passada, um dos pontos em debate seria a reforma do Judiciário. No entanto, o governo barrou o tema porque provavelmente a discussão ganharia dimensão de combate institucional.

Contudo, ao circular pelo país para sua cruzada, atacando o STF e a imprensa, Dirceu também parece conclamar seus apoiadores para esse embate. Ele já disse que mesmo preso continuará lutando. Deveria era lutar para que esquemas como o que comandou não se repetissem.

Radanezi Amorim

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A CIDADANIA REAGE - Merval Pereira

Temos visto, uns após outros, casos de corrupção que mostram não apenas que o patrimonialismo continua sendo o cupim de nossa democracia como também que estamos vivendo uma época de desestruturação de valores da cidadania. Essa politização exacerbada na escolha dos componentes da máquina do Estado, que leva o aparelhamento político a níveis os mais profundos, pode chegar até ao Supremo Tribunal Federal como revela a recente entrevista do ministro Luiz Fux à Folha de S. Paulo.

Se não aconteceu da maneira como os petistas supunham não foi devido ao entendimento de que a independência dos juízes é fundamental, mas ao que consideram simplesmente uma traição do escolhido com o suposto compromisso de ajudar o governo nessas votações. O ministro Fux alega que ao chegar ao STF, tinha uma visão do processo do mensalão que desmoronou diante da leitura atenta dos autos, onde teria constatado que existiam, sim, provas contundentes contra os réus.

O presidente atual do Supremo Tribunal Federal, o temido ministro Joaquim Barbosa, disse na sua posse que os juízes deveriam ficar longe da política, mas ele mesmo admitira que procurou um contato com o então ministro-chefe do Gabinete Civil, José Dirceu, antes de ser escolhido para o Supremo. A sorte dele é que àquela altura estávamos em 2003 e não havia ainda o mensalão.

A ministra Eliana Calmon, quando também temida Corregedora do CNJ, admitiu que para chegar ao STJ teve o apoio político do político baiano mais influente até hoje, Antonio Carlos Magalhães, embora ressalve que nunca ofereceu, nem lhe foi pedido, qualquer posição como juíza.

Seja lá como for, a posição que o Supremo tomou no julgamento do mensalão mostra uma independência elogiável desses ministros, cuja maioria foi nomeada por governos petistas. O fato é que temos hoje uma série de instituições nacionais funcionando como órgãos de Estado, e não servindo ao governo da ocasião, o que é um exemplo de maturidade de nossa jovem democracia e faz contraponto a essa desestruturação da cidadania que serve a um projeto político autoritário.

O Ministério Público continua atuando com independência, e foi assim, através do Procurador-Geral da República Roberto Gurgel, que atuou no processo do mensalão, embora Gurgel tenha sido indicado para o cargo também pelo Presidente Lula. Essa independência toda levou a que petistas tentassem desmoralizá-lo em represália, na CPI do Cachoeira, e que também agissem contra a própria instituição, colocando para andar na Câmara um projeto que impede o Ministério Público de realizar investigações. Sintomaticamente já está sendo conhecida como “a lei da impunidade”.

Agora mesmo temos o exemplo da Polícia Federal agindo de maneira autônoma e investigando nada mais nada menos que a chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, tida por todos como “a namorada do Lula”. Os petistas mais paranoicos viram na ação uma tentativa de desestabilizar Lula, e citam como prova o fato de o ministro da Justiça não ter sido informado. Cardozo diz que não deveria mesmo sê-lo e defende a atuação autônoma da Polícia Federal.

Não passa de uma balela, portanto, que a independência desses órgãos acontece graças aos governos petistas, como o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Particular da Presidência, andou dizendo, corroborado pelo ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Na verdade, deve-se essa atuação a um processo que vem se desenrolando há muitos anos, desde a aprovação da chamada Constituição cidadã em 1988, e a democracia brasileira vai se tornando cada vez mais forte à medida que fique cada vez mais difícil aos governos controlar órgãos de Estado. Sempre que algum desvio é tentado, e a opinião pública toma conhecimento disso, há uma reação muito grande. Temos o exemplo da CPI do Cachoeira, cujo relatório vergonhoso primeiramente apresentado foi rejeitado, em uma CPI em que o governo tem ampla maioria.

O caso do dirigente da Agência Nacional das Águas (ANA) Paulo Vieira, que acabou sendo aprovado pelo Senado depois de ter sido rejeitado duas vezes, certamente não teria esse desfecho se a oposição tivesse colocado a boca no trombone. O que importa hoje no Brasil é que há instituições que podem trabalhar com independência, e a opinião pública atua fortemente para frear abusos de governos autoritários.

A AMÁSIA LOBISTA

Nunca escondi que não gosto do Lula. Nunca dei apoio a esse camarada, mesmo quando foi contra o Collor. Aquela eleição era a escolha de Sofia: se perder o burro pega, se ganhar o sem-vergonha come. Contudo, depois de tantas coisas ditas contra o nosso sindicalista presidente, vou tentar fazer uma defesa dele levando em conta seu histórico político.

Lula nasceu nos sindicatos de metalúrgicos de São Paulo. Quem conhece sindicatos e seus meandros sabe que ali vale tudo, qualquer coisa para se conseguir o objetivo. Para exemplificar, vamos citar um fato escrito por Gabeira, quando de seu tempo de militante de esquerda. Lembro que ele foi uma das cabeças no planejamento do sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Elbrick, e hoje é filiado ao Partido Verde. Conta em seu livro Que é isso, Companheiro? que em certa assembleia para deflagração de greve, a qual estava dividida, um indivíduo pediu a palavra e disse que com aquele salário não dava para colocar seus filhos (acho que cinco, não lembro) na escola. Foi o ponto decisivo para mudar a opinião de muita gente e a assembleia deflagrou o movimento. Anos depois ele o encontrou casualmente e reconheceu o orador. Perguntou pelos filhos.

- “Nunca tive filhos, aquela declaração era necessária ou seríamos derrotados.”
Sindicatos forjam provas, mostram fotografias de evidências plantadas por seus membros, até falsificam documentos para levar à Injustiça do Trabalho, uma das vergonhas nacionais. Não é de se admirar que o governo Lula tenha enveredado por caminhos tortuosos. É da cultura de sindicalistas, nem consideram que forjar provas seja errado.

Lula tem uma grande fraqueza que é sua vaidade. Sendo pessoa de baixa formação escolar, tendo lido pouca coisa, acho que nem mesmo Exupéry (e se leu não entendeu nada), costuma se posicionar por intuição, coisa que faz excepcionalmente bem. Sua fraqueza reside no fato de que ele pensa que realmente entende do que fala. As coisas se tornam piores após saborear uma branquinha maldita. Quando o nível de sangue na corrente alcoólica cai a valores críticos sai a dizer bobagens. Quem nunca viu suas hilariantes locuções que confira uma delas (esta é curta) no endereço
http://www.youtube.com/watch?v=yc8yMDibIjo

A mistura de álcool com manifestações em solenidades era particularmente risível e havia grande preocupação de se evitar que ocorresse. A tal ponto, que ele necessitava de guarda-costas e guarda-copos. Ô Lula, se beber não discurse.

Lula é um compulsivo mentiroso, o que faz friamente. Mas em alguns momentos solta a verdade de maneira apropriada e contundente. Na campanha contra Collor, que se auto intitulava caçador de marajás, chamou-o de caçador de maracujá. Melhor foi no congresso que disse: são 300 picaretas. Era a mais pura verdade, tanto que foi fácil comprar sua base aliada.

E sua assessoria foi sábia quando o afastou do mandato de deputado federal. Como sua oratória é ruim, como não consegue argumentar com profundidade, se ele permanecesse na câmara de deputados seria desgastado pelo dia-a-dia, pelos seus pronunciamentos. Ainda mais depois da happy hour. Um burro calado é sempre um sábio.

Francamente, a escolha de Lula para eterno candidato foi erro do PT, havia e há muita gente melhor do que ele para tocar o Brasil em nome desse grandioso partido. O problema foi misturar a ideologia marxista de o povo no poder com a imagem que considero que o próprio PT tenha do que seja povo: pessoas ignorantes. O objetivo era colocar uma pessoa típica do povão no governo. Perdemos no nosso combalido país uma excelente oportunidade de mudança política, de renascimento dos valores republicanos, recaímos no informal, na troca rasteira de favores, na exaltação da clandestinidade. Na compra de votos.

Tudo isso que está dito acima é de conhecimento público e denunciado na imprensa em geral. Mas há alguma coisa que me incomoda nesse denuncismo que assola o país, do tipo ligue para ... e denuncie se seu vizinho cortou um galho do garapuvu, se o filho dele fuma maconha, se a filha dele está dando para o traficante Zeca do Pó Branco. Esta atitude é a mesma que foi adotada na Alemanha quando os nazistas tomaram o poder. É a mesma dos regimes comunistas que fizeram tanto mal quanto os nazistas, quanto os fascistas. O sinônimo para a palavra denúncia é delação. Experimente falar a mesma frase com o sinônimo. Veja como fica feia.

Não concordo, em princípio, com a divulgação do relacionamento extraconjugal do Lula com a Rosemary. Ninguém tem nada a ver com isso, exceto os envolvidos no polígono amoroso. Por enquanto é só um triângulo envolvendo os dois e a Marisa, mas pode haver mais gente, é muito provável que a lobista trocasse sua perseguida por outros favores políticos. Creio que não seria por princípios morais que ela se recusaria a essa entrega, de braços e pernas abertas, ao antigo ofício. E parece que foi muito bem paga, às vezes não era em dinheiro, dizem que fez trinta viagens no Aero Lula sem ter qualquer função oficial. Agora podemos compreender o motivo de ele ter encomendado tão rebuscada aeronave; sendo tão grande, nos passeios presidenciais além-fronteiras sem a primeira dama, a comida de bordo seria sempre uma carne mais fresca do que a da Marisa. Nada como uma franga menos velha do que a galinha oficial para dar energia ao presidente.

Pular a cerca, sempre digo, é o verdadeiro esporte nacional. Pode-se trair por pensamentos, palavras ou alcovas, quem nunca percebeu que tem, ou teve, uma dessas virtudes na vida que atire a primeira pedra. Há gente que não pratica por princípios morais ou éticos, por respeito à família, mas o gosto do pulo muitas vezes reside no escondidinho, na brincadeira de fazer perigosamente. Li que a Rosemary entrava no apartamento do Lula, quando em viagem, encolhida dentro de um carrinho de chá. Bem que o Roberto Carlos já cantava as virtudes de mulher pequena.

O leitor poderia reclamar que eu disse que ninguém tem nada com isso, mas que eu estou instigando, fofocando o relacionamento extraconjugal do nosso estadista inculto. De fato é verdade, contudo o que me incomoda nisso tudo é que eu ajudei a pagar essa conta. Pouco me importa que o Lula coma quem quiser, desde que gaste de seu salário, não de seu salafrário aproveitamento do cargo. É aí que reside o escândalo, parece que ela oferecia carinhos vaginais ao presidente em troca de seu prestígio em indicações de cargos, que por sua vez a remuneravam. É o velho esquema de corrupção, oferece-se uma mulher paga por terceiros. E pergunto: que vantagens econômicas tinham tais cargos para reembolsar a messalina (ou messalulina)? Salário? Acho que não seria suficiente para pagamentos de vulto.

A capa da revista Veja cita que o nosso ex-presidente nunca sabia de nada. Bem, eu acho que sabia, desde o mensalão, mas dou-lhe o benefício da dúvida. Só que aqui, nem a Marisa Letícia pode alegar que não sabia. O Lula pode ser burro, mas ela é esposa. Esposas sempre sabem. A maior parte sabiamente finge que não vê.

Fazem como certos presidentes.

E eu não consegui defender o Lula. Ainda bem que não sou advogado.

Moacir Carqueja

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ESTRAGO QUE "MADAME" FEZ EM NOME DE LULA

Na entrevista coletiva em que foi apresentado como técnico da seleção nacional, Luiz Felipe Scolari fez uma brincadeira sobre a pressão sofrida por qualquer ocupante de seu novo emprego. "Se não quer pressão, é melhor não jogar na seleção, vão trabalhar no Banco do Brasil", disse ao completar a declaração de que ganhar a Copa de 2014 é uma obrigação. Bastou isso para que o mundo desabasse sobre sua cabeça. Apesar de ser esta notoriamente dura, seu dono, o autor da graçola, submetido a críticas de sindicatos de bancários e diretores e funcionários do BB, terminou pedindo desculpas em público.



O autor destas linhas é do tempo em que passar no concurso para o Banco do Brasil era quase como ganhar na loteria da Caixa Econômica Federal. Perceba que a sorte neste país está sempre sob chancela estatal. Emprego estável garantido, prestígio social e, como insinuou Felipão, vida mansa. Hoje já não se pode dizer o mesmo, mas também não é uma ocupação de que alguém venha a arrepender-se algum dia, principalmente diante das vicissitudes da economia, que às vezes provocam dores de cabeça nos assalariados da iniciativa privada, mas nunca prejudicam as evidentes vantagens de quem vive sob os auspícios da viúva.

De pouco adiantou o currículo do técnico, o último a dirigir uma seleção brasileira campeã do mundo, em 2002, na Ásia: ele teve de ajoelhar no milho e se penitenciar perante a corporação. Logo depois de seu triunfo, a gestão federal do Partido dos Trabalhadores (PT) empreendeu um esquema de compra de votos de bancadas aliadas para apoiar projetos no Congresso Nacional. E parte do dinheiro que usou foi surrupiado dos cofres do banco cuja honra foi agora defendida com tanto denodo por seus funcionários. O então diretor de Marketing nomeado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Henrique Pizzolato, mandou depositar R$ 73,9 milhões nas contas das agências publicitárias mineiras DNA, Graffiti e SMPB, que os repassaram em forma de propina a partidos e políticos da base.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e 7 meses de prisão, o ex-funcionário de carreira e petista da linha de frente terá de amargar pelo menos 2 anos e 1 mês numa cela e pagar R$ 1,3 milhão de multa. É muito dinheiro, mas praticamente nada comparado com o total que se sabe que foi furtado. O companheiro pisoteou e jogou no lixo a credibilidade de uma instituição financeira com mais de 200 anos de existência e excelente reputação no mercado financeiro mundial. Seus colegas e correligionários, entretanto, preferiram execrar a Justiça pela sentença que condenou o ladrão à merecida prisão e reclamar do técnico da seleção pela piada, que nem é das mais pesadas.

Tão zelosa em negar os próprios privilégios, a corporação do BB nunca se mostrou particularmente interessada em salvaguardar a boa imagem dela. Ao desbaratar a quadrilha dos "bebês da Rosemary", os irmãos Vieira, que compraram as graças da ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, a Polícia Federal (PF) comprovou isso. Pois constatou que essa senhora, acusada de desvio de conduta na Operação Porto Seguro, conseguiu que Luiz Carlos Silva, presidente da empresa Cobra, braço tecnológico do BB, contratasse a New Talent, de João Vasconcelos, marido da moça, e seu genro, Carlos Alexandre Damasco Torres. Assinado em maio de 2010, quando o vice-presidente de tecnologia do BB era José Luiz Salinas, o contrato levou em conta um atestado de capacidade técnica que os agentes federais presumem ser falso. Genuína mesmo era a ligação de Salinas com José Dirceu, o ex-chefe da Casa Civil de Lula, como Pizzolato condenado (por corrupção ativa e formação de quadrilha), e com o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini, que o apadrinharam para o cargo. Salinas, hoje na Ásia, era também frequentador habitual do gabinete de "madame Rosemary".

Ainda há tempo para a corporação do BB protestar contra a malsinada influência em créditos evidentemente desastrosos, que também comprometem a credibilidade do banco público, mas nem a Velhinha de Taubaté acredita nessa hipótese. Pois os indignados com a gracinha do sisudo Felipão nunca vieram a público reclamar do aparelhamento promovido pelo PT dos bancários Berzoini e Luiz Gushiken na antes respeitável instituição financeira. Ao contrário, todos neste momento estão empenhados em encontrar uma desculpa qualquer, similar à do caixa 2 de campanha, com a qual tentaram desacreditar o julgamento do mensalão.

Enquanto isso, dirigentes do PT, falsos ingênuos e blogueiros ditos progressistas fazem de tudo para desmoralizar pelo menos um dos responsáveis pela condenação dos companheiros Dirceu e José Genoino. A bola da vez não é o ex-presidente do STF Carlos Ayres de Brito nem o atual chefe máximo do Judiciário e relator do julgamento, Joaquim Barbosa, mas Luiz Fux.

O ministro está sendo acusado à boca pequena, como é comum no gulag de intrigas do PT, de ter-se comprometido a absolver os mensaleiros em troca da vaga no Supremo. A calúnia não se apoia em documentos nem na lógica e padece de um defeito de origem: quem mereceria recriminação, um jurista que aceita chegar ao topo da carreira renegando a independência e a honra de julgador ou um estadista que seja capaz de exigir dele tal promessa? A pergunta nem merece resposta, tão implausível é a injúria.

Mas há outras duas que não podem ser caladas. Qual a pior hipótese: a de uma secretária de luxo ter poderes para nomear e promover usando o santo nome do ex-presidente Lula em vão, sendo sempre atendida, ou a de este avalizar seus pedidos? Seria pior para a República o advogado-geral da União fazer tráfico de influência ou ele nunca ter percebido a quadrilha operando no gabinete ao lado, de um amigo que promoveu?

Pelo visto, o mensalão é pinto comparado com o estrago feito pela madame em nome de Lula.

José Nêumanne

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

LULA E ROSE - INTIMOS NO PÚBLICO E NO PRIVADO

Jornal decide contar ao leitor o que jornalistas e governo sabiam há muito: Lula e Rosemary, no centro do novo escândalo, eram amantes desde 1993
Um homem público ter uma amante é ou não assunto relevante? Nos EUA, basta para liquidar uma carreira política, como estamos cansados de saber. Foi um caso extraconjugal que derrubou o todo-poderoso da CIA e quase herói nacional David Petraeus.

Desde quando estourou o mais recente escândalo da República, todos os jornalistas que cobrem política e toda Brasília sabiam que Rosemary Nóvoa Noronha tinha sido — se ainda é, não sei — amante de Lula. Assim define a palavra o Dicionário Houaiss: “Amante é a pessoa que tem com outra relações sexuais mais ou menos estáveis, mas não formalizadas pelo casamento; amásio, amásia”.

Embora a relação fosse conhecida, a imprensa brasileira se manteve longe do caso. Quando, no entanto, fica evidente que a pessoa em questão se imiscui em assuntos da República em razão dessa proximidade e está envolvida com a nomeação de um diretor de uma agência reguladora apontado pela PF como chefe de quadrilha, aí o assunto deixa de ser “pessoal” para se tornar uma questão de interesse público.

O caso, com todos os seus lances patéticos e sórdidos, evidencia a gigantesca dificuldade que Lula sempre teve e tem de distinguir as questões pessoais das de Estado. Como se considera uma espécie de demiurgo, de ungido, de super-homem, não reconhece como legítimos os limites da ética, do decoro e das leis.

Outro dia me enviaram um texto oriundo de um desses lixões da Internet em que o sujeito me acusava de “insinuar”, de maneira que seria espúria, uma relação amorosa entre Rose e Lula. Ohhh!!! Não só isso: ao fazê-lo, eu estaria, imaginem vocês!, desrespeitando Marisa Letícia, a mulher com quem o ex-presidente é casado. Como se vê, respeitoso era levar Rose nas viagens a que a primeira-dama não ia e o contrário.

Mas isso é lá com eles. A Rose que interessa ao Brasil é a que se meteu em algumas traficâncias em razão da intimidade que mantinha com “o PR”. Lula foi o presidente legítimo do Brasil por oito anos. A sua legitimidade para nos governar não lhe dava licença para essas lambanças. Segue trecho da reportagem da Folha. Volto para encerrar.
*
A influência exercida pela ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, no governo federal, revelada em e-mails interceptados pela operação Porto Seguro, decorre da longa relação de intimidade que ela manteve com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rose e Lula conheceram-se em 1993. Egressa do sindicato dos bancários, ela se aproximou do petista como uma simples fã. O relacionamento dos dois começou ali, a um ano da corrida presidencial de 1994.

À época, ela foi incorporada à equipe da campanha ao lado de Clara Ant, hoje auxiliar pessoal do ex-presidente. Ficaria ali até se tornar secretária de José Dirceu, no próprio partido. Marisa Letícia, a mulher do ex-presidente, jamais escondeu que não gostava da assessora do marido. Em 2002, Lula se tornou presidente. Em 2003, Rose foi lotada no braço do Palácio do Planalto em São Paulo, como “assessora especial” do escritório regional da Presidência na capital. Em 2006, por decisão do próprio Lula, foi promovida a chefe do gabinete e passou a ocupar a sala que, na semana retrasada, foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal.

Sua tarefa era oficialmente “prestar, no âmbito de sua atuação, apoio administrativo e operacional ao presidente da República, ministros de Estado, secretários Especiais e membros do gabinete pessoal do presidente da República na cidade de São Paulo”. Quando a então primeira-dama Marisa Letícia não acompanhava o marido nas viagens internacionais, Rose integrava a comitiva oficial. Segundo levantamento da Folha tendo como base o “Diário Oficial”, Marisa não participou de nenhuma das viagens oficiais do ex-presidente das quais Rosemary participou.
(…)
Procurado pela Folha, o porta-voz do Instituto Lula, José Chrispiniano, afirmou que o ex-presidente Lula não faria comentários sobre assuntos particulares.

Encerro
Como se vê, Lula considera Rosemary um “assunto particular”, o que soa como confissão. Só que ela era chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo. O Brasil pagava o salário do “assunto particular” do Apedeuta. Ainda assim, ela poderia ter sido uma funcionária exemplar. Não parece o caso…

É um modo de ver a República. O mesmo Lula que classifica a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo de “assunto particular” não distingue a linha que separa o interesse público de seus impulsos privados.

PS – Não deixem que a sordidez da história contamine os comentários. Há sempre o risco de se ultrapassar a linha do decoro em temas assim. Façam o que Lula não fez.
 

Por Reinaldo Azevedo